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Economia: Valdir Alencar comenta sobre o novo “Bolsa Família” e taxa selic; ouça

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Foto: arquivo Blog do Roberto

Por Cidinha Medrado

Quarta-feira (04) foi dia de falar de economia no Programa Araripina Urgente do Jornalista Roberto Gonçalves com a participação de Valdir Alencar, especialista em varejo e economia, e o assunto principal foi a alta da taxa Selic (uma referência para o custo das linhas de crédito em geral no Brasil) que pode chegar a 6,25% de acordo com o Relatório de Mercado Focus publicado em julho, indicando que a mediana das previsões para a Selic neste ano foi de 5,75% para 6,25% ao ano, outro assunto comentado pelo especialista foi sobre o anúncio do Governo federal recente, onde o presidente Bolsonaro e o Ministro da Economia Paulo Guedes, divulgaram que o Bolsa Família poderá chegar à R$ 400. Valdir explicou possíveis formas de o governo manter esse desejo.

“A gente tá vendo no Brasil, infelizmente, muita gente levar o mercado na desinformação, costumo dizer em minhas reuniões, que nós nunca precisamos de líderes como estamos precisando agora, de homens de bem como nós precisamos agora, aquele cara que fala com transparência para a sociedade sobre o que o mundo está passando e não só o Brasil. A inflação é galopante, tanto faz na Europa, na Rússia, na China, no Brasil ou nos Estados Unidos, ela aparece no mundo, todo os países e regiões triplicaram valores. Deles, com juros anuais que superam 8%, situação da Argentina por exemplo é de calamidade pública. Os governos jogaram dinheiro na economia e as pessoas começaram a consumir e quando a demanda é maior do que a oferta, a oferta falta, também com essas geadas elas começam a fraquejar na agricultura e em alguns setores, podem prejudicar trazendo aumento de preços”, disse ele.

O especialista sugere que se tá difícil é preciso trocar a forma de consumo, um produto por outro, um exemplo é a carne, que pode ser trocada por produtos mais em conta como ovo, frango, para ele a inflação é o grande vilão do governo. Valdir comentou que governos anteriores deixaram a dívida externa imobiliária do Brasil trilhões de reais mais altas e quando chegou a pandemia, o governo não tinha outra saída a não ser diminuir a dívida e pagar o auxílio emergencial, por causa disso o montante subiu mais ainda. Em março foram divulgados dados do Banco Central que a dívida bruta dos governos no Brasil subiu de R$ 6,670 trilhões em janeiro para R$ 6,744 trilhões em fevereiro e em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a dívida subiu de 89,4% para 90%.

“O Governo vai ter que aumentar a taxa de juros, porque senão, vai haver um descontrole entre a taxa de juros real do momento e a Selic, a perspectiva de aumento de 1% é um raciocínio lógico, unânime dos economistas brasileiros e eu também concordo”, comentou.

BOLSA FAMÍLIA

“Na realidade eu vejo o Brasil como exceção no mundo, eu não tiro a razão da gestão pública federal, porque chegamos a um ponto de desinvestimento violento na educação, na formação do país, realmente há uns 30 anos que as pessoas não prosperam, então quando não tem educação e gente chega a esse ponto, de precisar que alguém dê a mão e aí o governo cria o maior programa de transferência de renda do mundo (Bolsa Família), vai ajudar as famílias, para que elas se recomponham dentro dos níveis de renda e voltem a ter produtividade até que consigam sair desse Bolsa Família que não vai ser eterno”, explicou

Valdir analisou que as pessoas precisam entender que o bolsa família é uma renda provisória e que elas não podem depender desse programa a vida toda e argumentou que assim como em nossa casa, o governo também tem receitas, o que apura com impostos, gasta com folha de pagamento, funcionários, cursos e ainda tem que sustentar políticos, é um grande peso, explicando que o Governo paga dívidas mais do que recebe.

“O governo encontrou uma brecha nos precatórios que são as dívidas do governo, quando as pessoas entram com ações contra o governo, ações públicas, o Ministério Público dá o ganho de causa para aquele cidadão, o governo não é obrigado a pagar na hora, então dá prazos e daí ele tira dos valores para pagar a sociedade. Apesar de querer pagar os precatórios, o Governo enfrenta polêmicas e resistências por parte dos partidos políticos na Câmara e no Senado, porque tem gente exigindo que o governo pague a dívida em uma só parcela, quando na medida provisória ele sugere o parcelamento de até 10 anos, isso não pode acontecer porque vai quebrar o país. O governo tem que ter muito cuidado por que fora o Bolsa Família, ele vem gastando bilhões de reais com auxílio emergencial, que tá aí com previsão de ser pago até outubro deste ano e pode se estender, o que percebemos a que o governo assim que terminar o auxílio, ele vai querer enquadrar essas pessoas que recebiam auxílio nesse novo programa, o ‘Auxílio Brasil’ que deve substituir o Bolsa Família”, disse Valdir. Ouça na íntegra:

 

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