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A prova dos sete da pesquisa ‘suspeita’ de Petrolina

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Por Magno Martins

Há 40 dias, o Instituto Potencial (BA), em parceria com este blog, divulgou uma pesquisa em Petrolina apontando o amplo favoritismo do prefeito Miguel Coelho, que disputa a reeleição pelo MDB. Ele apareceu com 73% das intenções de voto, enquanto os demais candidatos abaixo da casa dos 8%. O ex-prefeito Júlio Lóssio, que caminha para a terceira derrota seguida para o grupo dos Coelho, usou um “laranja” para levantar suspeita na justiça eleitoral quanto à seriedade da empresa responsável e este blog também.

Em nenhum momento, como faço habitualmente, contestei em público a ação. Mas ontem fiquei de alma lavada: a Folha divulgou pesquisa do Ipespe trazendo praticamente o mesmo cenário do levantamento da Potencial, não engolido por Lóssio, que, depois das adversidades eleitorais, passou a brigar com Deus e o mundo. Seu esporte favorito dos últimos dias é contestar pesquisas que abrem um horizonte de escuridão à frente para o seu filho Julinho, candidato do PSD a prefeito, que jogou na fogueira temendo ser derrotado por Miguel.

O tempo, os cabelos brancos e os baques se encarregam de moldar as pessoas, menos Lóssio. Este continua ignorando a filosofia do velho Agamenon Magalhães, que dizia que a ilusão da política é pior do que a do amor. Acha-se a maior liderança do São Francisco, mesmo sem ter eleito a esposa deputada estadual na eleição passada. Políticos que se perdem no caminho da volta ao poder que perseguem de forma obsessiva, como Lóssio, são dignos de repúdio e desprezo.

Políticos assim são estereótipos humanos comparados aos hábitos das hienas. Apesar de serem exímias caçadoras, em comum atacam e roubam as caças de outros animais, agem na calada da noite embora possam estar pontualmente ativas durante o dia. Até gosto pessoalmente de Lóssio, mas ele não faz mais parte dos meus sonhos de Brasil justo e menos desigual.

Sonho, ao contrário dele, com o dia em que nossos representantes políticos estejam focados em fazer uma política voltada para a sociedade em geral e não apenas para seus simpatizantes. Sonho com o dia que a maioria do povo escolherá seu representante só depois de analisar o plano de gestão. Sonho ainda com o dia que o povo entender que o voto não é um vale presente, que o eleitor é o patrão e nossos representantes políticos nossos subordinados.

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