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Material apreendido na Operação Fantoche será periciado em Pernambuco

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A PF não descarta que, com a análise dos materiais, novos fatos e suspeitos sejam apontados / Foto: Ezequiel Quirino/TV Jornal

A PF não descarta que, com a análise dos materiais, novos fatos e suspeitos sejam apontados
JC Online / Foto: Ezequiel Quirino/TV Jornal

Os materiais apreendidos em outros Estados durante a Operação Fantoche, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (19), serão enviados para Pernambuco, onde serão periciados. De acordo com a PF, as perícias visam conseguir provas que comprovem ainda mais a participação dos envolvidos no esquema revelado pela operação.

Ainda segundo com a PF, foram apreendidos veículos, diversos notebooks, pen drivers, discos rígidos, além de documentos e moedas estrangerias. A PF não descarta que, com a análise dos materiais, novos fatos e suspeitos sejam apontados.

A PF disse que, desde 2002, uma empresa familiar teria desviado R$ 400 milhões através de um esquema de corrupção envolvendo o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S na execução de convênios.

Ao todo, foram expedidos 23 mandados de busca e apreensão em Pernambuco e nove de prisão temporária. Somando os estados de Alagoas, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraíba, soma-se 47 mandados de busca e apreensão.

Como funcionava o esquema

De acordo com informações divulgadas pela PF, o esquema funcionava da seguinte forma: o Ministério do Turismo realizava convênios com ONGs de ‘fachada’. Após essa parceria, a mesma ONG fazia cotação de preços simulados com três empresas, sendo que uma delas mantinha um maior contato com o grupo familiar investigado. Após a apresentação de valores e serviços, a empresa vinculada ao grupo vencia e executava o evento sem utilizar toda a quantia repassada pelo Ministério.

Com isso, o maior montante da verba destinada ao ‘vencedor’ da licitação ficava com a empresa de fechada. Depois, o valor que ‘sobrava’ era distribuído entre outras empresas, todas elas de fachada. A intenção, claro, era dificultar a investigação da Polícia Federal.

“Ela começou tendo alguns contratos de promoção de eventos culturais aqui no estado de Pernambuco e na medida que os órgãos de fiscalização exigiam dela das empresas, esse grupo empresarial começou a mudar um pouco essa temática e utilizar ONGs para se afastar dessa contratação direta que os órgãos de controle estavam entendendo como não sendo o mecanismo jurídico mais adequado para esse tipo de repasse de valores. Então elas começaram a se distanciar desses contratos porque o objetivo final era desviar grande parte desse recurso e não aplicá-los nos eventos culturais”, explicou o delegado regional de combate ao crime organizado, Renato Madsen.

Entre os alvos da operação, que seriam as empresas fantasmas contratadas para realizar o evento estão: o Instituto Origami, localizada na região central do Recife; Aliança Comunicação e Cultura, sediada no bairro das Graças; Idea Locação de Estruturas e Iluminação, na Madalena; Somar Intermediação, que fica no bairro de Casa Amarela e Negócios e Ateliê Produções Artísticas, que se encontra em Areias.

A ação contou a com o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e, ao todo, com a participação de 213 policiais federais e 8 auditores do TCU.

Prisões

Segundo informações do G1, o presidente Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, foi preso em São Paulo, na manhã desta terça (19). O portal afirma ainda que o presidente da Federação das Indústria de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, também é alvo de mandado de prisão.

Por ocorrer em segredo de Justiça, a Polícia Federal não confirmou nenhum dos nove nomes dos suspeitos detidos em Pernambucano na manhã desta terça (19).

As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que também autorizou o sequestro e o bloqueio de bens e valores dos investigados.

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