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“Estudo com 191 países mostra que manter escolas fechadas durante a pandemia é um erro”

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Foto: ilustração

Jornal Gazeta do Povo

Um estudo realizado pelo Insights for Education, com dados de 191 países, concluiu que a abertura de escolas não tem relação com as taxas de infecção por Covid-19. O estudo também constatou que quase todas as nações que estão sem aulas presenciais são países pobres na primeira onda da pandemia, que serão extremamente prejudicados pelo déficit educacional; e que a maioria dos países que está enfrentando a segunda onda da pandemia permaneceu com as escolas abertas.

Nesta segunda-feira (7), o Unicef – agência da ONU que tem como objetivo proteger os direitos de crianças e adolescentes – utilizou o estudo como referência em um comunicado oficial no qual alerta sobre os “impactos devastadores no aprendizado, no bem-estar físico e mental e na segurança” das crianças em decorrência do período prolongado com escolas fechadas. Na ocasião, o chefe global do Unicef afirmou que fechar as instituições de ensino significa ir na direção errada.

Método e demais conclusões da pesquisa

O estudo “Covid-19 e Escolas: O que podemos aprender com seis meses de fechamentos e reaberturas” – desenvolvido a partir da análise diária de relatórios ministeriais, planos e políticas de resposta dos países, além de dados de instituições como Unesco e Banco Mundial e de veículos internacionais de imprensa – avaliou a experiência de 191 países por um período de sete meses (entre 10 de fevereiro e 29 de setembro) com o objetivo de analisar e comparar variáveis que influenciam a decisão de líderes de governos e da sociedade quanto à reabertura das escolas.

Com o levantamento de dados, a Insights for Education concluiu que nações mais ricas – e com melhor classificação no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), principal avaliação da educação básica no mundo – retornaram às aulas ou mantiveram as atividades presenciais nas escolas mesmo em períodos de aumento das contaminações diárias. Esse é o caso, por exemplo, do Japão, que durante o período de estudo passou por duas ondas de infecção, com o pico da segunda onda sendo notavelmente mais alto que o primeiro. O ápice das contaminações até então havia ocorrido em agosto durante as férias de verão, mas o sistema de ensino retornou normalmente às aulas mesmo com os casos ainda bastante altos.”

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