O jornalista e colunista político da Folha de PE, conversou sobre esse e outros assuntos, nessa segunda (14), com o comunicador Roberto Gonçalves
Por Cidinha Medrado
O Brasil está nadando em conflitos políticos causados pela pandemia do novo coronavírus. As marcas que ficam no cenário não parecem ser empecilhos para quem quer alcançar uma vaga no pleito de 2022, quando serão escolhidos presidente, governadores, senadores e deputados. Local onde naturalmente se implantam novas performances e entram novos personagens com interesse em se destacarem no maior evento democrático do país. Eleições 2022 foi o tema discutido no Programa Araripina Urgente desta segunda-feira (14), em uma conversa descontraída entre os jornalistas Roberto Gonçalves e Carlos Brito.
O cenário político para o ano que vem está repleto de nomes de peso, um deles é o do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), que está no final do seu mandato de oito anos, mas, parece que não vai lutar pela reeleição, de acordo com Carlos Britto.
“Ele me disse lá atrás, que não vê disposição de colocar seu nome para disputar com o filho. Caso Miguel (prefeito de Petrolina) seja candidato a governador, Fernando Bezerra não tem condição de sair candidato ao Senado, porque não dá para serem dois Coelhos disputando na chapa majoritária, tem que dar espaço para mais gente, mais partidos, mais aliados”, comentou o jornalista.
Para Carlos, Fernando Bezerra não estará à vontade disputando com o filho a mesma eleição, mas precisa aproveitar seu grande potencial, o Jornalista também descartou a possibilidade dos Coelhos romperem com o presidente Jair Bolsonaro para ingressarem no PSB. Fernando Bezerra dará continuidade à sua carreira política? Talvez. Disputando para deputado federal, nesta etapa, ele e o filho Fernando, poderão acolher esta disputa trabalhando por região.
“Já aconteceram fatos assim. Antigamente Osvaldo Coelho era federal, Geraldo Coelho era estadual, e Fernando era estadual também. Eles conseguiram dividir os votos”, comentou.
Ainda é cedo para saber como o eleitorado está enxergando a força política do grupo Coelho, comandado pelo Senador Fernando Bezerra, líder do governo no Senado. Para ele, o grupo tem muito vigor e o grande destaque em articulação política tem sido o deputado federal Fernando Filho.
“Pouco se fala da grande gesticulação política de Fernando Filho, o trânsito de Fernando em Brasília junto aos ministérios e outros parlamentares é imenso. Os Coelhos mostram muita força política, e agora, como falei, em Araripina como em outras cidades, eles estão aumentando os tentáculos. Havia uma máxima de que os Coelhos só puxavam as coisas para Petrolina, e eles entenderam o recado, agora estão ampliando este desenvolvimento para que o interior do estado conheça o trabalho deles e eles sonhem com uma vaga na chapa majoritária”, disse Carlos.
O prefeito Miguel Coelho vem trabalhando constantemente na intenção de ser reconhecido por todos os pernambucanos, já que pretende disputar para governador, cargo muito visado, já que o grupo de Paulo Câmara, que está no poder há mais de 16 anos, enfrenta muitas críticas.
“Os políticos do Recife não querem dar espaço para o político do interior. Há um ciclo fechado no Recife, onde só eles tem vez. Nós do Sertão só temos 13% dos votos, é muito pouco. A chance de Miguel é ele aparecer como novo, como alguém que possa levar a oposição para disputar. Os velhos caciques de Pernambuco estão se encostando e ele é o novo, jovem, bonito, muito bem avaliado, falta combinar com os ‘russos’ e fazer com que como candidato tenha apoios”, avaliou Brito.
Carlos Brito concorda que Miguel Coelho tem grandes chances de converter apoios junto a oposição para a próxima disputa, isso se tiver mesmo intenção de concorrer ao governo do estado. Ouça a entrevista na íntegra:
