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Casamento do PSB com o PT em Pernambuco é uma mão lavando a outra

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Foto: reprodução

Na pesquisa abaixo, sequência do amplo levantamento do Instituto Opinião, uma maioria, não tão expressiva, avaliza o reatamento do casamento do PSB com o PT para as eleições de 2022. Isso respalda ainda mais o desejo de ambos os partidos construírem, em nível nacional, uma candidatura única, no caso a de Luiz Inácio Lula da Silva, pelo PT, e no Estado, uma chapa para governador encabeçada pelo PSB.

O que impressiona, na outra face da pesquisa, é a rejeição das gestões de Bolsonaro e Paulo Câmara, quase num mesmo patamar, com uma piora para o presidente Bolsonaro. Com isso, no plano estadual, o PSB fica muito mais a reboque do PT, porque, qualquer que seja o candidato – fala-se em Geraldo Júlio, Zé Neto e agora Décio Padilha, secretário da Fazenda – não terá voo próprio para garantir a eleição do sucessor de Câmara.

Com Lula candidato, Pernambuco terá, naturalmente, uma eleição nacionalizada, ficando em segundo plano a discussão das questões mais presentes nas preocupações dos pernambucanos, como a melhoria na saúde, o avanço nas políticas de educação, um amplo programa de recuperação da malha viária do Estado, que está aos cacos.

Muito ruim para o Estado, que perde uma grande oportunidade de colocar em debate o que o PSB fez de bom ou nefasto ao longo dos últimos anos em que controla, com mão de ferro, não apenas o poder em sua plenitude, mas também a Prefeitura do Recife de forma hegemônica. Na eleição em que Paulo Câmara foi eleito pela primeira vez, em 2014, o fator influenciador foi a morte trágica de Eduardo Campos.

Até o avião cair em Santos e levar a vida de Eduardo, Armando Monteiro era dado como certo o novo governador. Quatro anos depois, quando o PSB se via ameaçado de perder o poder para Marília Arraes, que liderava as pesquisas para o Palácio das Princesas em todos os cenários, o PT dá uma rasteira nela e retoma a aliança com PSB.

Câmara se reelege e Humberto, que não se elegia sequer deputado federal, ganha de bandeja mais oito anos de senador. Como diz um velho ditado, uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto, para ser mais educado, não citando, verdadeiramente, a parte mais sugestiva do corpo humano.

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