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Pazuello encerra sequência turbulenta da CPI, que promete relatório preliminar

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Foto: reprodução

Gazeta do Povo

A conclusão do depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello à CPI da Covid do Senado, nesta quinta-feira (20), serviu também para finalizar um bloco de sessões tumultuadas da comissão. Em três semanas de trabalho, a CPI ouviu ex-ministros da gestão Jair Bolsonaro, o atual comandante da Saúde, o presidente da Anvisa, um executivo da farmacêutica Pfizer e se tornou um campo de batalha entre parlamentares governistas e oposicionistas.

Agora, a CPI tem apenas um depoimento confirmado — o de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão de Trabalho do Ministério da Saúde, na terça-feira (25) — e verá um “dia de balanço”. A quarta-feira (26), data geralmente utilizada para oitivas de testemunhas, será reservada para que os senadores discutam sobre requerimentos encaminhados à comissão.

Eles debaterão, por exemplo, a convocação de possíveis testemunhas cuja presença não é unânime. Aí se incluem os nomes do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, e de governadores de estado. O comparecimento de gestores estaduais é defendido principalmente pelos senadores bolsonaristas, que acreditam que as maiores falhas do poder público no combate à pandemia de coronavírus foram cometidas no âmbito dos estados e municípios, e não por parte do governo federal.

Outro indicativo de “balanço” que a CPI tomou nesta quinta-feira foi a da produção de um relatório parcial sobre os 30 primeiros dias de investigação. A ideia foi levantada pelo presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), sob a justificativa de que o relatório preliminar garantiria que o conteúdo dos depoimentos das primeiras semanas de comissão “fique vivo” para os parlamentares. “Pedi ao senador Renan Calheiros [MDB-AL] que faça um apanhado dos primeiros 30 dias de trabalhos. Um relatório preliminar para que fique vivo e não digam que a CPI está descambando”, afirmou Aziz, durante a sessão da CPI.

Após a conclusão da reunião desta quinta, em entrevista coletiva, Calheiros disse que “se houver necessidade de esclarecimento circunstancial de alguma questão” estaria predisposto a fazer um relatório. A CPI da Covid iniciou seus trabalhos em 27 de abril e a previsão inicial de duração das atividades é de 90 dias.

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