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Dois prefeitos e um deputado iniciam debandada do PSB de Pernambuco

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Foto: reprodução

Por Diego Lagedo / Pernambuco em Pauta

O objetivo de todo político é se manter no poder e o bom político tem que ter a sensibilidade de perceber os ventos da mudança. Em Pernambuco, não é diferente. Apesar de muitos quadros da Frente Popular ainda relutarem em pular do barco, é evidente para todos que o PSB passa pelo seu maior momento de fraqueza desde que Eduardo Campos conquistou o poder em 2006.

Com a liderança fraca de Geraldo Júlio e Paulo Câmara, o partido tem deixado muitos filiados e aliados a ver navios em Pernambuco. Esse é o caso do prefeito de João Alfredo, Zé Martins, que, desde que foi eleito, não recebeu um telefonema sequer de Paulo Câmara o parabenizando e afirma que o município também não recebeu nem um centavo do estado para combater a pandemia.

Não é atoa que Zé Martins foi ao ato de filiação de Miguel Coelho ao DEM e desafiou o próprio partido: “Se o PSB se incomodar e quiser me expulsar, fique à vontade”, disse o gestor. Mas Zé Martins não foi o único prefeito do PSB que desafiou o partido. O prefeito de Machados, Juarez da Banana, também esteve presente no ato de filiação de Miguel Coelho ao Democratas.

Um outro caso emblemático é o do deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PSB). O socialista está avançando sobre as bases de deputados federais do próprio partido no interior para disputar um mandato para a Câmara dos Deputados em 2022. Por conta disso, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, emitiu uma nota sugerindo expulsar quem desafiar a reeleição dos federais do partido e, por isso, a saída de Clodoaldo do PSB já é dada como certa. Coincidência ou não, o deputado esteve em um evento ao lado de Miguel Coelho na Paraíba recentemente.

O ditado popular diz que onde passa um boi passa uma boiada. Enquanto o PSB tenta estancar a sangria colocando os três mandatários supracitados para fora do partido, essa saída pode ser o sinal que outros políticos precisam para tomar a coragem de pular fora do barco. Quem ficar por último, pode acabar se afogando, mas muitos ainda vão esperar para mudar de lado no meio da campanha, quando sentirem que a derrota do PSB é iminente.

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