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Debate sobre construção de usina nuclear no Sertão de PE é retomado na Alepe

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Deputado Alberto Feitosa defendeu matriz como segura e pouco poluente, além de apontar impactos positivos que aporte de R$ 30 bilhões teria na economia. Foto: Roberto Soares

A possibilidade de construção de uma usina nuclear em Pernambuco voltou a gerar debate no Plenário da Alepe nesta quarta (2). A discussão foi provocada pelo pronunciamento do deputado Alberto Feitosa (SD), que novamente defendeu essa matriz como segura e pouco poluente. Ele apontou, ainda, impactos positivos que o investimento de cerca de R$ 30 bilhões teria na economia do Estado. Outros parlamentares, como Wanderson Florêncio (PSC) e Waldemar Borges (PSB), defenderam prioridade para projetos de geração de energia solar e eólica.

O discurso de Feitosa foi motivado por um artigo do físico Heitor Scalambrini Costa, professor aposentado Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), contrário à construção de uma usina nuclear em Itacuruba (Sertão de Itaparica). Em resposta, o  deputado do SD assegurou que o projeto “é fruto de um longo estudo feito por pessoas renomadas” desde 2010.

Ao ilustrar os impactos econômico do empreendimento, Feitosa o comparou à construção da Central Nuclear de Palo Verde no deserto do Arizona, nos Estados Unidos. Além de gerar 9 mil empregos, teria, segundo ele, convertido a região em um polo de serviços e de tecnologia. “É isso que pode acontecer com o Sertão pernambucano se para lá for uma usina nuclear”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, estima-se a arrecadação de R$ 750 milhões por ano em ICMS durante a construção da usina, ao longo de dez anos. “Além de todo o desenvolvimento e a transformação na região, teremos, só de salários, R$ 72 milhões circulando ali e R$ 160 milhões por ano de arrecadação em ISS”, estimou, citando, ainda, a abertura de aeródromos, rodovias, estações de tratamento de água, hotéis, bares e restaurantes.

Em aparte, o deputado Antonio Fernando (PSC) assinalou que a geração de energia pelos parques eólicos do Estado é instável, pois depende de fatores naturais. Disse, ainda, que a necessidade de construção de uma usina de energia elétrica foi defendida, em conversa com ele, pelo presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Fabio Lopes Alves. “O investimento na usina nuclear é equivalente a todo o Orçamento do Estado. Se a gente perdê-lo, outros vão pegar”, pontuou.

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