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Após sugerir renúncia, Henry vai a Temer para buscar parcerias

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Gesto de Henry pela aproximação com Temer vem no momento de maior instabilidade no PMDB-PE

JC Online / Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

O vice-governador Raul Henry (PMDB) pretende procurar o presidente Michel Temer (PMDB) para tentar assegurar o apoio do governo federal para tratar de parcerias com a União que podem ajudar na economia do Estado, como a autonomia do Porto de Suape, que acabou não saindo em meio à crise política nacional. A aproximação foi revelada em entrevista ao programa 20 Minutos, da TV Jornal, apresentado pelo cientista político Antônio Lavareda. Titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Henry disse que já tem procurado ministros para tratar da pauta de Pernambuco. O gesto vem no momento de maior instabilidade no PMDB local, com a disputa do deputado federal Jarbas Vasconcelos e do senador Fernando Bezerra Coelho pelo comando do partido.

“Sempre tive uma relação boa com o presidente Temer e acho que é necessário permanecer com esse esforço de desobstruir os caminhos e os canais para que nós possamos estabelecer essas parcerias com o governo federal”, afirmou Henry. “A gente está vivendo um período muito difícil. O Brasil está muito conturbado. É um momento de muita radicalização e muita intolerância. De muita dificuldade de se estabelecer um diálogo mais construtivo. Mas acho que é necessário buscar esse diálogo. Pernambuco tem um grande potencial. Há projetos importantes que dependem de uma parceria com o governo federal”, sinalizou o peemedebista.

Durante a entrevista, Raul disse ter se equivocado quando sugeriu que a renúncia do presidente poderia ajudar a pacificar o País após o vazamento da conversa entre Temer e o delator da Joesley Batista, da JBS. “Eu tinha a expectativa de que o Brasil fosse para a rua. Que a gente tivesse 10 milhões de pessoas no final de semana nas ruas. Baseado nos movimentos de 2013 e na mobilização que houve no Brasil pelo impeachment de Dilma. Eu esperava que fosse ter essa comoção nacional. Achava que o governo ficaria inviável, ficaria insustentável”, confessou Henry. “Disse pensando no Brasil e até na integridade dele; política e pessoal”, garantiu.

NOVA DENÚNCIA

Como vice-governador, Raul evitou se posicionar em relação a nova denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente. Afirmou que só os dois deputados federais do PMDB-PE, Jarbas Vasconcelos e Kaio Maniçoba, podem responder pelos votos deles, a partir da compreensão de ambos sobre esse assunto. “Tenho que manter minha posição institucional de vice-governador de Pernambuco que tem que defender os interesses do Estado. Eu não vou entrar nessa discussão. Essa é uma discussão do Congresso Nacional”, justificou.

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