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Fiscalização flagra criança de 3 anos trabalhando em casa de farinha em Ipubi

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Fiscalização encontra crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos trabalhando em casa de farinha

Além desse flagrante, a mesma operação resgatou cinco adultos de condições análogas às de escravo em uma casa de farinha em Araripina

Do blog do Sakamoto no UOL:

Treze crianças e adolescentes, de três a 17 anos, foram encontrados trabalhando em três casas de produção de farinha de mandioca no município de Ipubi, sertão de Pernambuco, pelo grupo móvel de fiscalização do governo federal. A atividade está relacionada na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, ou seja, proibida para menores de 18. Além desse flagrante, a mesma operação resgatou cinco adultos de condições análogas às de escravo em uma casa de farinha no município vizinho de Araripina.

A operação, que começou no último dia 21, contou com a participação de auditores fiscais do trabalho do Ministério da Economia, um procurador do Ministério Público do Trabalho, um representante da Defensoria Pública da União e 12 policiais militares de Pernambuco.

Em Serrolândia, distrito de Ipubi, os auditores fiscais do trabalho não caracterizaram trabalho escravo, mas graves irregularidades em três casas de farinha pertencentes à mesma família. Em duas, sob responsabilidade da empresa L&J de Farias Ltda, havia 80 trabalhadores, dos quais cinco com menos de 18 anos. Na terceira, de Danilo de Farias, eram 34 trabalhadores, dos quais oito menores de idade, entre eles a criança de três anos.

“A cena com a criança de três anos raspando mandioca foi bem chocante. Como a mãe não tinha com quem deixá-la por falta de creches ou familiares, começou a levá-la. E, a partir daí, passou a ajudar no trabalho”, explica André Dourado, auditor fiscal do trabalho e coordenador da operação. Os demais jovens tinham entre 13 e 17 anos, alguns dos quais operando máquinas para triturar a mandioca.

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