Dois jovens foram alvejados por tiros de revolver após uma confusão por ciúmes em um bar na Rua Senador do Bonfim, no distrito de Nascente, zona rural de Araripina, no Sertão de Pernambuco.
De acordo com a 9ª Companhia Independente de Polícia Militar – CIPM, o autor dos disparos efetuou quatro tiros, sendo que dois atingiram as vítimas e dois foram disparados para o chão. Ele fugiu do local tomando destino ignorado.
Os feridos foram por conta própria para a Unidade de Pronto Atendimento – UPA, em Araripina, e logo depois foram transferidos para o Hospital Regional em Ouricuri, porém não correm risco de morrer. O caso foi registrado na DPC local.
Diferentemente do Pacto pela Vida que previa uma redução anual de 12% (poucas vezes atingida), no Juntos pela Segurança cada um dos três crimes terá uma meta de queda diferente.
Além disso, como será anunciado na Arena Pernambuco, o governo estadual já definiu qual será a redução mínima que precisará ser atingida até o final de 2026, quando chega ao fim o mandato de Raquel Lyra.
O desafio é grande. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), 2.994 mortes violentas intencionais foram contabilizadas de janeiro a outubro deste ano – aumento de 5,45% em relação a 2022.
As mortes violentas intencionais englobam os homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte e óbitos decorrentes de intervenções policiais.
Em relação à violência contra a mulher, entre janeiro e outubro deste ano, 42.202 denúncias foram formalizadas na polícia. O aumento foi de 17,8% em relação a 2022, mas o resultado está sendo considerado positivo porque indica que mais vítimas estão procurando ajuda e quebrando o ciclo da violência.
ESTADO SERÁ DIVIDIDO EM 9 TERRITÓRIOS
No novo plano, que faz parte da política pública do Juntos pela Segurança, o Estado será dividido em nove territórios, com o objetivo de facilitar a análise dos números da violência.
O governo avaliou que definir territórios prioritários usando municípios leva a distorções. Por isso, a proximidade geográfica de localidades com mesmo perfil criminal será levada em consideração na divisão.
Os bairros serão utilizados como referência, de modo que haja uma maior percepção sobre as relações de vizinhança e de como essas áreas podem receber intervenções de prevenção e repressão à violência.
Os territórios que apresentam estatísticas acima da média nos três indicadores (mortes, roubos e violência contra a mulher) serão considerados prioritários – Nível 0. Já aqueles que possuem comportamento acima da média em pelo menos um dos indicadores serão considerados prioritários Nível 1. Os demais, serão prioritários Nível 2.
A partir de comitês integrados, o Estado irá reavaliar periodicamente o comportamento dos indicadores nos territórios e realizar os ajustes necessários – iniciativa semelhante ao Pacto pela Vida.
MAIS PROXIMIDADE COM MUNICÍPIOS
O novo plano também prevê uma maior proximidade com os municípios. No lançamento, Raquel Lyra fará uma promessa de ajudar as prefeituras, com recursos financeiros, para que haja investimentos em ações de prevenção à violência – a exemplo da melhoria da iluminação pública em localidades mais perigosas.
Serão ofertadas também capacitações para os guardas municipais, que podem contribuir com a segurança nos equipamentos públicos – como praças e parques.
Gestores municipais devem ser convocados para participarem de reuniões de monitoramento dos índices de violência, como forma de melhorar a integração. (JC Online)
Um áudio publicado pelo jornalista Paulo Capelli, do Metrópoles, nesta segunda-feira (27), mostra o deputado federal lulista André Janones cobrando a devolução de parte dos salários de servidores para pagar despesas pessoais. A prática é conhecida como rachadinha e configura enriquecimento ilícito.
A gravação foi feita em 2019 em reunião ocorrida em uma sala do Avante na Câmara dos Deputados. Sem saber que estava sendo gravado, Janones cobrou a devolução dos valores para repor recursos que haviam custeado sua campanha a prefeito de Ituiutaba, em 2016, em que ficou em segundo lugar.
“Algumas pessoas aqui, que eu ainda vou conversar em particular depois, vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito. Porque eu perdi R$ 675 mil na campanha”, diz Janones.
“‘Ah isso é devolver salário e você tá chamando de outro nome’. Não é. Porque eu devolver salário, você manda na minha conta e eu faço o que eu quiser. E isso são apenas algumas pessoas que eu confio e que participaram comigo em 2016 e acho que elas entendem que meu patrimônio foi todo dilapidado”, continuou.
Em seguida, ele explica como o dinheiro devolvido pelos servidores será utilizado.
“Eu perdi uma casa de R$ 380 mil, um carro, uma poupança de R$ 200 mil e uma previdência de R$ 70 (mil). Eu acho justo que essas pessoas também participem comigo da reconstrução disso. Então, não considero isso uma corrupção”, contou o parlamentar.
