Hoje, José Ramos vive em Araripina, cria gado e bode, estando certamente muito mais feliz do que quando era político.
Por Magno Martins
O jornalista , radialista e blogueiro Magno Martins, escreveu neste fim de semana, sobre a época em começou no jornalismo político estadual.
“Já militando em jornalismo político, fui estagiário da Secretaria de Imprensa do Governo de Pernambuco quando José Ramos assumiu e com ele viajei muito, tanto em missão administrativa quanto na campanha. Sem vaidades, simples e ciente do papel que cumpria, José Ramos me fez ir a Araripina, sua terra natal, por diversas vezes.
Com sotaque carregado, óculos fundo de garrafa e esguio, José Ramos tinha, também, o dom da oratória. Seus discursos emocionavam, com frases poéticas, manifestando sua profunda relação com o cheiro da terra, o seu sertão e sua gente. Não fosse o seu traço conciliador e seu desapego ao poder, provavelmente a campanha de Magalhães e Roberto tivesse ocorrido num ambiente de tensão e conflitos.
A paixão pela terra natal fez José Ramos disputar a eleição para prefeito em 1996, enfrentando Emanuel Bringel, para quem perdeu. Mais à frente, a vida fez com que se reaproximasse de Bringel, já em 2008, quando o apoiou. Mesmo assim, José Ramos não teve a alegria de comemorar a vitória: Bringel foi derrotado por Lula Sampaio (PTB).
Hoje, José Ramos vive em Araripina, cria gado e bode, estando certamente muito mais feliz do que os que continuam na vida pública em um País mergulhado em escândalos, refém da corrupção”, escreveu Magno.