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Guilherme Coelho: “O Araripe precisa aproveitar melhor sua principal riqueza”; ouça

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Foto: reprodução

Por Cidinha Medrado

Na quarta-feira (23), o Programa Araripina Urgente fez uma entrevista exclusiva com Guilherme Coelho, ex-prefeito de Petrolina, ex-deputado federal, atual presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), uma associação que tem por objetivo mostrar que o Brasil é provedor de frutas doces e saborosas o ano inteiro, a sede da Associação fica na CNA (Confederação Nacional de Agricultura) e conta atualmente com 82 associados. Há um ano, Guilherme assumiu a presidência. Para ele, a única associação no Brasil que representa a fruticultura como um todo. “Nós estamos muito animados. Desde o ano passado quando começou a pandemia e todo mundo ficou desesperado, o mundo inteiro, isso atrapalhou um pouco. A gente produz alimentos, e sempre digo que o agro não pode parar, ficamos preocupados, mas a gente viu que o consumo continuou normal e aumentou no Brasil e no mundo, vemos que as pessoas querem comer saudável”, disse Guilherme.

Para ele, a pandemia alertou a população para uma alimentação mais benigna, e isso prova o alargamento na exportação das frutas, um aumento de 22% nos primeiros quatro meses de 2021, com isso, é possível alcançar $ 1 bilhão de dólares com exportação, devido a um trabalho intensivo, o que também gera diversos empregos diretos e indiretos. “Quando você vem para a fruticultura, de fato, precisa da mão de obra muito forte, isso significa geração de empregos e graças a Deus o consumo tem aumentado bastante”, disse ele.

Guilherme também conversou com o Jornalista Roberto Gonçalves sobre o Plano Safra 2022 que o governo federal anunciou a liberação de R$ 251,7 bilhões para os empresários do setor. Ele comentou que o grande problema é a burocracia, disse que o Brasil precisa desentravar os programas para facilitar o acesso do produtor aos empréstimos. “O que precisa do governo, em nossos bancos é a desburocratização, o caminho ainda é muito longo, muito papel, muita certidão, muitas vezes para o pequeno agricultor ou agricultor familiar isso se torna uma barreira muito grande, então foi um marco muito importante, que é o governo sinalizando que não vai faltar dinheiro para investir”, reconheceu.

O ex-deputado também avaliou as condições do Araripe em relação ao agronegócio e que tipo de apoio seria ideal para alavancar a produção, a terra é fértil, mas a região carece de projetos mais potentes e ousados, como o Canal do Sertão, projeto idealizado por seu pai, Osvaldo Coelho, que busca reduzir os impactos negativos da seca sobre a população levando água do rio São Francisco até os municípios mais afetados. “95% das jazidas de Gipsitas do Brasil estão na região do Araripe, em dois ramos, um do pré-moldados, do revestimento e das placas e o ramo do gesso agrícola, eu como Engenheiro Agrônomo reconheço que isto está pouco explorado”, disse ele.

O gesso é uma matéria prima barata e infelizmente o transporte sai mais caro, segundo Guilherme Coelho. Ele também observou que o gesso agrícola é a maior riqueza dessas jazidas e é muito pouco explorado, para ele, o canal que vai melhorar a exportação é a Transnordestina – ferrovia brasileira, em bitola mista, projetada para ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, além do cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins, com extensão total de 1.753 k, no futuro se conectará com a ferrovia Norte-Sul em Porto Franco. A obra iniciada em no final da década de 2000 foi paralisada várias vezes, a obra foi parcialmente retomada em 2020 e deve custar mais R$6,8 bilhões aos cofres do governo brasileiro.

“Sobre a Transnordestina eu cobrei ao Ministro Tarcísio Gomes, da Agricultura, que esteve aqui semana passada, é um tema que a gente tem sempre que tá conversando, lembrando, sempre cobrando para que isso aconteça. Já o Canal do Sertão, Osvaldo Coelho, saudosa memória, ele começou a fazer estudos e disse, está na hora de levarmos esta água para o Araripe e na época o governador Jarbas Vasconcelos ajudou com este discurso, nós temos água, não vai acabar, fiquem despreocupados”, contou.

Como presidente a Abrafrutas, ele afirmou que está se dedicando à questão da Transnordestina e também quer iniciar novas conversas com os representantes regionais sobre o Canal do Sertão.

Guilherme está afastado da política desde 2018, quando perdeu a reeleição para deputado federal. Sobre o atual cenário para a política de 2022, especialmente para governador, ele elogiou o primo Miguel Coelho, prefeito de Petrolina, pré-candidato a governador. “Eu tenho acompanhado o Miguel Coelho, político nato, como gestor, ele cobra muito dos secretários, faz reuniões, vai para Brasília, está junto do povo é de fácil acesso, ele pensa grande e ele tem vontade, é muito importante, acho que tá na hora de Pernambuco ter uma nova safra de nome, os nomes que foram até agora, a gente respeita, bate palmas, mas tá na hora desse povo se movimentar e ele está se movimentando, eu creio que ele tem um potencial muito grande”, elogiou.

Questionado se vai continuar disputando uma vaga na Câmara Federal, ele disse querer ser é importante, mas se for, propõe levantar sua bandeira que é o Agronegócio, para viabilizar melhoria e ficar mais a disposição do agricultor. Ouça a entrevista na íntegra:

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