A cidade de Serrita-PE se prepara para viver mais uma edição da tradicional Missa do Vaqueiro, que chega ao seu 55º ano como um dos maiores eventos religiosos e culturais do Nordeste. Este ano, a celebração contará com a presença marcante do Padre Antônio Maria, e terá como grande patrocinador o empresário Antônio Souza, reconhecido por seu apoio a causas populares e à cultura nordestina.
Criada em 1970, a Missa do Vaqueiro foi idealizada pelo padre vaqueiro João Câncio, com apoio de nomes como Luiz Gonzaga e o poeta Pedro Bandeira, em homenagem ao vaqueiro Raimundo Jacó, morto de forma trágica e injusta. Desde então, a missa se tornou um símbolo de resistência sertaneja, fé e orgulho popular.
Com vaqueiros montados em seus cavalos, aboios, sanfoneiros e fiéis de toda a região, o evento emociona e reafirma a força da cultura do campo.
Este ano, a atração principal será o Padre Antônio Maria, conhecido nacionalmente por seu carisma, orações e canções que tocam o coração do povo. Sua participação promete unir espiritualidade e música, fortalecendo o caráter religioso e fraterno da celebração.
“Participar da Missa do Vaqueiro é tocar o chão sagrado do povo nordestino”, disse o padre. Assista vídeo:
A 55ª Missa do Vaqueiro conta com o patrocínio principal do empresário Antônio Souza, figura respeitada por seu engajamento com projetos sociais e culturais em Pernambuco e em todo território nacional.
Para Souza, investir na Missa do Vaqueiro é valorizar a história, a fé e a dignidade dos homens e mulheres do Sertão. Seu apoio contribui diretamente para a estrutura do evento e para manter viva uma tradição que já atravessa gerações.
Reconhecida como patrimônio imaterial de Pernambuco, a Missa do Vaqueiro é mais do que um rito religioso — é a afirmação da identidade de um povo que vive com coragem, fé e trabalho duro. É também um momento de reencontro, memória e celebração da vida no Sertão.
Os professores do Recife deram fim à greve após 14 dias de negociações com a gestão municipal. De acordo com o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), ficou acordado com a prefeitura o reajuste de 3% e abono de 3,27%, em parcela única, quanto ao período de janeiro a dezembro de 2025.
O reajuste, no entanto, não está incorporado à carreira e também não atende à cobrança inicial de 6,27%, como prevê o piso salarial da categoria definido pelo Ministério da Educação (MEC). Apesar disso, os professores – contratados e servidores – passarão a receber o pagamento da carga horária referente ao mês de janeiro.
Na última mesa de negociação, a Prefeitura do Recife havia proposto um reajuste de 2,45% a partir de maio e 1,5% retroativo aos primeiros quatro meses do ano – o que foi negado pelos professores.
Outras conquistas da categoria:
– Aumento de dois pontos percentuais nos salários professores com doutorado, passando de 9% para 11%;
– Aumento do Abono Cultural de R$ 300 para R$ 500, a partir de junho de 2025;
– Aumento do Abono Educador para R$ 1.518, a partir de outubro de 2025;
– Aumento da gratificação de localização de tempo integral de R$ 950 para R$ 1.050, a partir de outubro de 2025;
– Garantia da quinta semana para preparação das aulas e demais atividades fora de sala.
Ainda que os professores não tenham conseguido a garantia do piso salarial de 6,27% previsto pelo MEC, a Prefeitura do Recife afirma que todos os profissionais da rede municipal recebem o piso salarial ou acima, com base na lei federal 11.738/08.
A aplicação de sanções por parte do governo americano a Alexandre de Moraes deixou de ser uma especulação e passou a ser uma possibilidade concreta.
Nesta quarta-feira (21), o Secretário de Estado americano, Marco Rubio, falou especificamente sobre o assunto. Em uma sessão da Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, ele foi indagado pelo parlamentar republicano Cory Mills, da Flórida.
“Certamente, o senhor está ciente do declínio alarmante dos direitos humanos no Brasil. Temos visto censura generalizada e perseguição política dirigida a toda a oposição, incluindo jornalistas e cidadãos comuns”, afirmou Mills, que também falou na “prisão iminente” de Jair Bolsonaro antes de indagar a Rubio: “O que vocês pretendem fazer? Vocês cogitariam uma sanção a Alexandre de Moraes sob a Lei Magnitsky Global?”
