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Arthur Lira: “Se o Brasil não tivesse Centrão, seria uma Argentina”

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Foto: reprodução

presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou, nesta segunda-feira (7/8), que “se o Brasil não tivesse Centrão, seria uma Argentina”. Ele comentou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta dificuldades por lidar com um Congresso conservador, especialmente para aprovar pautas mais ideológicas.

Lira também negou que queira, pessoalmente, espaço em ministérios. Mas frisou que, se o governo quer refletir a composição do Parlamento no Executivo, é preciso fazer ajustes. Para ele, o Senado está mais contemplado na distribuição dos cargos do que a Câmara.

“Muitos me tratavam assim: o deputado Arthur Lira é o sustentáculo do governo Bolsonaro. É quem dá sustentação e quem dá apoio. Qual era o ministério que a gente tinha no governo Bolsonaro? Qual era o espaço que a gente tinha? Eu nunca prezei por isso”, declarou Lira em entrevista à Rádio Mix, de Maceió, Alagoas. “Muitas vezes essas histórias, ah o Arthur quer a Saúde, o Arthur quer isso, o Centrão quer aquilo. Primeiro que, se o Brasil não tivesse o Centrão, ele seria uma Argentina”, acrescentou o parlamentar.

No governo Bolsonaro, o PP detinha a Casa Civil, ocupada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente da legenda, a partir de agosto de 2021. A pasta é responsável pela articulação entre a Presidência e os ministérios, e auxilia nas negociações com o Congresso.

Mudanças na Esplanada

A declaração ocorre em meio às discussões sobre uma reforma ministerial, já admitida pelo próprio presidente Lula. A ideia, até o momento, é acomodar o Republicanos e o PP, partido de Lira, na Esplanada, para aumentar a base de sustentação do governo no Legislativo.

Segundo Lira, as votações ocorrem com muita negociação e diálogo, mas Lula tem dificuldades para aprovar as pautas mais ideológicas por ter sido eleito com um congresso conservador, o que classificou como “uma equação difícil de arrumar”. Ele frisou também que a composição ministerial foi feita pensando na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, votada antes mesmo do presidente assumir o cargo.

“Ele [Lula] não balanceou ali a Câmara e o Senado. Tem bastante Senado nos ministérios, mas pouca Câmara. Por exemplo, tem partidos com 15, 30 deputados, com três ministérios. Tem partidos com 50 deputados que não têm ministério algum”, explicou o presidente da Câmara. “Então, se o critério do governo, não o nosso, é de acomodação de partidos na Esplanada, ele está desequilibrado”, acrescentou. (Correio Braziliense)

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