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Em Pernambuco candidato a senador do governo sai do MDB ou PT

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

Na montagem da aliança que passa pela cabeça de Lula, o PSB, que paparicou por dois dias no Recife, abrindo a maratona pelo Nordeste, terá papel de ator principal, não de figurante. Dos socialistas, nos planos para voltar ao poder, o ex-presidiário abocanha tempo na TV, sua coligação amplia o território da esquerda e em contrapartida em Pernambuco seus aliados acham que criam as condições para emplacar o sucessor de Paulo Câmara, pegando carona na popularidade de Lula.

Lula fez uma agenda em Pernambuco para atrair também outros partidos, como o Republicanos e o PSD, abrindo espaço para o centro direita. Conversou com André de Paula, presidente estadual do PSD, e Silvio Costa Filho, presidente dos Republicanos. Ambos sonham em disputar o Senado e por isso mesmo aceitaram posar para fotos com um ex-presidiário, mesmo ocupando cargos no Governo Bolsonaro, a quem Lula combate tenazmente.

A política é feita de jogo e definida por estratégias, mas são mínimas as chances do Republicanos ou do PSD emplacarem uma vaga na chapa majoritária do PSB. O raciocínio é muito lógico e elementar: PSB e PT, juntos, decidirão o que acharem mais conveniente. Cabeça de chapa, os socialistas oferecerão ao PT o Senado ou a vice na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.

Nesta aliança com Lula, que o PT acha que vai lavar a burra, os interesses locais não prevalecerão. Com Lula na disputa, o PT, frágil hoje no Congresso, irá exigir de Paulo Câmara a vaga para o Senado. Isso se o MDB não atrapalhar. O que se ouve nos bastidores é que o senador Fernando Bezerra Coelho seria o nome preferido de Geraldo Júlio, o Covidão, na disputa para o Senado, caso o ex-prefeito seja o candidato a governador indicado pelo PSB.

Concretizada esse regresso de FBC à base governista, André e Silvio Filho, sonhadores acordados com a vaga ao Senado, serão obrigados a tirarem o cavalinho da chuva, porque, pela ordem de grandeza e importância, o MDB, na aliança estadual, não abrirá mão da vaga para o Senado.

Resumo da ópera: o candidato a senador na chapa governista sairá do MDB ou do PT, nunca do PSD ou Republicanos.

FHC fez história – Lula, o ex-presidiário da Lava Jato, já está cantando de galo antes do tempo. Arrotando beicinho de eleito sem o teste das urnas, disse, ontem, na coletiva no Recife, que vai pegar em 2023, ano da posse do novo chefe da Nação, um Brasil pior do que deixou em 2012. “Tenho clareza de que pegaremos o Brasil em 2022 muito pior do que eu peguei em 2003”, afirmou. Em política, cantar vitória antes da hora dá um azar terrível. Que diga FHC, que chegou a sentar na cadeira de prefeito e o escolhido pelo povo foi Jânio Quadros.

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