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Coligações salvam deputados

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

As mudanças nas regras eleitorais para o pleito de 2022, aprovadas na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, com a adoção do Distritão e a volta das coligações partidárias, tendem a serem aprovadas também pelo plenário da Câmara. Deputados não costumam dar tiro no pé. Como se trata de uma eleição no escuro, mantido o modelo da eleição passada, algo terá que ser refeito ou remendado.

O que ouvi ontem em Brasília é que o Distritão não passa no Senado, mesmo aprovado por larga margem de votos na Câmara. Os senadores não deixarão os deputados nas mãos. Aprovam a volta das coligações e aí estará criada uma saída no chamado jeitinho brasileiro para salvar quem está hoje na marca do pênalti, ou seja, com dificuldades de emplacar uma nova reeleição por falta de chapas competitivas, comum hoje a todos os partidos de uma forma em geral.

Proibidas nas eleições passadas para vereador, o que deixou muita gente perdurada no chapéu, as coligações permitem alianças com o maior número de partidos, independentemente de cor partidária ou ideologia. Tudo que os pequenos partidos, especialmente, precisam para montar chapas com chances de eleger um maior número de deputados nas coligações que virem a ser fechadas.

Na prática, trocando em miúdos, deputados e senadores agem de acordo com as suas conveniências. Quando foi para sacrificar a eleição municipal, jogando os vereadores como cobaias, o Congresso foi ágil e eficaz, mas quando a cabeça deles passa a entrar na guilhotina, o jogo é outro, o do interesse deles. Nunca conheci um Congresso suicida. Esse não seria o primeiro.

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