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Economia de Pernambuco volta a crescer acima da média nacional

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Apesar da recuperação, números ainda não se traduziram em melhora no nível de emprego

JC Online / Foto: reprodução

Com os indicadores de produção mostrando um ritmo de recuperação este ano, a Ceplan Consultoria Econômica faz uma projeção razoavelmente otimista para a economia do Estado no ano em 2018, apesar de números ainda ruins em relação ao mercado de trabalho. O grande risco para 2018 é a política. “2018 será o ano da política, que será polarizada, com crise institucional nos tribunais, continuidade da Lava Jato e eventual condenação de lula em 2ª instância” ratifica o economista da Ceplan, Jorge Jatobá.

No primeiro semestre, a economia pernambucana voltou a crescer acima da média nacional após dois anos de índices inferiores, fechando a 2,3%, contra 0,20% do Brasil no período. No ano, o PIB brasileiro vai fechar na casa de 1%. “Esperamos que essa recuperação de Pernambuco se mantenha no segundo semestre, que em geral tem uma atividade igual ou melhor no período. Para o ano que vem a nossa projeção é de um crescimento na linha da economia brasileira, com 2,4% para o Brasil e 2,2% para o Estado”, afirmou o Jatobá.

Os números da Ceplan foram divulgados nesta segunda (18), mesmo dia em que o mercado financeiro revisou para cima as previsões para economia brasileira no Boletim Focus do Banco Central, com a mediana das apostas saindo de 0,91% para 0,96% de crescimento em 2017 e de 2,62% para 2,64% no ano que vem. Os números do mercado acompanham os dados revisados para a economia do País anunciados pelo Ministério da Fazenda na quinta-feira (14). Na semana passada o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 1,1% em 2017 e 3% em 2018. Antes, o governo previa crescimento de 0,5% e 2%, respectivamente.

A agricultura, impulsionada pela cana de açúcar, é o setor que fez a diferença nos dados deste ano em Pernambuco e fará em 2018. Pelas projeções da Ceplan, o setor agropecuário deve cair um pouco no ano que vem, não por problemas climáticos, mas de base estatística. A agricultura cresceu 32% este ano, se descolando dos problemas da seca. “Como cresceu muito, nossa previsão é que caia 1,4% pelo efeito estatístico. A indústria é que vai puxar a economia de Pernambuco em 2018”, afirmou.
Apesar de um quadro positivo, a recuperação não vem na mesma velocidade no nível de emprego. A taxa de desemprego em Pernambuco fechará com um índice mais alto do que o Brasil e também em relação ao Nordeste. No segundo trimestre do ano, o índice de desemprego no Estado chegou a 18,8%. A taxa regional ficou em 14,8% e a do País em 12,4%, números influenciados pela crise nacional.

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