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Nem Lula, nem Bolsonaro, nem Moro: líderes do União Brasil querem isenção na corrida presidencial

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foto: reprodução

Com a filiação do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) descartada, lideranças do União Brasil, partido que nasce da fusão do DEM com o PSL, trabalham para que a sigla não apoie formalmente nenhum candidato à Presidência da República. Integrantes da nova legenda citam questões regionais para defender que os diretórios tenham liberdade para decidir se estarão no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou do presidente Jair Bolsonaro (PL). Com os diretórios estaduais liberados, avaliam, a agremiação conseguirá eleger uma expressiva bancada para a Câmara dos Deputados, prioridade definida pela cúpula partidária.

Como a Jovem Pan mostrou, a candidatura de Moro era vista com mais entusiasmo por quadros do PSL, como os deputados federais Junior Bozzella (SP) e Luciano Bivar (PE), que presidirá o União Brasil, mas esbarrava no cálculo eleitoral da ala ligada ao DEM, casos do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que disputará a eleição para o governo da Bahia, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Além de dizer que não gostaria de nacionalizar o pleito estadual, interlocutores afirmam que Neto não quer estar associado à figura que condenou o ex-presidente Lula em um Estado eminentemente lulista. Caiado, por sua vez, divide parte do eleitorado com o presidente Jair Bolsonaro e avalia que o ex-juiz da Lava Jato, tido como traidor nas hostes bolsonaristas, pode atrapalhar a sua reeleição.

Dentro do partido, há quem recorra a um argumento pragmático para rejeitar o apoio a Moro e defender a neutralidade na corrida presidencial: o desempenho nas pesquisas. Levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira, 9, mostra o presidenciável do Podemos numericamente empatado com Ciro Gomes, do PDT, com 7%. Entre os pré-candidatos, Moro também tem a segunda maior rejeição (62%), atrás apenas de Bolsonaro (66%). À Jovem Pan, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) disse acreditar que o União Brasil não apoiará formalmente nenhum candidato. “Não acredito que apoiaremos candidato nenhum. É foco na eleição e reeleição de deputados federais, além dos governadores que buscarão a reeleição. Temos o ACM, Caiado, o Mauro Mendes, no Mato Grosso, e não vejo essas pessoas dando palanque para Moro, principalmente com esses 8%, 9% das pesquisas. Para quem está na cadeira, se aliar a um candidato com esse rendimento baixo puxa a candidatura para baixo”, afirmou. Sob reserva, outro quadro do DEM questiona: “Moro estagnou, não chegou aos dois dígitos e tem uma das maiores rejeições. Quem vai querer colocar o nome dele na cédula?”.

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