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Reconciliação da Igreja com Padre Cícero está a caminho

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Vaticano volta a olhar para a vida de Cícero, para viabilizar sua reabilitação. Processo pode permitir que ele ganhe a condição de servo, a primeira das etapas até uma chance de canonização oficial. Ele morreu impedido de atuar como padre.

Reconciliação se arrasta há anos

Em 1889, aconteceu, pela primeira vez, o fenômeno que ficou conhecido como “Milagre da Hóstia”, em Juazeiro do Norte. Durante missa celebrada pelo Padre Cícero, a hóstia se transformou em sangue na boca da beata Maria de Araújo. O episódio voltou a acontecer outras inúmeras vezes. Por acreditar que ele seria um milagre, o “Padim” teve suas ordens suspensas pela Igreja Católica em 1894 e, até hoje, não a recuperou.

A primeira intervenção sobre o caso partiu do próprio Padre Cícero, que em 1898 viajou até Roma e pediu o perdão da Igreja ao papa Leão XVIII, que o concedeu, mas depois retrocedeu.

Apenas em 2001, quando dom Fernando Panico assumiu a Diocese de Crato, o processo de reabilitação – a recuperação das ordens – iniciou.

Na época, foi criada uma comissão para estudar o caso do milagre do sacerdote com pesquisadores, historiadores, teólogos e psicólogos.

O trabalho rendeu 14 volumes de relatório entregues, em 2007, ao então papa Bento XVI.

Em carta de sete páginas, enviada no dia 20 de outubro de 2015, assinada pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e endereçada a dom Fernando Panico, a Diocese interpreta que houve a reconciliação entre a Igreja e o Padre Cícero.

Porém, pesquisadores, por exemplo, contestaram se a carta representava mesmo a reconciliação, já que não foi publicado em nenhum veículo oficial do Vaticano.

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