A resposta de Rubio foi curta, mas significativa: “Isso está sob análise no momento e existe uma grande possibilidade de que aconteça”, ele afirmou. Foi a primeira vez que um integrante do governo americano falou diretamente sobre a aplicação da Lei Magnitsky, uma espécie de pena de morte financeira, contra o ministro do Supremo.
Mas o que a lei prevê e quais seriam as consequências para o ministro do Supremo Tribunal Federal? Entenda:
O que é a Lei Magnitsky?
Existem duas normas que receberam o nome de Lei Magnitsky (Magnitsky Act, em inglês). A primeira passou a vigorar em 2012, sob o governo de Barack Obama. O objetivo era impor sanções aos responsáveis pela prisão de Sergei Magnitsky, um advogado russo que morreu na cadeia depois de denunciar uma fraude tributária promovida por autoridades do governo de Vladimir Putin. Essa medida teve alcance limitado, e não pode ser aplicado a Moraes porque diz respeito apenas às pessoas envolvidas no caso Magnitsky.
Em 2016, o Congresso aprovou uma norma batizada de Lei Magnitsky Global, que aplica princípios semelhantes a responsáveis por execuções extrajudiciais, tortura e “graves violações de direitos humanos” em qualquer parte do mundo.
No ano seguinte, Donald Trump assinou um decreto estendendo a aplicação da norma. O texto revê punições a quaisquer pessoas “responsáveis ou cúmplices” em “sérios abusos de direitos humanos”. A medida também se aplica a autoridades ou ex-autoridades governamentais envolvidas em casos de corrupção.
O texto menciona especificamente o bloqueio de “todas as propriedades e interesses em propriedades que estão nos Estados Unidos, que doravante venham a pertencer aos Estados Unidos, ou que estejam ou venham a pertencer à posse ou controle de qualquer pessoa dos Estados Unidos”.
A definição de “pessoas” se aplica a indivíduos — por exemplo, alguém que venda um carro para Alexandre de Moraes — mas, mais importante, também vale para empresas.
Além dessas sanções financeiras, Moraes também ficaria impedido de entrar nos Estados Unidos.
Caso Moraes seja enquadrado na Lei Magnitsky, quais serão as consequências?
Se for enquadrado na Lei Magnitsky Global, Alexandre de Moraes terá muitas dificuldades em utilizar o sistema bancário. Isso acontece porque quaisquer instituições que atuem nos Estados Unidos também estariam incluídas, mesmo que tenham sede fora do território americano. A lista abarca todos os principais bancos que atuam no Brasil — até mesmo o Banco do Brasil, que mantém agências nos Estados Unidos, está sujeito ao banimento.
O mesmo vale para as principais companhias de cartão de crédito (como Visa, Mastercard, e American Express).
Caso descumpram as determinações da Lei Magnitsky, essas empresas ficam sujeitas às mesmas punições do alvo original da sanção. Para um banco ou instituição financeira, isso equivale a uma sentença de morte. Além disso, os responsáveis por essas companhias podem pegar até 20 anos de prisão.
Quais outros tipos de sanções podem ser aplicadas a Moraes?
Caso opte por não aplicar a Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes, o governo americano pode adotar medidas mais limitadas, como a retirada do visto do ministro do STF ou o bloqueio dos bens que ele porventura tenha nos Estados Unidos. Neste último caso, a sanção só teria efeito se o ministro possuir imóveis, investimentos ou contas bancárias em território americano.
Quem já foi enquadrado na Lei Magnitsky?
O último relatório oficial, publicado em 2023, contabilizava 650 pessoas enquadradas na Lei Magnitsky Global. A lista inclui o ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes e 17 cidadãos da Arábia Saudita envolvidos no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Mais recentemente, o governo Trump usou a lei para impor sanções a autoridades da Geórgia e do Uzbequistão. A lista inclui um brasileiro de origem libanesa: Kassem Mohamed Hijazi, investigado por lavar dinheiro para o narcotráfico. Ele foi adicionado à lista em 2021.
Quem pediu a aplicação da Lei Magnitsky a Moraes?
Em fevereiro deste ano, o congressista americano Rich McCormick enviou uma carta a Marco Rubio pedindo que a lei Magnitsky seja aplicada a Moraes. Outros parlamentares republicanos, como María Elvira Salazar e Rick Scott, também defenderam a aplicação de sanções a Moraes.
