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Teve de tudo no Galo da Madrugada. Até casamento e ‘Bolsa Mamatinha’

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O cantor Nonô Germano uniu-se em matrimônio com Daniela Freire em cima do trio elétrico

JC

Quem acha que já viu de tudo no desfile do Galo da Madrugada presenciou um momento histórico no 38º desfile do maior bloco de carnaval do mundo: um casamento. O cantor Nonô Germano uniu-se em matrimônio com Daniela Freire em cima do trio elétrico em frente ao camarote oficial do bloco, onde uma juíza esperava o casal. O também cantor Claudionor Germanano, pai do noivo, estava presente para dar a bênção e passar o bastão de cantor da folia a Nonô.

Bem antes do inédito enlace, os milhões de foliões já davam o ar da graça. Até cerca de meia hora antes do desfile o point preferido era o galo gigante montado na Ponte Duarte Coelho. Era quase parada obrigatória para casais, crianças e idosos tirarem uma foto. Precisamente às 9:02 os fogos anunciavam que sua majestade estava na rua. O primeiro carro, Clarins, também cuidavam de anunciar o imenso cortejo de de frevo que vinha alguns metros atrás com o tema Asas da América, Asas para o Frevo, lembrando o homenageado deste ano, o compositor Carlos Fernando.

Uma das primeiras alas era a Galo 78, lembrança ao desfile inaugurual do bloco, quando 75 pessoas fantasiadas de almas formaram o embrião para os dois milhões décadas depois. Eles foram acompanhados dos bonecos de Enéas Freire, fundador do Galo; e Carlos Fernando. Foram dois carros a mais que no ano passado, com direito a passistas de frevo, cabeções e frevioca.

No chão, as alegorias humanas chamavam a atenção tanto quando as que estavam em cima de quatro rodas. Uma das mais vistas era do Chaves, cujo criador e alter-ego, Roberto Bolaños, morreu em novembro do ano passado. Mas piratas, super-heróis e palhaços quase brotavam do chão. Havia espaço para grandes produções como um casal caracterizado de Alice – aquela do País das Maravilhas – e o Chapeleiro Maluco, Jack Sparrow, Diabos e Vampiros vestidos de preto do pescoço aos pés apesar do calor escaldante. As críticas aos políticos não poderiam ficar de fora e uma ‘Dilma’ mostrava um cartão do novo programa social, A Bolsa Mamatinha.

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