Em seguida, Janones alegou que não seria justo que seus assessores permanecessem com 100% dos seus salários.
“Por exemplo, o Mário vai ganhar R$ 10 mil [por mês]. Eu vou ganhar R$ 25 mil líquido. Só que o Mário, os R$ 10 mil é dele líquido. E eu, dos R$ 25 mil, R$ 15 mil eu vou usar para as dívidas que ficou [sic] de 2016. Não é justo, entendeu?”, disse André Janones, revelando ter ciência de que a prática poderia levar à perda do seu mandato.
“E se eu tiver que ser colocado contra a parede, eu não tô fazendo nenhuma questão desse mandato. Para mim, renunciar hoje seria uma coisa tão natural. Se amanhã vier uma decisão da Justiça: ‘o André perdeu o mandato’, você sabe o que é eu não me entristecer um milímetro?”, disse.
O áudio foi gravado em fevereiro de 2019 pelo jornalista Cefas Luiz, ex-assessor de Janones. Ele afirma que levará a gravação à Polícia Federal juntamente com outras provas de supostas irregularidades que teriam ocorrido no gabinete do deputado.
O que diz André Janones
Em resposta ao Metrópoles, a assessoria de Janones disse ter conhecimento de que um ex-assessor gravou o deputado, mas afirmou que os áudios foram “tirados de contexto”.
Esse tipo de crédito está suspenso desde 2016, quando grandes construtoras do país beneficiadas pela linha passaram a ser investigadas na Operação Lava Jato.
No passado, a modalidade serviu para bancar obras controversas, como o metrô de Caracas, na Venezuela, e o Porto de Mariel, em Cuba —cuja dívida o país diz hoje não ter como pagar. O grupo dos dois países mais Moçambique deve hoje US$ 463 milhões ao banco de fomento, equivalente a R$ 2,27 bilhões na cotação da última sexta-feira (24).
A proposta é apresentada num momento em que o Legislativo caminha na direção contrária. Uma PEC (proposta de emenda à Constituição) tramita na Câmara dos Deputados com o intuito de dar aos parlamentares o poder de vetar operações realizadas no exterior.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, afirma que a medida defendida pelos congressistas não encontra paralelo em nenhum país do mundo, e sua aprovação teria efeitos negativos sobre as empresas ao criar uma camada adicional de burocracia.
Como uma espécie de vacina, o banco de fomento discutiu o conteúdo da proposta com o TCU (Tribunal de Contas da União). Inclusive, veio da corte de contas a sugestão de um artigo que pretende blindar o governo brasileiro de críticas ou até mesmo de novos calotes.
O texto do projeto de lei, antecipado à Folha, diz que “é proibida, nos financiamentos à exportação de serviços, a concessão de novas operações de crédito entre o BNDES e as pessoas jurídicas de direito público externo inadimplentes com a República Federativa do Brasil”.
Pessoas jurídicas de direito público são países, membros de uma federação ou seus respectivos órgãos. Isso significa que, no quadro atual, Cuba, Venezuela e Moçambique não poderão ser beneficiados pelas novas operações, caso o projeto avance no Congresso.
A única exceção prevista é se houver renegociação formal da dívida pendente. Neste caso, o país estrangeiro poderia voltar a ser parte nas transações do banco.
A restrição já existe hoje nas normas internas do BNDES, mas a instituição acredita que colocá-la em uma lei pode reduzir resistências, dada a polêmica que cercou essas operações no passado.
“Por que a decisão do projeto de lei? Para que a gente possa criar um novo marco, [fazer] uma discussão ampla com a sociedade, com o Congresso Nacional, e ter tranquilidade sobre isso”, afirma.
Gordon diz ainda que o financiamento à exportação de serviços não beneficia países, mas sim as empresas brasileiras. “O dinheiro entra na empresa brasileira em reais. Isso vai gerar emprego e renda no Brasil”, afirma. Segundo ele, não há subsídios envolvidos, uma vez que as taxas cobradas são as de mercado.
O BNDES financia a empresa no Brasil, bem como insumos, máquinas e equipamentos que leva para o exterior. O pagamento é feito pelo país onde a empresa brasileira presta o serviço. Em caso de calote, o banco conta com o FGE (Fundo de Garantia à Exportação), instrumento criado em 1997 e vinculado ao Ministério da Fazenda.
No passado, o BNDES atuou com diferentes setores na exportação de serviços, como o de tecnologia da informação, mas o mais relevante sempre foi o de serviços de engenharia, que inclui as construtoras.
A instituição estima que esse segmento deve voltar a responder pela maior parte da demanda por esse tipo de crédito. Mas o BNDES também planeja atuar no financiamento à exportação de serviços de software.
“O Brasil se tornou uma referência na produção nessa parte da economia digital e pode se tornar ainda mais. As empresas brasileiras vão poder exportar esse tipo de conhecimento para fora também”, diz Gordon.
