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Após desastre dos governos do PT, Pernambuco gera 2.023 empregos em 2018 e volta a ter resultado positivo

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 Houve a criação de 2.023 postos de trabalho formal em Pernambuco — Foto: Valdecir Galor/SMCS

Houve a criação de 2.023 postos de trabalho formal em Pernambuco

Por Pedro Alves, G1 PE — Foto: Valdecir Galor/SMCS

Pernambuco voltou a gerar empregos em 2018, após quatro anos consecutivos de diminuição de vagas com carteira assinada. Em todo o ano, foram abertos 2.023 postos de trabalho formal. O último resultado positivo registrado no estado foi em 2013, quando houve 28.062 mais contratações que demissões.

No Brasil, 2018 foi o primeiro ano com saldo positivo após três anos de demissões. Os números são do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Ministério da Economia.

O saldo positivo é a diferença entre as contratações, que em 2018 totalizaram 397.030 e as demissões, que chegaram a 395.007.

As cidades que tiveram o pior saldo do estado foram o Recife, com 4.358 demissões, seguida por Ipojuca, na Região Metropolitana , com 3.161 desligamentos e Jaboatão dos Guararapes, com 2.939 baixas nos postos formais de trabalho.

Apesar da criação de empregos em 2018, o saldo de geração de vagas em dezembro foi negativo no estado, com 14.954 postos formais de trabalho fechados. Ao todo, foram registradas 22.180 admissões e 37.764 demissões, segundo o Caged.

EMPREGO FORMAL EM PE
Estado não gerava empregos com carteira assinada desde 2013
52.80052.80046.71746.717117.013117.01391.29091.29047.69547.69528.06228.062-12.996-12.996-89.782-89.782-48.486-48.486-6.612-6.6122.0232.02320082009201020112012201320142015201620172018-150k-100k-50k050k100k150k
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

Tendência de crescimento econômico

De acordo com o consultor de empresas e professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Écio Costa, a retomada do emprego no estado é resultado de uma tendência de crescimento econômica ainda lenta, mas que deve perdurar.

“A confiança no comércio e nas empresas está em níveis bons e isso traz maior consumo e investimentos, que ainda estão aquém do desejado. Isso mostra que há recuperação. A geração de empregos não acompanha o crescimento da economia, porque só se contrata depois de um tempo. Isso é o contrário das demissões, que são até mais rápidas que o próprio decréscimo da econômico”, explica.

Antes da crise, segundo Écio, o estado passava por uma tendência de crescimento econômico superior à do Brasil.

“Pernambuco teve investimentos estruturadores, com indústrias no interior, estaleiros, Complexo de Suape e duplicação de BRs. Isso fez com que o estado apresentasse números de crescimento maiores que os nacionais e, consequentemente, gerasse muitos empregos para a região”, afirma.

Porto de Suape fica no Grande Recife — Foto: Ascom/Suape

Porto de Suape fica no Grande Recife — Foto: Ascom/Suape

O economista explica que Pernambuco foi afetado também acima da média pela crise econômica brasileira.

“A crise coincidiu com a operação Lava Jato e levou a muitas demissões na área de Suape, por exemplo. Indústrias e prestadoras de serviços vinculadas a essa cadeia produtiva foram alvo da operação e isso causou grande desemprego na região”, declara.

Sobre o resultado negativo registrado em dezembro de 2018, Écio afirma que o resultado está dentro do usual, considerando a sazonalidade da economia e do comércio.

“Os empregos temporários geralmente começam entre outubro e novembro e já em dezembro há uma leva grande de demissões. Além disso, o comércio de fim de ano de 2018 não foi tão forte quanto se esperava. Não geramos tantos empregos em dezembro”, diz.

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