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Gestão calamitosa da pandemia em Pernambuco

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Foto: Reprodução

Por Magno Martins

Tem razão o ex-ministro Armando Monteiro Neto quando diz que se Pernambuco fosse um País seria o segundo maior do mundo em óbitos pela Covid-19 em razão da má gestão, no descompasso na saúde, nos desencontros de medidas anunciadas e mal conduzidas, em intervenções desnecessárias e, principalmente, pela má intenção no gerenciamento do dinheiro público enviado pelo Governo Federal para o combate à pandemia do coronavírus.

De todos os pontos destacados por Armando o mais grave, sem dúvida, é o que ele classifica de desvio de conduta ética na gestão dos recursos federais destinados à pandemia do coronavírus. “As denúncias foram surgindo de várias origens e imediatamente os contratos foram desfeitos, o que significa dizer que eram frágeis. Em alguns casos, se apressaram a devolver os recursos. Um gestor que tenha convicção da lisura dos seus contratos não recua, pelo contrário se sustenta”, constata. Para Armando, Geraldo tem que mostrar à população que os contratos se justificaram.

“Mas, em Pernambuco não. Qualquer denúncia, os contratos eram desfeitos. Recife é uma capital que gastou muito e houve uma série de denúncias. Eu fico nisso, pois é um juízo factual. Mas ilações podem ser feitas, mas eu não faço”, acrescentou o ex-senador quando perguntado se desconfiava de que esses recursos federais estavam sendo desviados para caixa de campanha. Ao longo da entrevista que concedeu ontem ao Frente a Frente, Armando descambou para o campo da própria gestão de Geraldo com duras críticas.

“Aqui, no Recife, com Geraldo, tivemos os problemas de mobilidade urbana agravados. Há equipamentos mal conservados, obras que se arrastam há muito tempo. A reforma do Geraldão já dura mais de 10 anos. Que gestão é essa? Agora, Geraldo tem algo que ele faz bem: propaganda na televisão. A mistificação. Gasta muito dinheiro em propaganda, instalou o chamado marketing da pandemia. Aproveitou esse momento de grande angústia, para apresentar um quadro de muitas ações, providências, que, na realidade, se traduz em mera espuma”, afirmou.

E acrescentou: “Por exemplo, quantos hospitais de campanha Geraldo implantou? Que serventia esses hospitais tiveram? E aquelas camas podem se considerar leitos clínicos? O que todo esse investimento resultou? Enquanto isso, muitos profissionais de saúde nem equipamento de proteção individual tiveram. Esse segmento, sim, deveria ter sido mais bem cuidado. Essas administrações gostam de mostrar prédios, de fotografar unidades de campanha, em suma, a gente fica com a impressão que serve só aos programas eleitorais, lamentavelmente”.

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