O texto prevê medidas de transparência, como a disponibilização de informações sobre as operações em site público e de fácil acesso.
O banco ainda precisará prestar contas à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, por meio de um relatório anual com dados sobre esses créditos, como o serviço objeto do contrato, as condições financeiras, os resultados para a economia brasileira e os principais aspectos socioambientais avaliados.
O projeto de lei também autoriza o BNDES a criar subsidiárias dentro do Brasil. Hoje, o banco só pode abrir novas entidades controladas no exterior.
Embora a redação do artigo seja genérica, Gordon afirma que a intenção é estabelecer uma subsidiária nos mesmos moldes de um Exim Bank (banco de exportações e importações existente em países como Estados Unidos, Alemanha, entre outros).
“Isso é estratégico para sinalizar ao setor empresarial a importância da exportação, que o banco está voltando a apoiar, tem uma equipe dedicada a essa agenda. É uma paper company [empresa de papel], um CNPJ, não vai gerar custo adicional nenhum”, diz ele, acrescentando que a nova companhia usará quadros de pessoal do próprio BNDES.
Se você perdeu o Araripina Urgente desta segunda-feira, 27 de novembro de 2023, programa que é apresentado pelo radialista Roberto Gonçalves de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h, pela Arari FM 90,3, a Rádio Forte do Sertão, e quer assistir o tirinête de notícias agora, é só clicar no player abaixo:
Em Santa Filomena (PE), no Sertão do Araripe, uma mulher foi morta no final da tarde de ontem (25) na frente de uma filha. O crime aconteceu na Vila Queimada Nova (Ou Vila de Celso), zona rural do município. O suspeito do crime é o marido da vítima, que está foragido.
Segundo informações policiais, Eliete dos Santos foi assassinada a golpe de faca. Informações preliminares apontam que o suspeito chegou em casa alcoolizado e matou a companheira com vários golpes de faca. As informações são do Blog do Carlos Britto.
Governadora coloca Pernambuco no protagonismo do debate mundial sobre meio ambiente e economia sustentável
A governadora Raquel Lyra estará na 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro. Esta será a primeira vez que ocorrerá um evento co-promovido pela presidência da COP focado em governos estaduais e municipais de todo o mundo, e a chefe do Executivo pernambucano terá a oportunidade de se apresentar na ocasião. A gestora vai integrar a comitiva do governo federal na COP 28, a convite do presidente Lula.
Até o momento, Raquel é a única governadora da região Nordeste convidada para falar no Local Climate Action Summit (LCAS), além de ser uma das poucas lideranças femininas dentro da rede Under2 Coalition – maior rede de governos subnacionais pelo Clima.
“Essa agenda é importante porque precisamos cada vez mais entrar na rota da economia do futuro. A participação na COP será uma oportunidade única para apresentarmos a potencialidade do nosso Estado, anunciarmos ações e demonstrarmos de que maneira podemos contribuir para o desenvolvimento de boas políticas públicas de clima e crescimento sustentável”, aponta a governadora Raquel Lyra.
Ao todo, a governadora recebeu convites para palestrar em cinco eventos da COP 28, onde abordará temas como o fortalecimento das ações climáticas, investimentos para a preservação da caatinga, energia eólica, entre outros.
Essa é a 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reúne os representantes dos países signatários do UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. A COP serve para revisar o comprometimento dos países com a Convenção, com o Protocolo de Kyoto e com o Acordo de Paris.
Uma manifestação lotou um trecho da Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), no centro de São Paulo, na tarde deste domingo (26). Os manifestantes, em sua maioria vestindo verde amarelo ou portando bandeiras do Brasil, tinham como pautas principais a defesa da liberdade, do Estado Democrático de Direito e dos direitos humanos. Houve ainda homenagens a Cleriston Pereira da Cunha. Clezão, como era chamado, morreu no presídio da Papuda. Ele era um dos presos pelos atos de 8 de janeiro.
Deputados e senadores como Magno Malta (PL-ES), Marcos Pontes (PL-SP), Jorge Seif (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Coronel Tadeu (PL-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO) estiveram presentes na manifestação. Apesar de ter aparecido em vídeo de convocação para o ato, divulgado nos últimos dias, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não participou do ato realizado em São Paulo.
Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), lotando as duas faixas da Avenida Paulista. Em alguns momentos, os manifestantes gritaram palavras de ordem como “Volta Bolsonaro”, “Lula, ladrão seu lugar é na prisão”, “a nossa bandeira jamais será vermelha” e “Fora Xandão”. Nos discursos, parlamentares pediram por justiça no caso dos presos pelos atos de 8 de janeiro, em especial pela morte de Cleriston, e fizeram críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Alexandre de Moraes, o Brasil não tem medo de você”, disse o deputado Nikolas, que também pediu aplausos em homenagem a Cleriston.
“Tudo que começa um dia termina”, e a Igreja Matriz de Araripina, está com sua reforma quase concluida, e a obra da praça que está sendo reconstruida pela prefeitura já está bastante adiantada. A informação é do padre José Nilton.
