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A visão de um jovem sertanejo sobre o momento em que vive o País

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Por Arnaldo Lages

O nosso país, desde o início do segundo mandato da Presidente Dilma, vive dias de muito tumulto. A maior razão, como é de conhecimento de todos, é a diferença efetiva entre o que foi pregado na campanha eleitoral e o que sucedeu-se nesses últimos meses.

O PT acusa o seu arqui-rival, o PSDB, de não desarmar o palanque. No entanto, incorre da postura que acusa ao tentar minimizar a insatisfação do povo brasileiro estritamente aos tucanos. A desaprovação ao Governo Dilma está generalizada, inclusive alcançando – como ratificaram as pesquisas em BH e Recife – classes sociais que o PT até então possuía uma espécie de blindagem.

O Partido dos Trabalhadores lutou incessantemente para extirpar o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso do poder. Uma simples busca na internet revela as movimentações da sigla na década de 90. Agora, de modo oportuno, prefere taxar de golpistas os que clamam pela saída da Presidente Dilma.

Um impeachment para ocorrer necessita, em tese, de dois elementos: argumento jurídico que evidencie alguma irregularidade e clamor popular. Sabemos, com a experiência que a própria história nos remete (leia-se Fernando Collor de Mello) que, na prática, quando a pressão do povo mistura-se a uma base pouco sólida no Congresso, o bicho pega.

Pessoalmente, não desejo a saída da Presidente dessa maneira. Dois impeachments em pouco mais de 20 anos fragilizam qualquer democracia. Embora Dilma tenha agido com total ausência de compromisso ao país, faltando com a verdade nos mais diversos âmbitos, isso só comprova a importância do povo brasileiro refletir com maior profundidade antes de votar.

Em tempo, é preciso deixar claro que, ao contrário do que estão propagando os petistas, essas manifestações são inerentes ao regime democrático. Mais uma vez relembro Fernando Collor: quando o preto dominava o país em protesto ao seu governo, ele conclamou a população a usar verde e amarelo. Segundo o ex-Presidente, este foi o seu maior erro na condução daquele momento de crise. Collor afirmou, ainda, que sem esse seu pedido ele não teria sofrido o impedimento. O PT, no período em que uma considerável parcela da população pretende ir às ruas para gritar contra Dilma, resolveu solicitar às pessoas que usem vermelho. Se em 1992 o povo se negou a usar as cores do país, será que em 2015 irão aceitar usar vermelho?! A história está acontecendo diante dos nossos olhos. Serei um atento expectador.

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