A Lei Magnitsky já foi usada para punir juízes ou ex-juízes?
Sim. Entre eles está Roberto José Rivas Reyes, que era presidente do Conselho Eleitoral Supremo da Nicarágua. Segundo o governo americano, ele foi punido por “envolvimento em corrupção significativa e por perpetuar fraude eleitoral que subverteu as instituições eleitorais da Nicarágua”.
O governo americano vai mesmo aplicar a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes?
Não há decisão sobre isso. A fala de Marco Rubio indica que a Casa Branca trata essa possibilidade a sério.
As sanções dependem do aval do Congresso americano?
Não. Quem toma a decisão é o governo.
Se você quer ficar sabendo de tudo que está acontecendo na Região do Araripe, em Pernambuco, no Brasil e no mundo nesta sexta-feira (23/05), é só clicar no player abaixo e assistir o Araripina Urgente.
O programa jornalístico é apresentado pelo radialista e comunicador Roberto Gonçalves de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h, pela Arari FM 90,3, a Rádio Forte do Sertão nordestino. Confira!
A votação para confirmar a indicação do médico veterinário Moshe Fernandes à presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) foi adiada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta terça-feira (20), por falta de quórum. Eram necessários pelo menos 20 deputados em plenário, mas apenas 19 registraram presença, em sua maioria da oposição e da bancada independente. A previsão é de que o tema só volte à pauta na próxima terça-feira (27).
Mesmo com a tentativa da presidência da Alepe de articular uma sessão extraordinária para viabilizar a votação, a ausência de deputados da base governista impediu o avanço da pauta. Segundo informações da Casa, o vice-presidente Rodrigo Farias buscou contato com a liderança do governo Raquel Lyra (PSD), mas não obteve retorno até as 21h. O atraso na votação de projetos do Executivo também tem travado o andamento de outras matérias no plenário.
Mais cedo, Moshe Fernandes foi sabatinado e aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ). Durante a reunião, ele agradeceu à governadora pela indicação e afirmou que encara o cargo como uma missão para “servir, escutar e trabalhar junto com o povo”. Com a aprovação da comissão, faltava apenas a confirmação em plenário para que ele pudesse assumir oficialmente a presidência da Adagro.
A Fazenda informou o recuo por meio de sua conta na rede social X. Como a medida foi objeto de um decreto publicado nesta quinta-feira, 23, a revogação deverá ocorrer por meio da edição de um novo decreto presidencial.
Nos últimos anos, fundos de investimentos brasileiros diversificaram suas carteiras com aplicações no exterior, com objetivo de ampliar rentabilidade e reduzir risco. Esse investimento lá fora não recolhia IOF nem Imposto de Renda.
Policiais da 9ª CIPM receberam informações sobre a chegada de cocaína disfarçada em forma de comprimidos em um caminhão, no posto Gesso Bonito, em Trindade, no Sertão do Araripe.
Durante rondas, foi avistada uma mulher em uma motocicleta com uma mochila. Ao perceber a aproximação da viatura, ela tentou se evadir, mas foi abordada. Na mochila foram encontrados 16 tubos, contendo cada um 15 comprimidos de material semelhante à cocaína.
A suspeita afirmou que havia recebido o material de um caminhoneiro e que o entregaria a outra pessoa. A envolvida foi conduzida à delegacia para adoção das medidas cabíveis. Materiais Apreendidos: 240g de substância semelhante à cocaína; 01 motocicleta
A corrente petista Construindo Um Novo Brasil (CNB) fecha questão e escolhe o deputado federal Carlos Veras como o candidato da corrente para a presidência estadual do PT. A validação do nome de Veras contou com a concordância dos candidatos Sérgio Goiana e da prefeita de Serra Talhada Márcia Conrado. A escolha foi por unanimidade
O senador Humberto Costa; atual presidente da sigla e deputado estadual Doriel Barros e a deputada estadual Rosa Amorim ratificaram a escolha junto a mais de 20 coordenadores da tendência. A decisão é resultado de uma reunião da CNB realizada no fim da tarde desta quinta-feira(22), no Recife.
O processo de eleição direta no PT está marcado para o dia 6 de julho, quando diretórios municípais, estaduais e a nacional escolhem seus presidentes.
Além de Veras, estão na disputa o ex-deputado Fernando Ferro, o vereador do Recife Osmar Ricardo e o militante Manoel Messias, ligado à senadora Teresa Leitão e que também deverá abrir mão da candidatura. As negociações continuam.
A decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) desagradou ao empresariado, que levanta preocupações com encarecimento do crédito, inflação e manutenção dos juros altos.
O presidente do conselho de administração da Cosan, Rubens Ometto, que já fez outras queixas públicas contra as medidas do governo para elevar a arrecadação, voltou a criticar. Ele prevê impacto na inflação. “Vai aumentar o custo do dinheiro. Está difícil”, diz.
A elevação do imposto para impulsionar a arrecadação e ajudar no cumprimento das metas fiscais atinge o crédito destinado às empresas e faz ajustes na tributação do IOF de outras operações, como seguros e câmbio. A medida exclui a contratação de crédito por pessoas físicas.
A Receita Federal prevê arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 40,1 bilhões em 2026. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (22) junto com o congelamento de despesas do Orçamento da União.
Para Flávio Rocha, presidente do conselho da Riachuelo, a fórmula adotada pelo governo “já foi testada e reprovada reiteradas vezes”. “É uma explosão de arrecadação insuficiente para uma expansão assustadora do gasto público e não tem como dar certo”.
Suas previsões são de expansão da dívida e um processo que retroalimenta os juros. “Não adianta reclamar. A taxa de juros vai continuar alta, e talvez até crescendo, enquanto houver esse desequilíbrio nos gastos”, afirma Rocha.
O empresário defende que o Brasil siga o exemplo da Argentina, que adotou duras medidas de austeridade implementadas pelo presidente libertário Javier Milei. O ajuste fiscal do argentino atingiu programas sociais, obras públicas, verba para a secretaria de Educação, empresas públicas, aposentadorias e pensões.
“Nós devíamos aprender com o vizinho, o Milei, aquele que foi tão ridicularizado. Esse fez a coisa certa. No curto prazo, vamos ver o confronto do Estado mínimo de Milei com o Estado máximo do nosso governo. Vamos ver quem está certo. A fórmula certa não é expandir governo. É diminuir governo”, afirma Rocha.
Operações internacionais
Operação
Como era
Como fica
Cartões de crédito e débito internacionais
3,38%
3,5%
Cartão pré-pago internacional, cheques de viagem para gastos pessoais
3,38%
3,5%
Remessa de recurso para conta do contribuinte brasileiro no exterior e compra de moeda em espécie
1,1%
3,5%
Empréstimo externo de curto prazo
Zero
3,5%
Operações não especificadas
0,38%
Entrada: 0,38% Saída: 3,5%
Na opinião do banqueiro Ricardo Lacerda, fundador do BR Partners, o anúncio foi mais uma frustração pela incapacidade do governo de cortar custos.
“Acho que o ministro [da Fazenda, Fernando Haddad] fez o que estava ao seu alcance para tentar equilibrar as contas, mas essa medida vai encarecer o crédito e aumentar ainda mais a inflação. Me sinto como se estivéssemos num caminhão velho, carregado de areia, ladeira abaixo, com gente empurrando atrás e um motorista com os olhos vendados tentando puxar o freio de mão”, afirma Lacerda.
João Camargo, presidente do conselho do grupo de empresários Esfera Brasil, também lamentou.
“Não sou contra o governo, mas é inegável que a credibilidade da política econômica está em queda. Antes mesmo da posse, houve uma expansão fiscal significativa com a criação do novo arcabouço. De lá para cá, foram sete aumentos de impostos aprovados. O oitavo está em tramitação no Congresso e o nono, aumento do IOF, já saiu por decreto. Ainda assim, o rombo fiscal permanece crítico. É hora de rever prioridades, cortar gastos, eliminar excessos e remodelar o arcabouço fiscal. Caso contrário, o país não se sustenta em pé”, afirma.
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) registrou um homicídio e uma tentativa de homicídio ocorridos na madrugada desta quinta-feira (22), no Residencial Vivendas II, em Petrolina.
O óbito é de uma mulher identificada apenas como Vera, de 57 anos. Ela foi assassinada a tiros dentro de sua casa, localizada na Rua C da comunidade. No mesmo episódio, uma jovem de 25 anos também foi baleada e socorrida com vida.
Segundo informações da PCPE, a autoria e a motivação dos crimes ainda são desconhecidas. As investigações seguem em andamento com o objetivo de esclarecer os fatos e identificar os responsáveis. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Petrolina.
Ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) / Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
CBN
O governo federal vai congelar R$ 31,3 bilhões do Orçamento de 2025. O valor consta no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, documento que faz o balanço dos gastos e despesas. Além disso, a equipe econômica anunciou aumento do IOF (imposto sobre operações financeiras). O detalhamento será feito ainda nesta quinta-feira (22).
A contenção de gastos tem por objetivo alcançar a meta fiscal de déficit zero, ou seja, receitas e gastos iguais. O corte envolve os gastos de custeio e investimentos.
O bloqueio é feito sempre que as despesas sobem acima do que foi projetado pelo governo, o contingenciamento é aplicado quando há frustrações de receitas. Ainda que a meta fiscal seja zero, a equipe econômica tem um intervalo de R$ 31 bilhões, ou seja 0,25% do PIB. O Orçamento deste ano foi aprovado com projeto de superávit de R$ 15 bilhões, com a exclusão do custo com precatórios.
O governo vai contingenciar R$ 20,7 bilhões e bloquear R$ 10,7 bilhões. Dessa vez, o governo resultou mudar de estratégia e antecipou o corte de gastos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que houve uma frustração de receitas na ordem de R$ 25 bilhões.
A ministra Simone Tebet, destacou que o bloqueio foi necessário em razão do aumento dos gastos previdenciários acima da expectativa. Por isso, é necessário fazer um balanço dos gastos. Em relação ao IOF, além dessas explicações que devem ser feitas em seguida pela equipe econômica, um decreto será assinado pelo presidente Lula e publicado em edição extra do Diário Oficial.
Apesar da ofensiva do Palácio do Planalto, líderes da Câmara vão barrar a inclusão da regulação das redes sociais nas discussões sobre a proposta que discute o uso da inteligência artificial (IA) no Brasil. Além da resistência do Congresso em relação à regulamentação das plataformas digitais, as recentes falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, sobre o Tik Tok na China ampliaram as críticas contra o movimento do governo.
A Câmara instalou nesta semana uma comissão especial que vai discutir regras para regulamentação das tecnologias de IA. As discussões terão como base um projeto aprovado pelo Senado e que deve ser votado pelo plenário dos deputados no próximo semestre.
Integrantes do governo Lula chegaram a atuar nos bastidores para tentar incluir no projeto em discussão o tema das redes sociais. A medida, no entanto, enfrenta resistência por parte da maioria dos integrantes da comissão especial, incluindo a presidente do colegiado, Luísa Canziani (PSD-PR), e o relator, Agnaldo Ribeiro (PP-PB).
“A nossa missão será justamente a de dissociar completamente a discussão da IA da discussão da regulação das plataformas digitais. A nossa comissão vai promover um trabalho extremamente técnico e que vai visar o uso e a aplicação da IA única e exclusivamente”, defendeu Canziani.
Dentre os integrantes da mesa, o PT, partido de Lula, conseguiu emplacar apenas o segundo vice-presidente da comissão, com o deputado Reginaldo Lopes (MG). Por outro lado, a oposição terá a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) como primeira vice-presidente e o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) como terceiro vice-presidente.
A composição da comissão especial representa uma derrota para o Palácio do Planalto, que tentava mais uma vez trazer a regulamentação das redes sociais para dentro do Congresso. Além disso, líderes do Centrão admitem que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já sinalizou aos seus pares que pretende blindar a discussão sobre a inteligência artificial de qualquer proposta que envolva diretamente as plataformas digitais.
“[Vamos fazer] um debate que não venha de forma alguma influenciado por qualquer questão ideológica, porque esse não é um tema de governo nem de ideologia, esse é um tema do Estado brasileiro. Esse é um tema estratégico, que precisamos tratar com toda a responsabilidade”, defendeu o relator, Agnaldo Ribeiro.
A Prefeitura de Araripina deu mais um passo importante rumo ao desenvolvimento sustentável do polo gesseiro do Sertão do Araripe. Em reunião realizada nesta quarta-feira (21) com representantes da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), foi iniciada a articulação para viabilizar o fornecimento de gás natural à cadeia produtiva do gesso, fortalecendo a economia local e promovendo uma matriz energética mais limpa e eficiente.