Segundo o pároco, a Festa da Padroeira Nossa Senhora Imaculada Conceição vai começar na próxima terça-feira (28). Recentemente padre José Nilton divulgou um vídeo nas redes sociais convidando a população para participar do maior evento religioso da Diocese de Salgueiro. Assista:
Neste sábado, foi notícia a decisão da prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz (Republicanos), de decretar estado de calamidade pública no âmbito da administração financeira.
A decisão da prefeita veio devido à grave situação econômica de Camaragibe, a qual compromete pagamento de despesas essenciais e o cumprimento de obrigações financeiras.
“A dificuldade financeira vem da expressa queda no repasse das verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pelo Governo Federal”, diz a administração.
A decisão de Nadegi em Camaragibe é apenas a primeira de uma série de decretos que foram ou serão lançados esta semana. Pelo que o blog apurou com exclusividade, são 70 os municípios a decretar a situação.
A lista atualmente conta com os seguintes municípios:
1 – Paudalho
2 – Tracunhaem
3 – Itapissuma
4 – João Alfredo
5 – Limoeiro
6 – Santa Maria da Boa Vista
7- Feira Nova
8 – Itaíba
9 – Lagoa do carro
10 – Belo Jardim
11. Tuparetama
12. Belém de Maria
13- Bezerros
14- Quipapá
15 – Ibimirim
16 – Araçoiaba
17 – Passira
18 – Taquaritinga do Norte
19 – Jataúba
20. Sanharó
21. Poção
22. Ingazeira
23. Brejo da Madre de Deus
24. Triunfo
25. Venturosa
26. Ilha de Itamaracá
27. Alagoinha
28. Pedra
29. Moreilandia
30. Frei Miguelinho
31. Taquaritinga
32. São José do Egito
33. Ribeirão
34. Dormentes
35. Tupanatinga
36. São Benedito do Sul
37. Surubim
38. Moreno
39. Iati
40. Águas Belas
41. Iguaracy
42. Salgueiro
43. Custodia
44. Xexéu
45. Timbauba
46. Arcoverde
47. Orobó
48. Ferreiros
49. Parnamirim
50. Orocó
51. Camaragibe
52.Canhotinho
53. Palmeirina
54. Caetés
55. Calçado
56. Lagoa de Itaenga
57. São João
58. Trindade
59. Mirandiba
60. Gameleira
61. Jatobá
62. Terezinha
63. Vicencia
64. Santa Cruz
65. Paranatama
66. Altinho
67. Catende
68. Saloá
69. Bonito
70. Sertânia
Outras cidades deverão aderir essa semana. Há uma expectativa de que o número chegue a cem.
Cidades que esta semana noticiaram que estão equilibradas por “gestão eficiente”, como Flores, de Marconi Santana, o primeiro a antecipar o pagamento de novembro e o município do famigerado “prefeito fonte”, que diz “vir dinheiro a fole nos próximos dias”, por motivos óbvios, não aderiram ao movimento.
A iniciativa dos prefeitos é estratégica, porque a partir dos decretos, a Assembleia Legislativa pode declarar e reconhecer estado de calamidade pública.
Especialista no tema, o advogado e ex-prefeito de Triunfo, João Batista Rodrigues diz que a crise é estrutural. “Alguns municípios são inviabilizados pelo déficit previdenciário de seus fundos próprios de previdência, planos de cargos e carreiras insustentáveis, fixação de pisos salariais sem recursos suficientes para cobrir a despesas e o subfinanciamento de programas federais tocados pelos entes locais”.
Com o reconhecimento pela ALEPE, municípios poderão, comprovando a queda real de receita, segurar por exemplo repasses previdenciários, caso não tenham condições de arcar. Os órgãos de controle poderão com base na lei isentá-los de punições como rejeição de contas.
A dúvida é saber qual impacto real terá a recomposição de perdas com o FPM e antecipação do ICMS sancionado pelo presidente Lula, com previsão de liberação dia 30 de novembro.
Importante acompanhar para garantir que o recurso seja usado rigorosamente para sanear o passivo com fornecedores, servidores e pagar o décimo terceiro salário. Isso prova que na hora de escolher nossos representantes, temos como sociedade que encontrar perfis com cada vez mais responsabilidade gerencial, sem perder responsabilidade social.
Mais equilíbrio com investimentos em saúde, educação, infraestrutura, assistência social e menos prefeitos festeiros, gastadores, de oba oba. Mais gestão, menos pão e circo.
Uma caminhonete roubada em 2012 em Salvador foi recuperada por policiais rodoviários federais nessa quinta-feira, 23, na BR-316, no município de Belém do São Francisco. O veículo foi abordado porque estava transportando duas motos na carroceria de forma irregular.
