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Destino do PMDB de Pernambuco sai na quarta-feira

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Integrantes do Partido vão analisar e votar o pedido de dissolução do diretório estadual proposto por um aliado do senador Fernando Bezerra Coelho

Por Magno Martins / Foto: reprodução

A executiva nacional do PMDB decide, na próxima quarta-feira, o destino do partido no Estado. Em pauta, seus integrantes vão analisar e votar o pedido de dissolução do diretório estadual proposto por um aliado do senador Fernando Bezerra Coelho, diante da resistência do grupo do deputado Jarbas Vasconcelos em aceitar a perda do comando da legenda no Estado para o próprio Fernando.

O relator da matéria, já em instância terminativa, é o deputado paulista Baleia Rossi, ligado à base do Governo Temer. Embora não tenha antecipado o seu voto, o mais provável é que acolha o pedido. Como a maioria da executiva é controlada pelo grupo do presidente Michel Temer, é dada como certa a aprovação da dissolução do diretório por uma ampla maioria.

Ao aceitar a filiação de Fernando Bezerra, que deixou o PSB depois de mais de 12 anos, tendo sido eleito pela legenda senador da República em 2014, a cúpula nacional deixou muito claro o desejo de entregar a ele não apenas o diretório em Pernambuco, mas apoiá-lo em qualquer estratégia eleitoral para 2018, que passa pela candidatura dele (FBC) a governador ou dou seu filho, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho.

Antes de convidar Fernando para ingressar na legenda, o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, disse ter tido uma conversa com o deputado Jarbas Vasconcelos e a ele manifestado integral apoio para uma candidatura dele a senador. Mas o parlamentar, além de não aceitar perder o diretório, defende que o PMDB apoie a reeleição do governador Paulo Câmara.

Isso só fez agravar a relação de Jarbas com a direção nacional peemedebista, que deseja que o partido concorra com candidatura própria a eleição de governador não apenas em Pernambuco, mas nos principais estados da Federação. Na reação, o PMDB em Pernambuco chegou a promover um ato de desagravo a Jarbas, que de nada adiantou. A decisão da executiva nacional já está tomada e mesmo que recorra aos tribunais numa briga judicial, o grupo de Jarbas não impedirá que Fernando Bezerra assuma a presidência do diretório estadual.

ATÉ ABRIL– Embora Jarbas tenha afirmado que não sairá do PMDB em nenhuma hipótese, o que corre nos bastidores é que sua permanência deve se dar até abril, prazo em que se encerra a chamada janela da infidelidade para quem, no exercício do mandato parlamentar, queira trocar de legenda para disputar a eleição proporcional. Até lá, o deputado, que por muito tempo dirige o PMDB, terá um quadro mais claro em relação ao que de fato ocorrerá na eleição em relação ao partido. Como dizia Marco Maciel, quem tem prazo não tem pressa.

Lóssio no mato sem cachorro – A situação do ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, por estar sem mandato, é mais complicada ainda do que a de Jarbas. Inimigo figadal do senador Fernando Bezerra, Lóssio não fica no partido um só dia após a confirmação, por parre da executiva nacional, de que o diretório estadual terá FBC como comandante-mor. O seu caminho natural seria o PSDB, mas em Petrolina a legenda tucana está entregue ao deputado federal Guilherme Coelho, que tem uma relação com o ex-prefeito de altos e baixos.

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