Com consumo estimado em 320 mil metros cúbicos de gás por dia, o polo de Araripina passará a representar cerca de 20% do volume total distribuído atualmente pela Copergás em Pernambuco. O encontro contou com a presença do vice-prefeito Bringel Filho, dos secretários Kilon Alencar (Planejamento) e Alexandro Grande (Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia), além dos representantes da Copergás, Jacinto Sousa e Webson Santos.
Para Bringel Filho, a atuação da Prefeitura foi decisiva para a consolidação da parceria. “A Prefeitura de Araripina tem trabalhado com firmeza para atrair investimentos que melhorem nossa economia e a qualidade de vida da população. Com o gás natural, nosso polo gesseiro terá mais competitividade, eficiência e sustentabilidade. Essa é uma conquista de toda a cidade”, destacou o vice-prefeito.
O gás natural vem se consolidando como uma das alternativas mais seguras, econômicas e ambientalmente corretas para o setor industrial e automotivo. Em relação ao óleo diesel, por exemplo, o GNV pode reduzir até 98% das emissões de óxidos de enxofre e até 70% de óxidos de nitrogênio.
“A Copergás tem a satisfação de participar deste projeto, que é uma demanda antiga da região. O apoio da Prefeitura de Araripina tem sido fundamental para avançarmos com segurança e planejamento”, afirmou Jacinto Sousa. Já Webson Santos ressaltou o impacto ambiental positivo: “A chegada do gás natural ao Araripe vai transformar a forma como se produz gesso, reduzindo drasticamente a emissão de poluentes e contribuindo para uma cadeia mais sustentável.”
O deputado federal Mendonça Filho (UB/PE), autor da emenda que instituiu a reeleição no Brasil, criticou duramente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que prevê o fim da reeleição para cargos do Executivo, unifica as eleições em todos os níveis e amplia o mandato de deputados de quatro para cinco anos. “Você pode até discutir o fim da reeleição, mas o que está sendo proposto é um pacote que enfraquece a democracia”, afirmou. Para o parlamentar, a unificação das eleições retira o foco do debate local e transforma tudo em uma disputa nacional, distante da realidade cotidiana da população.
Mendonça também criticou o aumento da duração dos mandatos legislativos. Segundo ele, mandatos mais longos ampliam a distância entre eleitores e eleitos, dificultando a renovação, a fiscalização e o controle social. “O mandato de cinco anos é longo demais e dificulta o diálogo entre governo e povo”, disse. O deputado considera essencial manter o dinamismo democrático por meio da alternância de poder e da possibilidade de os eleitores avaliarem com mais frequência o desempenho dos seus representantes.
O parlamentar também defendeu a reeleição como instrumento legítimo de continuidade de projetos aprovados pela população. “A experiência da reeleição no Brasil está madura, é democrática e respeita a soberania do voto. Já tivemos prefeitos, governadores e presidentes reeleitos e também derrotados. Isso mostra que a reeleição funciona”, argumentou. Para ele, acabar com a possibilidade de reeleição é retirar do eleitor o direito de reconduzir um gestor que esteja realizando um bom trabalho.
Mendonça criticou ainda a incoerência de políticos que se posicionam contra a reeleição, mas disputam novos mandatos. “FHC foi reeleito e depois criticou a reeleição. Lula, Dilma e o PT sempre criticaram e sempre disputaram a reeleição. Bolsonaro também. É a tese do ‘diga o que eu digo, mas não faça o que eu faço’. O ideal seria que quem fosse contra a reeleição, abdicasse desse direito. Mas não vemos isso acontecer”, ironizou o deputado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve presente nesta quarta-feira (21) na 26ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília. Ao longo de seu discurso, prefeitos apoiadores gritaram “mito” e “volta, Bolsonaro!” em alguns momentos.
Acompanhado do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, além de senadores e deputados federais, Bolsonaro discursou e chegou ironizar que “para um ex ele está bem na fita”. Em tom populista, o ex-presidente, que atualmente é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), destacou ações de seu governo voltadas aos municípios, reforçando a narrativa de que sua gestão deu autonomia e apoio direto aos prefeitos.
Bolsonaro citou medidas adotadas durante seu mandato, como a suspensão de dívidas municipais, o repasse de R$ 5,3 bilhões por meio do bônus do Fundeb, R$ 121 bilhões de repasses diretos e R$ 79 bilhões indiretos. Também citou a PEC do piso mínimo da educação e o apoio do PL à chamada PEC 66 — que propõe estender automaticamente aos municípios as regras da reforma da Previdência federal e tem sido tema central da Marcha.
