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Temer diz que não fará “acordão” com ex-presidentes

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Temer falou sobre o tema em entrevista à rádio Jovem Pan nesta manhã.

Do G1 / Foto: reprodução

O presidente Michel Temer negou, hoje, que tenha conversado com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva para costurar um pacto para conter danos da operação Lava Jato.

Temer falou sobre o tema em entrevista à rádio Jovem Pan nesta manhã. Perguntado se haveria algum “acordão” com os ex-presidentes, e se o trio já se reuniu para conversar sobre conter os efeitos das investigações, Temer disse que uma negociação nesse tipo seria “absolutamente inviável”.

“Fazer um acordão para solucionar os problemas que hoje estão entregues ao Judiciário, ao Ministério Público e acabar com o que está aí é absolutamente inviável. Eu não participo, não promovo e jamais fui questionado ou perguntado a respeito disso, se toparia fazer uma coisa dessa natureza”, declarou.

Temer afirmou que se encontrou com Lula em fevereiro para prestar solidariedade pela internação da mulher do ex-presidente, Marisa Letícia, que morreu um dia depois da visita do peemedebista. Na ocasião, o ex-presidente pediu a ele uma conversa para tratar de reforma política.

“[Na época], ele disse que teríamos de conversar sobre reforma política”, disse Temer.

“Se num dado momento disserem ‘olha Temer, você passou 24 anos no parlamento, o presidente Fernando Henrique não sei quantos anos, Lula igualmente, vocês não querem trabalhar um pouco na hipótese de uma reforma política?’, aí quem sabe [eu participe]. Mas apenas sobre esse tópico, não sobre isso que está acontecendo”, completou o presidente.

O presidente também descartou a possibilidade de convocar uma Assembleia Constituinte para tratar da reforma política. Ele apontou a demora para o começo dos trabalhos como o principal problema e afirmou que a Lava Jato só é possível graças a constituição atual, de 1988.

“Você sabe que uma [Assembleia] Constituinte se dá quando há uma ruptura com o texto constitucional. Você tem de fazer eleição. Depois, aguardar os trabalhos. Então você veja o tumulto que nós nos envolveríamos no momento em que as instituições estão funcionando normalmente”, disse.

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