Durante fiscalização na rodovia, os agentes da PRF perceberam que a caminhonete carregava duas motos amarradas com cordas e com a tampa da carroceira aberta, o que não é permitido. Ao verificar ao automóvel, descobriram a queixa de roubo.
Os policiais também perceberam sinais de adulteração em uma das motos e indagaram o motorista, que alegou ter adquirido em um leilão, mas não apresentou documentos comprovando isso. Ele foi conduzido à delegacia com os veículos e pode responder por receptação e adulteração.
A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, anunciou nas redes sociais nessa sexta-feira, 24, que o município foi contemplado com 150 unidades habitacionais no novo Minha Casa Minha Vida (MCMV). O Governo Federal divulgou as propostas selecionadas para o programa na última quarta-feira, 22, com previsão de construir 187,5 mil novas casas em todo o país.
Márcia comemorou a aprovação de novas unidades para Serra Talhada na primeira etapa da seleção do MCMV. “Toda nossa gratidão ao nosso presidente Lula e ao grande amigo de Serra Talhada, o deputado federal Fernando Monteiro, que juntos a nós estamos cuidando e dando mais dignidade para o povo serra-talhadense”, publicou.
O Governo de Pernambuco confirmou para esta segunda-feira (27), o lançamento do novo plano de segurança pública do Estado, o ‘Juntos Pela Segurança’.
Com recursos garantidos de mais de R$ 1 bilhão, a iniciativa será apresentada pela governadora Raquel Lyra na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata (Grande Recife), às 10h. O governo disse que a apresentação acontece após ampla participação da sociedade civil – através de oficinas temáticas com especialistas e participação popular dos profissionais e da população em geral realizada presencialmente e online. O Plano é consequência do lançamento da nova política pública para a área, apresentada em julho.
Programa
O Plano Juntos Pela Segurança tem como premissa a união da sociedade civil organizada, Estado, municípios, representantes do Legislativo estadual, pesquisadores e do sistema de Justiça (Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública) para a efetivação de um portfólio de ações que buscam o cumprimento de metas a partir de um monitoramento mais dinâmico e mais efetivo.
Em uma noite de vôlei espetacular, o Praia Clube garantiu uma vitória impressionante sobre o Fluminense por 3 sets a 1. O confronto, realizado na Arena Praia em Uberlândia, foi parte da Superliga feminina de vôlei. As parciais de 25/17, 25/17, 24/26 e 25/11 refletem a intensidade e o equilíbrio do jogo. A ponteira Kasiely, da equipe mineira, brilhou em quadra e foi eleita a melhor jogadora do jogo.
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Primeiro set: domínio do Praia Clube
O Praia Clube começou o jogo com determinação. Apesar de um início equilibrado, a equipe mineira logo tomou a dianteira. Com uma série de cinco pontos consecutivos, impulsionados pela russa Kuznetsova, o Praia Clube deslanchou no placar. O primeiro set foi fechado com uma jogada de Milka, mostrando a força do time da casa.
Segundo set: consistência do Praia Clube
No segundo set, a levantadora Naiane mostrou habilidade e visão de jogo, ajudando o Praia Clube a manter o ritmo. O Fluminense teve momentos de brilho, mas não conseguiu sustentar a pressão. Kasiely, em momentos decisivos, garantiu a segurança do Praia Clube, que fechou o set com um erro da americana Claire Felix.
Terceiro set: reação do Fluminense
O Fluminense mostrou sua força no terceiro set. Com ajustes no bloqueio e um ataque eficiente, o time carioca liderou a maior parte do set. O técnico do Praia Clube, Paulo Coco, fez mudanças estratégicas que equilibraram o jogo. No entanto, o Fluminense, com uma atuação destacada de Dani Seibt, conseguiu fechar o set, mostrando que ainda estava na disputa.
Quarto set: a consagração do Praia Clube
No quarto e último set, o Praia Clube dominou completamente. Com uma série de seis pontos consecutivos, a equipe mineira não deu chances ao Fluminense. O bloqueio do Praia Clube foi um grande obstáculo para o time carioca, que encontrou dificuldades em superar a defesa adversária. O jogo foi fechado com uma pipe da russa Kuznetsova, selando a vitória do Praia Clube.
Este triunfo leva o Praia Clube a nove pontos em quatro jogos, enquanto o Fluminense, com sua primeira derrota, permanece com seis pontos após três partidas. O próximo desafio do Praia Clube será contra o Brasília, enquanto o Fluminense enfrentará o Sesi-Bauru. A vitória do Praia Clube é um testemunho de sua força e coesão como equipe, prometendo uma temporada emocionante na Superliga Feminina de Vôlei.
Circuito de segurança da distribuidora de bebidas da família mostrou que ele estava atendendo clientes em seu comércio na hora da quebradeira
O empresário Clériston Pereira da Cunha (46), o Clezão, que foi acusado de depredar prédios públicos e intentar um golpe de Estado, antes de morrer em virtude de comorbidades agravadas durante o período em que esteve sob a tutela do Estado, na Papuda (DF), sequer estava na Esplanada no horário em que as manifestações saíram do controle das forças de segurança atuantes na Praça dos Três Poderes.