Valdemar Costa Neto, em sua fala ao lado de Bolsonaro, fez uma defesa da proposta. “Tem que aprovar essa PEC 66 de qualquer maneira, porque é isso que vai salvar o município. É a única saída viável para o pacto federativo que está aí.” As informações são do Correio Braziliense.
A passagem da Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, pela Ilha de Assunção, em Cabrobó, deixou um rastro de insatisfação entre lideranças indígenas regionais. Segundo relatos encaminhados à nossa redação, a visita não foi amplamente divulgada, o que gerou a percepção de que houve uma blindagem em torno da presença da ministra, dificultando o acesso de lideranças tradicionais e representantes de diversas aldeias da região.
Caciques e representantes indígenas afirmam que não foram comunicados com antecedência sobre a agenda ministerial, o que impediu a participação ativa das lideranças em um momento que deveria representar o fortalecimento do diálogo entre o Governo Federal e os povos originários.
A falta de articulação e de transparência na organização da visita foi vista como um desrespeito à tradição e à representatividade das lideranças indígenas, que reivindicam maior consideração nas decisões e ações voltadas às comunidades. Para muitos, a visita, que poderia ser um marco positivo de escuta e compromisso, acabou gerando frustração e aumentando o sentimento de distanciamento entre o Ministério dos Povos Indígenas e as bases locais.
O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) anunciou, nesta quinta-feira (22), a liberação de aproximadamente R$ 40 milhões pelo governo federal para quitar integralmente a dívida do Sistema Itaparica junto à Celpe.
Segundo ele, os recursos foram assegurados pelo Ministério da Integração e representam uma vitória histórica para as famílias reassentadas da região, após mais de 39 anos de luta.
“Esse ato de hoje mostra o compromisso do nosso presidente e leva tranquilidade às nossas famílias”, afirmou Veras.
A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania concedeu, nesta quinta-feira (22), anistia política a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em razão das violações sofridas durante a ditadura militar. Os conselheiros também foram favoráveis ao pagamento de uma indenização de R$ 100 mil, em prestação única.
“Ante o exposto, opino pelo provimento parcial do recurso interposto por Dilma Vana Rousseff e opino pela retificação da portaria de número 1.089 de 6 de junho de 2022, para conceder a declaração de anistiada política Dilma Vana Rousseff, oficializando em nome do Estado brasileiro um pedido de desculpas pela perseguição sofrida no período ditatorial”, afirmou o conselheiro Rodrigo Lentz durante seu voto, que foi acompanhado por todos os conselheiros.
“Reparação econômica de caráter indenizatório em prestação única pelo período de 13/03/1969 até 05/10/1988, totalizando 20 períodos de perseguição atingindo-se o teto legal de 100 mil reais nos termos dos artigos 1º e º da lei 10.559. E também cabendo ao INSS a análise apara evitar contagem em dobro”, acrescentou.
Os conselheiros julgaram um requerimento protocolado em 21 de outubro de 2002, que foi indeferido em 28 de abril de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A ex-presidente, então, entrou com recurso, que foi analisado hoje.
“No período da ditatura, a requerente dedicou-se a defesa da democracia, da igualdade e da educação estudantil e dos direitos sociais, por meio de intensas atividades políticas e de posição aos abusos cometidos pelo regime militar. Por tais abusos foi perseguida, monitorada por 20 anos, expulsa do curso universitário, demitida além de ser sido presa e severamente torturada”, diz trecho do requerimento.
Ao final da votação, que teve uma única divergência a posição do conselheiro Rafael Abritta, sobre as indenizações estaduais, a presidente da comissão, Ana Maria Lima de Oliveira, declarou Dilma anistiada e pediu desculpas em nome do país.
“Excelentíssima senhor presidenta, não tem como não ser, Dilma Vana Rousseff. Esta comissão, pelos poderes que lhe são conferidos, lhe declara anistiada política brasileira. E em nome do estado brasileiro, lhe pede desculpas por todas as atrocidades que lhe causou o estado ditatorial. Causou a senhora, a sua família, aos seus companheiros de luta e enfim, como disse o relator, a toda a sociedade brasileira. Queremos também lhe agradecer pela sua incansável luta pela democracia brasileira, pela sua incansável luta pelo povo brasileiro. Muito obrigado por a senhora existir e ser essa mulher como todos lhe chamam Dilma coração valente”, disse Ana Maria.
