
Em uma mobilização marcada por grande participação e indignação, servidores municipais de Ouricuri se reuniram na manhã desta terça-feira (08) para a 1ª Assembleia Geral Ordinária de 2025, convocada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ouricuri (SINDSEP). O encontro, realizado no auditório do sindicato, antecedeu a reunião dos vereadores na Câmara Municipal e teve como principal pauta a rejeição ao Projeto de Lei nº 04/2025, de autoria do Poder Executivo, que trata sobre a revisão salarial dos professores.
A assembleia, conduzida pela presidente do SINDSEP, discutiu várias reivindicações da categoria, entre elas o reajuste salarial de 6,27% para professores e de 7,5% para os demais servidores, ambos retroativos a janeiro. No entanto, a principal preocupação dos presentes foi a aprovação do projeto de lei pela Câmara de Vereadores, que, segundo o sindicato, desconsidera as necessidades dos servidores e não contempla um reajuste adequado.
Após a assembleia, os servidores seguiram em manifestação até a sede do Legislativo municipal, onde protestaram contra a decisão dos parlamentares. Cartazes e palavras de ordem foram utilizados para expressar a insatisfação com a medida, que, de acordo com os trabalhadores, não respeita a valorização profissional da categoria.
Entre os pontos de contestação levantados pelo SINDSEP, estão a falta de proposta de reajuste para os demais servidores, o atraso no pagamento do salário de dezembro de 2024 dos profissionais da saúde e dos aposentados, além do não pagamento do incentivo adicional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE) referente a 2024. Outros itens que geraram revolta foram a retirada do acréscimo salarial de 2% dos ACS e a exclusão da isenção do imposto de renda para servidores com doenças graves.
Os manifestantes também criticaram a cobrança antecipada do imposto de renda dos professores com duas matrículas, além da falta de solução para a situação do concurso público de 2022, que segue em processo judicial.
O SINDSEP reforçou que continuará pressionando o governo municipal e os vereadores para garantir condições justas de trabalho e salários dignos para os servidores. A entidade também informou que novas mobilizações podem ser organizadas caso as demandas da categoria não sejam atendidas.
A Prefeitura de Ouricuri e a Câmara Municipal ainda não se manifestaram oficialmente sobre os protestos e as críticas dos servidores.*