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Caatinga: um bioma que podemos chamar de nosso

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Foto: reprodução

Os índios chamavam de “Mata Branca ou Floresta Branca” a área de vegetação que perde totalmente as suas folhas, na estação da seca. Época do ano em que a paisagem ganha um tom cinza – quase branco –  marcada pelas árvores desfolhadas. Assim é a Caatinga. Tem aparência de morta, enquanto a chuva não cai. Reserva-se para se vestir de verde, quando a chuva alimenta a terra seca e, assim, segue o ciclo natural da vida, no clima semiárido. É o único bioma que existe apenas no território brasileiro.

Para chamar à reflexão sobre a importância do bioma, o dia 28 de abril passou a ser o Dia Nacional da Caatinga, oficializado por meio do Decreto Federal de 20 de agosto de 2003.  A data marca também o nascimento do pernambucano João Vasconcelos Sobrinho (1908 -1989), um dos pioneiros estudiosos da área ambiental do país.

À exceção do estado do Maranhão, o bioma está presente nos demais estados nordestinos. Em Pernambuco, a área de domínio do Bioma Caatinga é de 83% do território. Além do Nordeste, está presente apenas no estado de Minas Gerais.  A área é rica em diversidade de espécies da fauna e da flora e muitas delas são endêmicas, ou seja, só existem no bioma. Algumas espécies estão em vias de extinção, como o tatu-bola. Embora essa riqueza, a Caatinga vive sob ameaças, principalmente devido ao alto índice de desmatamento.

“Além das práticas ilegais cometidas na área, como o desmatamento e a caça, existem as vulnerabilidades às mudanças climáticas. O Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, vem empreendendo esforços para preservar a Caatinga, inclusive com a criação de novas Unidades de Conservação”, comentou o diretor-presidente da CPRH, Djalma Paes. No ano de 2012, o Governo do Estado criou a primeira UC do bioma: o Parque Estadual Mata da Pimenteira (PEMP), em uma área de 887,24 ha, no município de Serra Talhada. A segunda UC da Caatinga, a Serra da Canoa, tem 7.598,71 ha e fica no município de Floresta. Depois dessas, mais seis Unidades de Conservação foram criadas na Caatinga, totalizando 148.398,19 hectares de áreas protegidas.

 PARA SABER MAIS

Que conhecer o Parque Estadual Mata da Pimenteira (PEMP)? Então assista ao vídeo “Mata da Pimenteira, coração da Caatinga”, clicando no portal da CPRH (www.cprh.pe.gov.br).

No nosso endereço eletrônico, na área Educação Ambiental – Publicações você também encontra informações interessantes e lúdicas sobre a Caatinga. O e-book “Cantos, Recantos e Encantos da Mata da Pimenteira” (https://issuu.com/inhalt/docs/af_20_book_pemp_21x21cm é uma história que se passa no Parque. E um outro e-book traz a poesia do PEMP: “Parque Estadual Mata da Pimenteira em versos” https://issuu.com/inhalt/docs/livro_de_poesias_-_mata_da_pimenteira_em_versos.

E para quem gosta de jogos, temos o Caderno de Atividades Caatinga (http://www.cprh.pe.gov.br/ARQUIVOS_ANEXO/caatinga%20frente;4903;20150522.jpg), com informações curiosas sobre o bioma, além de jogos educativos.

Unidades de Conservação Estaduais no Bioma Caatinga

NOMES MUNICÍPIOS ÁREAS (ha)
Parque Estadual Mata da Pimenteira Serra Talhada 887,24 ha
Estação Ecológica Serra da Canoa Floresta 7.598,71 ha
Refúgio de Vida Silvestre Tatu Bola Petrolina, Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande 110.110,25 ha
Refúgio de Vida Silvestre Riacho Pontal Petrolina 4.819,53 ha
Parque Estadual Serra do Areal Petrolina 1.596,56 ha
Refúgio de Vida Silvestre Serras Caatingueiras Salgueiro e Cabrobó 21.697,03 ha
Monumento Natural da Pedra do Cachorro Tacaimbó, Brejo da Madre de Deus e São Caetano 1.378,67 ha
Refúgio de Vida Silvestre Serra do Giz

 

Carnaúba e Afogados da Ingazeira 310,20 ha
Total de área protegida

148.398,19 hectares

 

 

Fonte: Unidade de Gestão de Unidades de Conservação/CPRH

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