No Sertão de PE são 70 delegacias e algumas delas estão ficando fechadas simplesmente porque não tem efetivo. Dormentes, Moreilândia e Santa Filomena são exemplos que sofrem com a carência de policiais civis”
A poucos dias de iniciar 2015, a realidade da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) continua preocupante, principalmente no Sertão do Estado. Um decreto assinado em 2008 pelo então governador Eduardo Campos previa que a instituição deveria chegar ao novo ano com um efetivo de 10,4 mil, mas o efetivo no momento não passa de pouco mais de 4,8 mil profissionais.
Segundo o representante da Comissão de Aprovados no Concurso de 2006, Félix dos Anjos, o número é insuficiente para atender a região e muitas delegacias do Sertão estariam ficando fechadas por conta da falta de policiais.
“Temos no Sertão 70 delegacias e algumas delas estão ficando fechadas simplesmente porque não tem efetivo. Dormentes, Moreilândia e Santa Filomena são exemplos que sofrem com a carência de policiais civis”, disse Félix, que compõe uma comissão formada por aprovados que aguardam convocação.
Ele lembra ainda que o déficit trouxe consequências diretas nas políticas de segurança pública. Um exemplo disso é que o programa ‘Pacto pela Vida’ termina o ano sem atingir as metas de redução de violência. Ao contrário disso, houve aumento de 10% no número de homicídios.
Novos quadros
Enquanto o atual contingente é insuficiente para atender a população, candidatos aprovados em concurso anteriores continuam à espera pela convocação. Em entrevista, Félix explicou que apesar da entrada de 2.905 novos policiais, a quantidade ainda é insuficiente, uma vez que muitos profissionais também saíram da Polícia.
“De fato houve entrada de 2.905 novos policiais, mas em compensação saíram 2.147. Ou seja, na verdade acrescentou mesmo só 758 policiais”, finalizou o representante dos aprovados.
