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Recife é a capital mais desigual do Brasil. Pernambuco está em terceiro lugar em desigualdade entre os estados, mostra IBGE

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Foto: reprodução

Por Blog do Jamildo

Recife é a capital brasileira mais desigual, com índice de 0,612, posição que não ocupava desde 2016. A cidade é seguida por João Pessoa (0,591) e Aracaju (0,581).

Quanto mais perto de 1, mais a renda é concentrada nas mãos de poucas pessoas. A desigualdade na distribuição de renda é medida pelo índice de Gini, dado que também faz parte da Síntese de Indicadores Sociais. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (12).

No ano passado, Pernambuco foi o terceiro estado com maior concentração de renda do Brasil, com 0,573, atrás apenas de Sergipe (0,580) e Roraima (0,576).

O índice de Gini do Brasil, o nono país mais desigual do mundo, é de 0,543, inferior aos índices tanto de Pernambuco quanto do Recife. A região Nordeste foi a única do país a ter aumento no índice entre 2018 e 2019.

Extrema pobreza atinge 1,2 milhão de pernambucanos, maior nível em oito anos

Em 2019, Pernambuco tinha pouco mais de 1,2 milhão de pessoas, ou 13% da população, com renda mensal domiciliar per capita inferior a R$ 151 (US$ 1,9 por dia), critério adotado pelo Banco Mundial para identificar a condição de extrema pobreza. É o maior patamar da série história iniciada em 2012, e o dobro da média nacional, de 6,5%, que se manteve inalterada entre um ano e outro.

Em 2018, os muito pobres eram 11,4% da população. Os números são da Síntese de Indicadores Sociais 2020 (SIS), divulgada nesta quinta pelo IBGE, com dados relativos a 2019. No Recife, cerca de 115 mil pessoas, ou 7% da população da capital, vivem abaixo da linha de extrema pobreza.

A síntese mostra ainda que a extrema pobreza implica em menor acesso a serviços básicos: 9% dos pernambucanos com renda mensal inferior a US$ 1,90 por dia não têm a cobertura de nenhum tipo de programa de proteção social, 28,6% têm ao menos uma precariedade nas condições de moradia, 38,8% têm dificuldade no acesso à educação, 47,1% não têm conexão à Internet e 66,5% vivem em domicílios sem saneamento básico.

O índice de pessoas pobres em Pernambuco passou de 41,1% em 2018 para 41,8% em 2019. Este foi o pior resultado em sete anos. Isso significa que pouco mais de quatro em cada dez pernambucanos vive com menos de R$ 436 reais por mês, ou US$ 5,5 por dia, de acordo com o mesmo critério do Banco Mundial. O resultado supera a média nacional, de 24,7% da população abaixo da linha de pobreza.

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