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Recife: PF prende advogado por saque ilegal de R$ 4 milhões

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Foto: PF divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou, hoje, a segunda fase da operação “4 Milhões”, que investiga o saque ilegal de R$ 4 milhões em precatório, no Recife. Segundo a PF, o advogado Alberto Magalhães Torreão Filho, que retirou o valor utilizando uma procuração pública feita com base em um documento de identidade falsificado, foi alvo de um mandado de prisão preventiva.

De acordo com a PF, foram apreendidas procurações fraudulentas na primeira fase da operação, que poderiam levantar precatórios que, somados, totalizam R$ 12.773.226,59.

“Após a primeira fase da operação, nós identificamos outras procurações fraudulentas também destinadas ao mesmo advogado e a uma outra pessoa que se diz advogada. Essa segunda fase tem por objetivo encontrar elementos que comprovem a ligação de outros envolvidos”, apontou o delegado federal Dário Márcio Sá Leitão.

Na segunda fase, além do mandado de prisão, foram cumpridos pela 4ª Vara da Justiça Federal no estado outros três mandados de busca e apreensão domiciliar. As medidas cautelares foram para endereços no Recife e em Moreno, na Região Metropolitana.

De acordo com a investigação, a procuração foi lavrada no cartório de Moreno, na Região Metropolitana, para conseguir sacar o valor na agência da Caixa Econômica Federal localizada no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Centro do Recife. O nome do suspeito não foi divulgado.

Segundo o delegado da PF, o advogado apresentou uma procuração feita com base em um documento de identidade falsificado para sacar o dinheiro, em 1º de setembro. O saque foi descoberto depois de a verdadeira beneficiária do processo comparecer à Caixa.

Um precatório é uma dívida de municípios, estados ou da União, assim como de autarquias e fundações. Não foi detalhado que tipo de precatório foi sacado ilegalmente.

A investigação buscou também identificar outros possíveis membros da organização criminosa e precatórios que podem ter sido sacados de forma fraudulenta, além do destino dos valores que foram desviados.

Os crimes apurados são os de estelionato qualificado, associação criminosa, lavagem de dinheiro e constituir e integrar organização criminosa. Somando as penas pelos quais o grupo é investigado, a reclusão pode chegar a 30 anos.

Após ser ouvido na sede da Polícia Federal, no Cais do Apolo, região central do Recife, o advogado deve ser encaminhado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana.

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