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Novo ministro da Cidadania de Bolsonaro é 100% pernambucano

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Por Magno Martins

Nomeado ministro da Cidadania, o DNA de João Roma Neto é 100% pernambucano. De estilo macielista, ingressou adolescente nos movimentos estudantis no Recife. Foi presidente da Frente Jovem do PFL, após a criação do Partido da Frente Liberal, dissidência aberta por Marco Maciel e Aureliano Chaves em apoio à candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República, alternativa para barrar a chegada de Paulo Maluf ao Planalto na eleição indireta do Congresso em 1985. João é descendente do revolucionário Padre Roma, que liderou o movimento separatista de 1817 em Pernambuco.

Já seu avô, João Roma, foi prestigiado deputado federal. Ao abandonar a política, se estabeleceu na vida com um famoso cartório no Recife, com o seu próprio nome. “Herdei de vovô Roma não só o nome, mas os exemplos, o gosto e a vibração pela política. Vovô foi um destacado político e uma referência para várias gerações de homens públicos”, diz o novo ministro, que vai cuidar, dentre outros programas, do Bolsa-Família.

“Através do meu avô, acrescenta ele, convivi muito cedo com personagens de destaque e pude participar, muitas vezes, dos bastidores de suas articulações. Inspiração viva em minha trajetória, vovô atuou intensamente na política pernambucana. Popularmente conhecido como Diabo Loiro, foi deputado federal por três vezes, secretário de Segurança Pública no Governo Barbosa Lima Sobrinho e secretário de Justiça do ex-governador Paulo Guerra”.

O ministro é paixão ardente pelo avô. “Tenho verdadeira admiração por sua história e um enorme orgulho pelo convívio, cumplicidade e carinho que desfrutamos. Sempre tive uma relação muito forte com os meus avós, uma relação de muita devoção, aprendizados e, acima de tudo, cuidados. No início da minha adolescência, mudei para a casa de vovó Clarice e vovô Roma, que nessa época estavam doentes, e lá permaneci até o fim das suas vidas”, relembra.

Para acrescentar: “Nesse período, era frequente a permanência em hospitais, além de muitas decisões traumáticas. Foi uma gratificante oportunidade ter cuidado deles no momento em que mais precisaram, nos mínimos detalhes, desde levantar para ir ajudar num banho ou acordar à noite para mudar eles numa posição na cama. Agradeço muito a Deus por ter tido a sorte de dar o melhor de mim nessa missão e, sempre que me recordo dos meus avós, em meu coração sinto a sensação de dever cumprido”.

TRAJETÓRIA – O novo ministro foi assessor do Governo de Pernambuco entre 1991 e 1994, durante gestão de Joaquim Francisco. Entre 1995 e 1998, atuou na esfera federal, na administração de Fernando Henrique Cardoso, como assessor do Ministério da Administração e Reforma do Estado. Ainda na administração federal, foi delegado do Ministério da Cultura para o Nordeste, entre 1999 e 2002, e chefe do escritório da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em Salvador entre 2002 e 2004. Nesse tempo, foi eleito, em maio de 2003, membro da direção executiva nacional do então PFL como presidente nacional do PFL Jovem.

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