A prova de que entre 15h40 e 16h – horário em que as manifestações explodiram na Esplanada- Clériston estava trabalhando consta nos autos do processo em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). São imagens do circuito de segurança da distribuidora pertencente à família. (Diário do Poder)
Os senadores foram chamados de “pigmeus morais” pelos ministros. Foram acusados de “ameaçar” o STF. Foram descritos como um “tacão autoritário”. Nada disso faz qualquer nexo no plano das ideias. Acusou-se a medida de ser “inócua” – e ao mesmo tempo “inadmissível”. Um ministro achou necessário dizer que “essa Casa não é composta de covardes”. E alguém disse que é? Falou-se em “ameaças”. Quais? O presidente do STF queixou-se de que as instituições não podem resistir “se cada setor que se sentir contrariado por decisões do tribunal” quiser mudar a sua estrutura e o seu funcionamento. “Contrariado”? Quantas vezes o Senado aprovou alguma lei porque estava chateado com decisões do STF? Também não dá para entender a lógica do ministro. E o próprio STF? Não está neuroticamente contrariado, neste exato momento, com uma decisão do Senado? Vamos ter esse escândalo todo, então, a cada vez que o Congresso aprovar alguma coisa que desagrade os ministros?
O fato é que as “instituições” e a “democracia” não têm nada a ver com isso – o que realmente perturbou o STF foi a percepção de que o Senado, pelo menos, está tentando contestar o poder sem limites dos ministros, e os seus interesses políticos e pessoais. O STF se meteu numa aventura complicada nesses últimos anos: governar o Brasil sem a necessidade de obter um único voto, sem prestar contras a ninguém, nunca, e sem a obrigação de cumprir a lei. Não quer, agora, abrir mão de nada disso – muito menos num dos piores momentos de sua história, quando tenta ocultar suas responsabilidades pela morte de um preso que estava sob sua custódia exclusiva. Vai ter de brigar, e não só com os senadores “bolsonaristas”. Está vendo, inclusive, o presidente Lula dar o seu apoio efetivo à emenda do Senado. Precisam se entender com ele – e com muita gente mais.
Participaram do programa, o criador do Araripina.com.br, e Fundador da Softagon Sistemas, Hermes Alves, e o gerente do Departamento de Ciência e Tecnologia do Município de Araripina, Ramon Dantas
O jornalismo da Rádio Arari FM 90,3 trouxe na manhã deste sábado (25), o 280º Debate Geral. Tendo como âncora o radialista / jornalista Roberto Gonçalves, o tema abordado foi “Ciber Segurança, tecnologia e desenvolvimento digital”.
Como solucionar problemas tradicionais através do desenvolvimento tecnológico
Visibilidade, automação e escalabilidade com segurança e proteção de dados inteligente
Os impactos do progresso e os novos conceitos para o futuro
Assista um trecho do programa:
Ouça o programa na íntegra:
O Debate Geral vai ao ar todos os sábados pela Rádio Arari FM 90,3, das 9:00 h às 10:00 h, logo após a primeira edição do programa Nosso Encontro, que é apresentado pelo professor e comunicador Eridan Bem. Vale a pena conferir.
Na noite desta sexta-feira (24) um grave acidente foi registrado na PE-655, conhecida como Estrada da Tapera, envolvendo uma motocicleta com dois ocupantes, que colidiram com um animal de grande porte.
Segundo informações, uma vaca estaria na pista e teria provocado o acidente. Um dos ocupantes da moto morreu no local, e o outro ficou gravemente ferido. Até a publicação dessa matéria não se sabe o estado de saúde dele.
Um morador chama a atenção das autoridades para a quantidade de animais na Estrada da Tapera, cobrando que os proprietários sejam identificados e responsabilizados pela grande quantidade de acidentes no local.
Promovido pela Secult-PE, encontro teve a solenidade de abertura realizada nesta sexta-feira, em Gravatá, com a presença da governadora Raquel Lyra e dos mais de 80 de delegados eleitos nas conferências municipais
Foi dada a largada para a 5ª Conferência Estadual de Cultura de Pernambuco (5ª CEC-PE), que será realizada, até este domingo (26), no Hotel Canariu’s, em Gravatá, com o tema a “Democracia e Direito à Cultura” – temática instituída pelo Ministério da Cultura (MinC) para a 4ª Conferência Nacional de Cultural. A solenidade de abertura, na noite desta sexta-feira (24), contou com a presença da governadora do Estado, Raquel Lyra; da vice-governadora, Priscila Krause; da secretária Estadual de Cultura, Cacau de Paula; e da presidente da Fundarpe, Renata Borba; de J. Borges, Patrimônio Vivo de Pernambuco; além de representantes do MinC, autoridades públicas, gestores e dezenas de delegados eleitos nas conferências municipais de 83 municípios pernambucanos.
