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Interior de PE: Servidor do INSS é preso por fraudes previdenciárias; homem contratou empréstimos de quase R$ 1 bilhão

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Foto: divulgação PF

A Polícia Federal desarticulou na cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, um esquema milionário de fraudes previdenciárias, praticadas com a participação de um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que atuava nas 27 unidades da federação. Segundo as investigações, o servidor estaria cometendo o crime desde 2022, e teria efetivado o desbloqueio de cerca de 70 mil benefícios em todo o país. O valor em empréstimos consignados liberados pelo servidor é estimado em R$ 945 milhões, que podem ter sido emitidos com ou sem o conhecimento do beneficiário.

Em nota, a polícia informou que durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão contra o servidor do INSS, expedido pela 28ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, foram apreendidos um notebook, um smartphone e uma pistola calibre 9mm.

As investigações da Operação Unblock, deflagrada com apoio da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária (CGIP), também demonstraram que a fraude consistia na realização indevida de desbloqueios de benefícios, para contratação de empréstimos, sem a devida solicitação do titular ou de seu representante legal. Ainda de acordo com a polícia, em um dos casos analisados, o servidor manipulou um benefício de titular incapaz, excluindo o seu representante legal para permitir o desbloqueio e averbação do consignado.

Segundo o chefe de comunicação da PF, Giovani Santoro, a polícia também investiga a participação de outras pessoas no esquema. “A análise do material apreendido nessa fase da investigação possibilitará à Polícia Federal ratificar os elementos de prova já colhidos no curso da apuração, apontando autoria e materialidade delitivas, além de auxiliar na identificação de outros envolvidos nas fraudes sob apuração”, explicou.

A Justiça Federal determinou o afastamento do servidor público de suas atribuições, e as penas pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informações e corrupção podem somar até 24 anos.

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