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Um quarto da base aliada traiu governo na votação de ontem do ajuste fiscal

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Veja como votaram os deputados na sessão de quarta-feira.

O Globo

RIO — O governo conseguiu aprovar, com dificuldade, o texto-base da Medida Provisória 665, que endurece as regras para concessão de seguro-desemprego e abono salarial. O Planalto tentou convencer os partidos da base a votar alinhados, mas muitos parlamentares se rebelaram. De 284 deputados presentes da base aliada, 71 votaram contra o governo, ou 25% do total. O PDT, por exemplo, deu 19 votos — a totalidade da bancada — contra a medida que é apenas a primeira parte do ajuste fiscal no Congresso. No PMDB, de um total de 64 deputados, 10 foram contrários; no PP, de 39, 17 votaram contra orientação; no PRB, de 19, 8 rejeitaram a medida; no PTB, de 24, 11 votaram “não”. Ainda fazem parte da base que elegeu Dilma o próprio PT, que teve um deputado contrário, PSD, PR, PROS e PC do B.

Já pelo outro lado, dos 128 votos de membros de PSDB, PSB, DEM, PPS, SD, PV, PSC e PSOL, que não apoiaram a candidatura de Dilma, 17 votaram a favor do ajuste, e 111 foram contra. Oito oposicionistas do DEM presentes à votação resolveram votar a favor do governo; os outros 14 disseram não à primeira parte do ajuste fiscal. A bancada do PSDB, por sua vez, votou de forma unânime contra a medida (51 votos). Na tarde de quinta-feira, antes da votação, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que votou a favor do ajuste, almoçou com o vice Michel Temer para falar sobre a política econômica do governo.

A medida foi aprovado por 252 votos favoráveis e 227 contrários, uma apertada vitória. Agora, o seguro-desemprego só será dado ao trabalhador se ele ficar sem ocupação após um período mínimo de ano de trabalho. Antes, bastava estar em um emprego por seis meses para receber o benefício.

A presidente Dilma Rousseff chamou ao seu gabinete, na manhã desta quinta-feira, o vice Michel Temer para parabenizá-lo e agradecê-lo pela aprovação da MP 665. Dilma disse a Temer que sua atuação na articulação dentro da Câmara e com bancadas aliadas e até da oposição foi “fundamental” para a aprovação, mesmo que com um placar apertado.

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