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Paulo Câmara diz que número de assaltos e roubos caíram

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Governador fez balanço da gestão ao programa 20 minutos, da TV Jornal . O programa teve como tema “Desafios do governo de Pernambuco”

JC Online Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Temas como educação, segurança, desenvolvimento regional, reforma da Previdência e eleições de 2018 foram abordados no programa 20 minutos, da TV Jornal, na noite deste sábado (23). O entrevistado do cientista político Antonio Lavareda foi o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). O programa teve como tema “Desafios do governo de Pernambuco”. O programa volta a ser exibido às 8h30 desta segunda-feira (25), às 8h30, na TVJC.

Na área de educação, Paulo Câmara enfatizou que essa é uma das prioridades do seu governo. “Nós temos hoje a menor taxa de abandono do Brasil, o que mostra claramente que a nossa escola é atrativa, temos a maior rede de escolas integral”, disse.

Ao falar sobre segurança, o governador reconheceu que os números estão altos. Este mês, foi alcançada a marca de 5 mil homicídios em Pernambuco. O socialista afirmou que, logo ao assumir, teve que enfrentar uma das maiores crises da história, o que tem reflexo diário na segurança.

Segundo o governador, as respostas estão aparecendo. “Já colocamos 1.500 novos policiais militares nas ruas. Os efeitos disso já são imediatos. A gente já teve um outubro e um novembro de queda nos crimes violentos contra o patrimônio, ou seja, assalto, roubo, furto”, afirmou, acrescentando que em abril de 2018 será concluída uma nova turma de 1.300 policiais militares, além de outros mil policiais civis que devem iniciar seus trabalhos em janeiro.

Paulo Câmara lembrou, ainda, da greve da Polícia Militar, em 2014. “Uma greve é uma coisa muito séria. Uma greve na Polícia Militar deixa muitas marcas, ela quebra a hierarquia, quebra a autoridade dos comandos. Isso foi restabelecido”, disse. A greve ocorreu em maio de 2014, logo após João Lyra Neto (PSDB) assumir o governo, após a descompatibilização de Eduardo Campos. Hoje, Lyra está na oposição ao socialista. O governador mostrou-se otimista quanto à segurança em 2018. “A gente tem condições de acabar 2018 com a violência em Pernambuco voltando aos números, que ainda vão ser altos, mas são números de 2014 e mostrando um caminho importante de a gente continuar avançando”, disse.

ECONOMIA DO ESTADO

Em meio à crise econômica, Paulo Câmara falou sobre áreas que continuam avançando, como o polo automotivo de Goiana e o polo de bebidas na Região Metropolitana Norte, em cidades como Itapissuma e Igarassu. Para o socialista, o desafio é levar as indústrias para o interior do Estado. Nesse ponto, o governador criticou o atraso nas obras da ferrovia Transnordestina. “Evidentemente que um grande empreendimento do governo federal que poderia já estar ajudando na interiorização de Pernambuco, que é a Transnordestina, parou. Infelizmente está com questões no Tribunal de Contas da União e outras questões que não conseguem ser resolvidas”, disse.

O governador citou índices de avanços econômicos do Estado, como o crescimento de 2,3% do PIB estadual no primeiro semestre deste ano, enquanto o País ainda não voltou a crescer. “Estou muito determinado, nunca estive tento. A cada ano que passa, quando a gente pensa que o ano seguinte vai ser um pouco mais tranquilo, nunca é, são muitas dificuldades. Tenho amadurecido, crescido, tenho procurado trabalhar bem. Deixei Pernambuco em pé, isso ninguém pode falar, nem a oposição pode falar que Pernambuco não foi bem conduzido em termos administrativos”, declarou.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Paulo Câmara também criticou o trâmite da Reforma da Presidência. Para o governador, a proposta precisa ser melhor discutida com a população. “Esse debate ficou pobre, esse debate não avançou, foi rejeitado pela população e o governo federal não teve nem a capacidade de voltar esse debate da maneira correta, sentando na mesa, discutindo pontos possíveis de serem aprovados, pontos que podem deixar pro futuro”, afirmou. “Eu acredito que 2018, como é um ano eleitoral, é um ano de discutir as reformas, de os candidatos dizerem exatamente quais são as reformas que vão fazer, o que vai fazer. Isso vai ajudar muito o Brasil do futuro”, acrescentou.

ELEIÇÕES 2018

Sobre o tema das eleições do próximo ano, o governador, que é vice-presidente nacional do PSB, afirmou que o partido quer conversar com os setores de centro-esquerda que tenham projetos semelhantes ao do PSB, de construir um caminho estruturador para o Brasil. “O PSB vai procurar conversar com os candidatos que estejam pensando assim também. Tanto é que já conversou com muitos partidos de centro-esquerda. Já conversamos a própria Marina Silva, já conversamos com Ciro Gomes, já conversamos com o PT, com outros partidos. E estamos vendo também quadros dentro do PSB que possam também melhorar o debate para que a gente possa chegar em 2018 com um discurso afinado, um discurso do futuro, um discurso sendo contrário a essa forma que está sendo governado atualmente o Brasil pelo presidente Temer”, disse.

Ainda segundo Paulo, o programa de governo elaborado por Eduardo Campos para a campanha de 2014 continua válido e será apresentado ao País na próxima eleição, seja por candidatura própria ou aliança de centro-esquerda.

Falando sobre a coligação estadual para 2018 e uma possível reaproximação com o PT, Paulo Câmara admitiu que está conversando com partidos “que acreditam no nosso projeto”. “Esse debate vai ser feito em 2018, que é a época certa, antecipar eleição é sempre ruim. Nós vamos continuar conversando com todos os partidos que queiram conversar. Em Pernambuco, nós temos uma situação que carece de muita discussão, de sentar na mesa. Mas quem quiser discutir conosco, a gente vai discutir”, disse.

LAVA JATO

Questionado se a Lava Jato poderá repercutir na campanha de 2018, Paulo Câmara afirmou que é preciso ter cuidado em não pré-julgar. “O nosso governo que presa muito a ética, que tem quadros que buscam insaciavelmente fazer da transparência o nosso maior valor. A gente vai fazer um debate ético porque a política precisa de ética, a política precisa de boas práticas”, declarou.

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