“Para mim é uma honra poder abrir a 5ª Conferência Estadual de Cultura de Pernambuco. Aqui tem 83 municípios representados para que a gente possa debater e discutir a democratização e o acesso à cultura. É um momento muito rico que vocês vão ter nos próximos três dias, para que possamos não só apenas eleger os delegados que vão para a Conferência Nacional com o presidente Lula, que tem nos ajudado muito, mas, sobretudo, para que a gente possa ter aqui aquela troca de experiência e fortalecer ainda mais rede de cultura em Pernambuco”, celebrou a governadora Raquel Lyra.
A 5ª CEC será um momento rico de construção coletiva de propostas para o futuro do plano de políticas públicas em cultura no estado, reunindo agentes e gestores culturais de Pernambuco.
“Me sinto imensamente honrada em estar secretária de Cultura à frente da 5ª Conferência Estadual de Cultura e 1ª do governo Raquel Lyra, uma gestão que tem mostrado empenho e compromisso com essa cadeia produtiva da cultura, entendendo sua importância para o desenvolvimento econômico do Estado com seu impacto direto e indireto na geração de emprego, renda e inclusão social”, destacou a secretária Cacau de Paula durante a solenidade.
Participam da 5ª CEC-PE mais de 330 delegados, sendo formados por aqueles eleitos nas conferências realizadas em 83 municípios e os titulares do Conselho Estadual de Política Cultural (CEPC-PE), Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC-PE) e Conselho Consultivo do Audiovisual (CCAU-PE).
“É com enorme satisfação que o Conselho Estadual de Política Cultural se faz presente nessa conferência, como em todas as outras. Fico feliz em ver aqui vários delegados e delegadas representantes de vários municípios de Pernambuco. Isso demonstra o crescimento, o amadurecimento e o fortalecimento das instâncias democráticas de participação na política cultural”, disse Wagner Staden, presidente do CEPC-PE, em nome dos conselhos de cultura.
Os participantes se dividirão entre seis grupos de trabalho (GTs), com seus resultados votados em uma plenária no último dia. Além do debate e aprovação de propostas, também serão eleitos os delegados que representarão o estado na Conferência Nacional, prevista para março de 2024.
“Como é bom a gente poder encher o peito e falar que o Ministério da Cultura voltou. O MinC volta com o maior orçamento da história, são quase R$ 10 bilhões. A gente tem muito orgulho de dizer que o governo Lula, com a Lei Paulo Gustavo, mandou aqui para Pernambuco R$ 185 milhões, um dinheiro que é para todos os municípios. Inclusive Pernambuco mandou muito bem na mobilização da Lei Paulo Gustavo, pois foi o primeiro estado do Nordeste a garantir 100 % de adesão”, ressaltou Tiago Leandro, diretor de Assistência Técnica a Estados do MinC.
Ao fim da solenidade, foi feita a leitura e a aprovação do Regimento Interno da 5ª Conferência Estadual de Cultura de Pernambuco com a presença dos delegados e delegadas eleitas nas conferências municipais.
5ª CEC-PE – Os debates serão realizados a partir dos seguintes eixos propostos pelo Ministério da Cultura: Eixo 1 – Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura; Eixo 2 – Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social; Eixo 3 – Identidade, Patrimônio e Memória; Eixo 4 – Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural; Eixo 5 – Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade; e Eixo 6 – Direito às Artes e às Linguagens Digitais.
Foram elencados dez objetivos específicos para a 5ª CEC-PE, como: ampliar o debate com a sociedade sobre o conceito de cultura como política; propor estratégias de articulação e cooperação institucional com demais entes públicos municipais e destes com a sociedade civil, povos indígenas, e povos e comunidades tradicionais, ciganos e ribeirinhos que dinamizam a participação e controle social na gestão das políticas públicas de cultura para consolidação do Sistema Estadual de Cultura; discutir a cultura local nos seus aspectos de identidade, da memória, da produção simbólica, da gestão, da sua proteção e salvaguarda, da participação social e da plena cidadania;
Também estão incluídos: propor estratégias para reconhecimento e fortalecimento da cultura como um dos fatores determinantes do desenvolvimento sustentável; promover o debate, intercâmbio e compartilhamento de conhecimentos, linguagens e práticas, valorizar o fomento, a formação, a criação, a divulgação e preservação da diversidade das expressões e o pluralismo das opiniões; definir diretrizes prioritárias para garantir transversalidades nas políticas públicas de cultura; potencializar a adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Cultura – SNC; construir uma política sociocultural que fortaleça a democracia participativa.