Dilma na ditadura
Dilma dedicou sua juventude à militância da esquerda, tendo participado, na década de 60, da Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop), do Comando de Libertação Nacional (Colina) e da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (Var-Palmares).
Em 1970, ela foi presa sob acusação do crime de “subversão” ao participar de grupos de militância de esquerda que se opunham ao regime. Dilma passou por torturas em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Na época, Rousseff foi condenada a seis anos e um mês de prisão, além de ter os direitos políticos cassados por dez anos.
Durante a 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o prefeito de Araripina, Evilásio Mateus (PDT), conquistou avanços significativos para o município. Em agenda com o Ministério da Previdência, assegurou a realização de um grande mutirão do INSS e a chegada de um médico perito para atender a população. Já junto ao Ministério de Portos e Aeroportos, garantiu o investimento de R$1,5 milhão para a instalação do sistema PAPI no aeroporto da cidade, tecnologia que aumenta a segurança dos pousos.
A Marcha dos Prefeitos teve início na última segunda-feira (19) e segue até esta quinta (22), reunindo mais de 5 mil gestores municipais de todo o país. Ao longo dos quatro dias do evento, o prefeito esteve acompanhado do deputado federal Fernando Filho (UB), com quem participou de diversas reuniões em busca de melhorias para Araripina.
No Ministério da Previdência, em conversa com o ministro Wolney Queiroz (PDT), o prefeito confirmou a realização de um mutirão do INSS com data ainda a ser definida e a designação de um médico perito para atuar no município, medida que visa agilizar os atendimentos e reduzir as filas por perícias.
Já com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e o secretário nacional de Aviação, Tomé Franca, Evilásio conquistou um importante investimento de R$1,5 milhão para a instalação do sistema PAPI (Precision Approach Path Indicator). O equipamento é essencial para garantir a segurança das operações no aeroporto, oferecendo orientações visuais precisas aos pilotos durante a fase de aterrissagem.
“Estamos saindo de Brasília com conquistas reais para a nossa população. O mutirão do INSS e o médico perito vão ajudar muito quem precisa dos serviços da Previdência, e o investimento no aeroporto é mais um passo importante para o desenvolvimento da nossa cidade. Araripina está no caminho certo”, afirmou o prefeito Evilásio Mateus.
A tradicional Missa do Vaqueiro de Serrita, criada em 1970 por Padre João Câncio e Luiz Gonzaga, enfrenta, este ano, uma crise sem precedentes. Serão realizadas duas edições distintas do evento, resultado de disputas políticas e irregularidades administrativas que colocam em xeque a gestão do prefeito Aleudo Benedito (MDB).
O gestor, não se sabe com quais intenções, provavelmente para tirar algum dividendo que vai além da política, decidiu lançar um novo evento paralelo, chamado “Festa do Jacó”, com uma programação grandiosa que tem sido alvo de críticas por desviar o foco da celebração religiosa e tradicional em homenagem aos vaqueiros.
Em vez de promover a união em torno da cultura sertaneja, o mal-intencionado gestor optou por transformar a celebração em um megashow, com artistas como Wesley Safadão e Joelma. O evento, promovido com pompa no Recife, contou com a presença de parlamentares das mais variadas vertentes, evidenciando o uso político da festividade.
O prefeito, trajado como vaqueiro, tentou legitimar sua versão do evento, mas enfrenta críticas por priorizar o espetáculo em detrimento da tradição. A viúva do ex-Padre João Câncio, apoiada por vaqueiros e familiares de Raimundo Jacó, organiza uma edição alternativa da missa, buscando resgatar o verdadeiro espírito da celebração.
Além das disputas culturais, a gestão de Aleudo Benedito é alvo de questionamentos do Ministério Público de Pernambuco e multas do Tribunal de Contas do Estado por irregularidades na organização do último evento. O uso de recursos públicos para financiar shows milionários, como o de Gusttavo Lima em 2023, cujo cachê foi de R$ 800 mil, levanta suspeitas sobre a responsabilidade fiscal do gestor.
A duplicidade da Missa do Vaqueiro em 2025 simboliza não apenas uma divisão cultural, mas também a politização de uma tradição que deveria unir a comunidade. A gestão municipal, ao transformar a celebração em palanque político, desrespeita e golpeia a memória de Raimundo Jacó, sobretudo os valores que a missa representa para o povo sertanejo.