
A explosão ocorrerá em 2027, depois das eleições presidenciais. “Gera um bem-estar nas pessoas que estão consumindo, comprando, mas elas estão se endividando.”
Por Estadão
No episódio desta quinta-feira, 10, do quadro Andreazza Reage, o colunista do Estadão Carlos Andreazza analisou um trecho de discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante evento do setor de construção civil nesta terça-feira, 8.
Em discurso, durante cerimônia de abertura da 29.ª Feira Internacional da Construção Civil e Arquitetura (Feicon) e da 100ª edição do Encontro Internacional da Indústria da Construção (Enic), Lula, um “histórico protecionista”, criticou o tarifaço do presidente americano Donald Trump e defendeu o livre mercado entre as nações.
Na análise de Andreazza, a linha adotada tem como objetivo “bater em Trump” para reverter o quadro de impopularidade e rejeição vivido pelo governo, e é embasada por pesquisas e orientação do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira.
Lula prosseguiu o discurso exaltando a capacidade de negociação do próprio governo e os resultados alcançados. “É por isso que as coisas tem dado certo”, afirmou, citando medidas tomadas para fazer o dinheiro “circular na mão das pessoas do andar de baixo”.
Para o colunista, o princípio faz parte do plano do presidente para se reeleger: rolar a bomba do endividamento para frente. Isso porque, explica, medidas de estímulo artificial ao consumo, como o programa de crédito consignado que foi chamado de “empréstimo do Lula”, forja o endividamento dos trabalhadores.
A explosão, analisa, ocorreria em 2027, depois das eleições presidenciais. “Gera um bem-estar nas pessoas que estão consumindo, comprando, mas elas estão se endividando.” Com a decisões sobre antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS, Andreazza classifica a modalidade de empréstimo como uma política de “gastança” do governo.