PROGRAMAÇÃO DA 5ª CEC-PE:
Dia 25 de novembro (sábado):
08h às 09h – Credenciamento dos(as) retardatários(as);
– Apresentação do balanço das Conferências Municipais e Intermunicipais e apresentação
da metodologia dos trabalhos;
09h às 10h – Credenciamento dos(as) delegados(as) suplentes;
09h às 12h30 – Debates dos seis eixos nos grupos de trabalho;
14h às 15h30 – Finalização dos debates nos grupos de trabalho;
15h30 às 16h – Intervalo – Coffee break;
16h às 18h – Reunião dos Grupos Setoriais;
19h às 22h – Debate dos Eixos.
Dia 26 de novembro (domingo):
08h às 10h – Votação dos resultados dos GTs na Plenária Geral;
10h às 11h – Leitura das moções aprovadas;
11h às 12h – Eleições dos(as) Delegados(as) das Setoriais;
13h às 14h – Eleições dos(as) Delegados(as) da Nacional;
14h – Retorno dos participantes aos seus municípios.
A campanha que setores governistas coordenaram contra o Estadão nos últimos dias por causa da reportagem sobre a “dama do tráfico do Amazonas” não é exatamente contra o jornal ou seus profissionais. A advertência é mais ampla. Caso jornalistas se atrevam a produzir reportagens exclusivas, investigativas, que de alguma maneira machuquem o governo de plantão, haverá retaliação promovida tanto por políticos da base, autoridades com poder, quanto por sicários das redes sociais, incluindo os remunerados, os manipulados e os extremados.
O que conseguiram com tudo isso por enquanto? A reportagem sobre a “dama do tráfico”, de André Shalders e Tácio Lorran, se tornou a mais importante do jornalismo brasileiro neste ano de 2023 pelo que revelou sobre os atuais donos do poder e pelas suas consequências. E dificilmente será batida.
Esses eram os fatos básicos – de maior impacto. É possível até relativizar a matéria no sentido de que autoridades e políticos de Brasília recebem e tiram fotos com dezenas de pessoas por mês. Que burocratas realizam tantas audiências que às vezes não conhecem as pessoas com quem se encontram no gabinete oficial. Isso é tão comum, que após a publicação das matérias do Estadão, o Ministério da Justiça anunciou que mudaria seu sistema de checagem.
Mas parte do governo adotou, digamos, uma estratégia terrorista – no sentido de buscar a destruição do que considera impertinente. Tentaram acuar o Estadão tanto institucionalmente quanto no CPF das pessoas físicas envolvidas na produção da matéria. Contra o jornal foram disparadas as injúrias vazias de sempre de quem é rasteiro no debate político: direitista, fascista, etc.
No caso da perseguição contra a editora-executiva do jornal, Andreza Matais, houve mais impiedade. A trataram como uma “inimiga do povo”, uma técnica meio maoista de cerceamento. A escalada se deu com postagens da própria presidente do PT, Gleisi Hoffman, e após isso, por meio do influencer Felipe Neto, que expôs a foto da jornalista para seus 16,6 milhões de seguidores. O que queriam? Que a profissional não pudesse nem mais sair de casa?
Macartismo feito, o influencer voltou atrás. Fica até mesmo a reflexão para o jornalismo. Por que ajudamos a empoderar como analista político um Youtuber que tem como prática rotineira agredir quem o desagrada ou diverge do que pensa? Felipe Neto atacou Lula, Bolsonaro, tucanos, e todos mais que o chatearam. Não sabemos por que motivos seus posicionamentos coléricos não podem ser chamados de discurso de ódio.
Houve casos também de funcionários (bem) pagos pelo governo, ou seja, com dinheiro público, que deixaram de lado pudores sobre a impessoalidade necessária a um trabalho para o Estado e partiram para a função de milícia chapa-branca. Não vale a pena citar nomes porque o que procuram neste momento são os holofotes.
Do ponto de vista técnico, quem discorda apresenta poucas restrições à reportagem. Questionam o título “dama do tráfico” concedido a Luciane. Afirmam que o jornal errou ao dizer que nas primeiras visitas a Brasília, a esposa do traficante já estava condenada. Ora, dar alcunhas a protagonistas de reportagens é prática tradicional do jornalismo mundial. Pode sim se questionar a estratégia, mas o ambiente de cólera não é o mais adequado para estabelecer o consenso. Quanto à questão da condenação, Luciane foi condenada por associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Houve várias outras revelações na sequência de matérias do Estadão que não foram questionadas.
Mas o que fica disso talvez precisa ser analisado por uma perspectiva mais ampla. O governo atual teve como uma das principais estratégias de campanha ser uma alternativa a um grupo autoritário e truculento no poder. Bastou ser minimamente contrariado para dar mais um giro no parafuso do autoritarismo e da truculência. O slogan “o amor voltou” era uma fake news?
A questão agora é ver como o jornalismo brasileiro irá se comportar daqui para frente. Manter as reportagens e as investigações de maneira a mostrar erros, equívocos ou abuso do poder, ou se intimidar? É o que teremos de observar a partir desse caso. Serão resistência?