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Doleiro Youssef começa a detalhar pagamentos a políticos

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STF autorizou nova série de depoimentos de delação premiada

O Globo
CURITIBA – O doleiro Alberto Youssef deve prestar novo depoimento à força-tarefa da Operação Lava-Jato para dar mais esclarecimentos sobre as citações feitas a autoridades com foro privilegiado, que são julgadas apenas pelo ​Supremo Tribunal Federal (STF)​. Na manhã desta quarta-feira, os advogados do doleiro pediram ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, que ele seja dispensado de comparecer à audiência marcada para esta tarde na Justiça Federal, no processo que envolve dirigentes da empreiteira Mendes Junior. O pedido foi deferido e o doleiro vai falar da carceragem da Polícia Federal. Youssef já prestou mais de 80 depoimentos no âmbito da delação premiada. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa falou 83 vezes à força-tarefa.

O ministro Teori Zavascki, do ​​Supremo Tribunal Federal (STF)​ ​autorizou ​ que ​fossem ​tomados novos depoimentos d​e​ Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa​, a pedido da Procuradoria-Geral da República.​ A informação é que não há fatos novos, apenas necessidade de detalhar depoimentos anteriores.

O Ministério Público Federal só vai concluir os pedidos de abertura de inquérito contra políticos no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) depois de realizados os depoimentos.

A audiência com depoimentos de testemunhas na ação contra dirigentes da Mendes Junior e da UTC também acontece na tarde desta quarta-feira na Justiça Federal de Curitiba. Vão depor o empresário Augusto Ribeiro Mendonça Neto, dono da Setal, do grupo Toyo-Setal; o consultor Júlio Almeida Camargo, que prestou serviços para a Samsung, Toyo Setal e Camargo Corrêa, e fez pagamento de propinas no Brasil e no exterior; a contadora Meire Poza, que trabalhou para o doleiro; e Leonardo Meirelles, que fez remessas ilegais de dinheiro para o exterior com contratos de câmbio fictícios por meio da empresa Labogen.

Onze réus desta ação respondem em liberdade, um está em prisão domiliar (Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras) e quatro estão presos: além de Youssef, Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Junior; Ricardo Pessoa, presidente da UTC; e João Procópio de Almeida Prado, que está preso no complexo médico penal de Curitiba e é acusado de operar as contas e offshores do doleiro no exterior.

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