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Em sinalização ao governo, empresa vai retomar obras da Transnordestina

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Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem
Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem

Por Jornal do Commercio 

Para dar garantias ao governo federal de que tem interesse em continuar as obras da ferrovia Transnordestina, a Transnordestina Logística S.A. (TLSA), empresa privada do grupo CSN, irá investir este ano R$ 200 milhões nas frentes do projeto ferroviário que corta os Estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. De acordo com o presidente do Porto de Suape (um dos destinos da Transordestina), na próxima semana a empresa irá apresentar o detalhamento do cronograma de investimento, mas em Pernambuco o montante repassado será menor do que o do Ceará, em função da infraestrutura já instalada naquele Estado.

O aporte que será feito este ano serve, segundo Cerquinho, como uma “prova de boa vontade” da empresa, que teve a concessão do projeto ameaçada pela possibilidade de caducidade. “As obras começam nas próximas semanas nos trechos do Ceará e Piauí. Já em Pernambuco será contratada empresa para dar início a um pequeno trecho da obra até o final de outubro”, detalha o presidente do Porto de Suape, que esteve com o presidente da TLSA, Jorge Mello. Para acompanhar o andamento do investimento, um grupo de trabalho com representantes de Suape e da TLSA será criado.

Passos lentos

Embora seja um passo importante para sinalização da retomada da Transnordestina, essa espécie de investimento de garantia é pequeno frente à magnitude do projeto. A ferrovia foi iniciada no ano de 2006, ao custo inicial de R$ 7,5 bilhões, mas chegou a 2019 com seu valor revisado para R$ 13, 4 bilhões e previsão de conclusão para 2027. Por determinação do TCU, as obras estão paradas desde o início de 2017 e a remodelagem dos aportes públicos só deverá ser discutida em 2020.

Com 1,7 mil km de extensão em linha principal, a ferrovia deveria passar por 81 municípios, partindo de Eliseu Martins, no Piauí, em direção aos portos do Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. Segundo relatório do TCU, já foram consumidos mais de 80% do orçamento inicial, mas o avanço físico da parte superior da estrutura da ferrovia está abaixo dos 42%.

Por meio de nota, o Ministério da Infraestrutura disse que “as negociações entre a concessionária e o governo federal estão avançando. Quanto a um eventual acordo, ainda não há definição”. Já a CSN não se pronunciou sobre o investimento até o fechamento desta edição.

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