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Regina Duarte é convidada para substituir Roberto Alvim na Secretaria de Cultura

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A atriz, conhecida por suas posições de direita prometeu responder até este sábado (18)

Foto: Jair Bolsonaro via Twitter

atriz Regina Duarte, conhecida por suas posições de direita, foi convidada pelo governo federal para assumir a Secretaria Nacional de Cultura no lugar de Roberto Alvim, exonerado nesta sexta-feira (17) após gravar um vídeo com discurso quase idêntico ao do ideólogo nazista Joseph Goebbels. Ela prometeu responder sobre a proposta até este sábado (18). As informações são da Folha de S.Paulo.

Regina já havia sido chamada anteriormente para o posto pelo presidente Jair Bolsonaro, mas recusou. A atriz, segundo a Folha, vem sendo cortejada por membros do entorno do presidente desde o anúncio da exoneração de Alvim. Ela teria dito a interlocutores que ficou animada com o convite, mas está em dúvida sobre assumir a posição.

Saída de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura

O governo federal formalizou nesta sexta-feira (17), no Diário Oficial da União (DOU) a exoneração do dramaturgo Roberto Alvim do cargo de secretário especial da Cultura. A demissão de Alvim está em edição extra do documento. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro já havia confirmado, em nota, a demissão do secretário. Bolsonaro disse que a situação de Alvim no governo ficou “insustentável” após ele gravar um vídeo com discurso quase idêntico ao do ideólogo nazista Joseph Goebbels. A fala teve ampla repercussão negativa entre autoridades do País e na comunidade judaica nesta manhã, o que contribuiu para a rápida demissão do secretário.

“Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”, escreveu o presidente.

Alvim diz que houve ‘infeliz coincidência’ com frase de Goebbels

Alvim disse que houve “infeliz coincidência” com frase de Goebbels. Inicialmente, o secretário afirmou que não poderia pedir desculpas pelo episódio porque alega não ter copiado os trechos de Goebbels de forma proposital. De acordo com ele, algum assessor teria colocado a frase em sua mesa sem identificar a fonte com base em uma busca sobre nacionalismo e arte na internet.

Ele disse, ainda, que investigará quem sugeriu a frase e por quê “Essa casca de banana que foi plantada será aferida. Não conhecia a origem disso”, afirmou. “Evidentemente que eu não sabia (que a frase reproduzida era de Goebbels), se soubesse não usaria.”

Depois, ao final, foi indagado sobre a indignação da comunidade judaica e acabou pedindo desculpas se alguém se sentiu ofendido pela referência indireta ao ideólogo nazista.

Diante da reação negativa, Alvim afirmou que o que mais o entristeceu foi a reação de Olavo de Carvalho, que disse que ele não parecia “estar bem da cabeça”. “Vou provar ao professor Olavo, que é o meu mestre, que estou são, estou perfeito.”

Ainda assim, Alvim afirmou que escreveu 90% do discurso e que a frase reescrita por ele é “perfeita”. “A frase que foi reescrita a partir da frase do Goebbels é perfeita”, disse. “A vinculação dessa ideia (sobre nacionalismo e arte) com campos de extermínio, eugenia, é produto de má intencionalidade ou analfabetismo funcional.”

Ao ser questionado, ele negou ser nazista e afirmou repudiar o regime que exterminou milhões de pessoas. “É claro que não, qualquer pessoa com o mínimo de sanidade mental não pode ser simpático a um regime que exterminou pessoas”, afirmou

Alvim disse que foi sua a escolha de usar uma ópera de Richard Wagner, tocada ao fundo do vídeo. Ele alegou, no entanto, que embora fosse a favorita de Hitler, a ópera não deve ser associada ao nazismo. Ele justificou a escolha pela ligação da música com o cristianismo, sua religião.

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