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Parque eólico: Na Alepe, Doriel Barros relata problemas de saúde em moradores do entorno

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O deputado Doriel Barros (PT) abordou, em pronunciamento na Reunião Plenária desta terça (26), os problemas de saúde enfrentados por famílias que moram em localidades próximas ao parque eólico do Agreste Meridional. O parlamentar expôs relatos colhidos durante visita à região, no domingo (24), e pediu que o tema seja discutido pela Comissão de Agricultura da Alepe.

De acordo com o petista, moradores das comunidades de Larguinha e Pau Ferro, em Caetés, reclamam de dores de cabeça, distúrbios do sono, tontura, perda da audição, irritabilidade e depressão associados ao barulho dos aerogeradores. Os equipamentos estariam causando, também, redução da produção de ovos e leite e desaparecimento de abelhas e pássaros.

Barros salientou que regulações na França e no Reino Unido estabelecem, respectivamente, afastamentos mínimos de 250 metros a 1,5 quilômetro entre os aerogeradores e as casas. Ele criticou a falta de regulamentação em Pernambuco. “Eu estava lá durante o dia. É um barulho absurdo. Imagine à noite. É uma região que tem predominância de agricultura familiar e pequenas propriedades, e essas pessoas, na grande maioria, não foram indenizadas”, acrescentou.

Conforme expôs o deputado, proprietários remunerados pela instalação das torres deixaram a região. Também segundo Barros, o reflorestamento prometido pela empresa ainda não foi feito. “Não somos contra o desenvolvimento a partir da implementação de parques eólicos, mas ele precisa acontecer de forma segura. A produção de energia limpa não se dá apenas por não deixar resíduos, mas também por não resultar em impacto social”, avaliou.

Reintegração – O parlamentar registrou, ainda, a decisão do desembargador Alberto Medeiros, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, que suspendeu a ordem de reintegração de posse na Usina Maravilha, em Goiana (Região Metropolitana do Recife). O assunto foi tema de pronunciamento feito ontem pelo deputado. “Essa decisão foi fundamental para garantir que aquelas famílias possam permanecer naquele pedaço de terra, produzindo e vivendo com dignidade”, salientou. (Alepe)

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