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Não vou devolver as ‘agressões públicas’ do presidente do PSB, diz Carreras

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Foto: Tato Rocha/Acervo JC Imagem
Foto: Tato Rocha/Acervo JC Imagem

Um dos alvos de um processo no Conselho de Ética do PSB por ter votado a favor da reforma da Previdência, o deputado federal Felipe Carreras vinha evitando rebater as declarações do presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, de que socialista “traiu suas origens” ao divergir da posição do partido sobre a proposta. Em publicação no seu perfil no Instagram nesta terça-feira (16), o parlamentar classificou a fala de Siqueira como “agressões públicas”. Apesar de ressaltar que não vai “devolver” as duras críticas, Carreras mandou um recado claro ao presidente do PSB e relatou que o avisou pessoalmente sobre o seu voto na véspera da votação.

“Gostaria de dizer que não vou aqui devolver as agressões públicas deferidas pelo dirigente do meu partido. A ele, falei em seus olhos a minha decisão, um dia antes da votação. Tenho equilíbrio e respeito pelos colegas de partido que pensam diferente de mim. Não vou adjetivar ninguém. Todos possuem suas convicções. Sigo de cabeça erguida e focado em trabalhar por um Brasil melhor. Mais justo, mais tolerante. Menos desigual. Contem comigo sempre”, publicou o deputado.

Na última quinta-feira (11), o parlamentar chegou a afirmar, ao Blog de Jamildo, que o dirigente da sigla estava “agindo na emoção”.

“Há momento de ouvir. Agora chegou o de falar. Não me considero um réu político por votar de acordo com as minhas convicções e da maioria dos eleitores que me confiaram o voto. Não há um brasileiro em sã consciência que não acredite ser importante uma reforma na Previdência. Inclusive os partidos de esquerda”, afirmou Carreras no Instagram.

A fala ganha maior significado depois que o socialista disse nessa segunda-feira (15) ao Jornal do Commercio que não irá apresentar a sua defesa no processo que pode decretar a sua expulsão do PSB.

Foto: Leo Mota/JC Imagem

“Eu sempre falei que não votaria pela a aprovação do texto original. A Câmara, sob liderança do presidente Rodrigo Maia, mudou pontos importantes: BPC, trabalhador rural, desconstitucionalização, capitalização, etc. Atendidas essas exigências, não tinha como não votar. Não há reforma perfeita. Independente da versão, todos vamos precisar abrir mão de algo. Porém, temos agora uma reforma que vai garantir o futuro de várias gerações. É impossível agradar num voto a todos. Votei por convicção”, emendou, lembrando que declarava ter ressalvas ao texto enviado pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) antes das alterações feitas pelos deputados.

Na mesma publicação desta terça-feira (16), Felipe Carreras agradeceu o apoio de lideranças do PSB à sua permanência no partido, como o governador Paulo Câmara, vice-presidente nacional da sigla, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio. O deputado foi secretário de Turismo nas gestões dos dois socialistas. Carreras fez questão de marcar no post todos os nomes da legenda que saíram, publicamente, em sua defesa “Quero aqui agradecer os gestos de solidariedade dos meus amigos, dos colegas do PSB de longas datas. Aliás, meu único partido, há 23 anos”, disse.

O socialista também agradeceu a lideranças de outras legendas, entre elas as que são especuladas como seu futuro destino, como o líder do PSD na Câmara dos Deputados, André de Paula, e o presidente nacional do PSDB, o ex-ministro Bruno Araújo. O tucano abriu as portas do partido para o hoje socialista.

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