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Governador insere-se no debate da reforma

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por Inaldo Sampaio / Coluna Fogo Cruzado – 5 de julho de 2019

Com atraso de alguns meses, o governador Paulo Câmara resolveu inserir-se no debate sobre a reforma previdenciária. Ele estava ausente dessa discussão e por isso recebeu críticas de parlamentares da própria Frente Popular. Referendou, inicialmente, a posição da executiva nacional do PSB contra o projeto enviado ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro, e depois uma carta dos governadores do Nordeste pedindo a inclusão de estados e municípios no parecer do relator, o deputado tucano Samuel Moreira. Poderia ter tido mais protagonismo, como o governador do Piauí, Wellington Dias, por exemplo, hoje o líder de fato do bloco nordestino. Mas entendeu que já havia clarificado sua posição e nem mesmo participou da última reunião do bloco com os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente, em que se tratou da unificação das regras para servidores públicos federais, estaduais e municipais. Paulo Câmara chamou de “insatisfatória” a proposta original do presidente da República, reconhece que ela foi alterada, para melhor, pelo deputado relator, mas defende o aprofundamento do debate sobre pontos controversos do projeto. Como o parecer do relator foi aprovado ontem na comissão especial da Câmara por 36 votos contra 13, novos debates sobre a matéria, se houver, terão que ser travados no plenário.

Caminho da salvação

Embora Paulo Câmara declare que a reforma da previdência “nunca será a salvação deste país”, o fato é que, sem ela, o Brasil não sairá da crise em que se encontra. E quanto a dizer que a reforma suprime “direitos dos mais pobres”, é necessário também ter a compreensão de que sua finalidade é exigir de todos uma quota maior de sacrifícios em favor do coletivo.

Dentro da Constituição

É correta a posição do governador contra a retirada do texto da Constituição das regras que tratam da reforma previdenciária. Caso isso fosse feito, como ele próprio diz, essas regras poderiam ser alteradas por intermédio de lei ordinária. Ele espera agora que o governo Bolsonaro “aponte novas formas de financiamento para estados e municípios” a fim de tirá-los do sufoco.

Local de romaria

Mesmo o governo estadual não tendo dinheiro para conveniar com os municípios pernambucanos, é grande o número de prefeitos interessados em conseguir uma audiência com Paulo Câmara. Ontem quem foi recebido no Palácio foi o prefeito de Lagoa Grande, Vilmar Cappellaro (MDB), que é candidato à reeleição com apoio da cúpula do seu partido.

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