O diálogo com crianças e adolescentes sobre a prevenção à violência não é de responsabilidade apenas dos pais. É assunto para ser tratado em sala de aula, como forma de construção de uma sociedade mais segura e empática, segundo especialistas da área de educação.
Apesar disso, levantamento do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) sobre as políticas adotadas na área da segurança pública aponta que apenas seis dos 184 municípios instituíram disciplinas de prevenção à violência nos conteúdos curriculares das escolas públicas.
Das seis cidades, duas estão na Região Metropolitana: Recife e Igarassu. As outras estão localizadas no interior: Caruaru, Canhotinho, João Alfredo (no Agreste) e Brejinho (Sertão).
Na avaliação de José Paulino Peixoto, mestre em Educação e coordenador do curso de pedagogia do Centro Universitário Frassinetti do Recife, a temática de cultura de paz precisa ser vivenciada nas práticas escolares – seja em formato de projetos didáticos, com abordagem transdisciplinar e interdisciplinar, ou com palestras envolvendo a família.
“No Currículo de Pernambuco, documento elaborado e homologado em 2020 com ampla participação de setores da sociedade civil, dos movimentos sociais e educacionais e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a educação em direitos humanos está assegurada como tema transversal e, portanto, perpassa toda a proposta pedagógica escolar, seus conteúdos e suas disciplinas”, pontuou Peixoto.
Para o especialista, o resultado do levantamento do TCE-PE revela que os municípios desconhecem as diretrizes nacionais para a educação em direitos humanos e as postas no Currículo de Pernambuco. Além disso, demonstra a necessidade de se ampliar os debates junto aos setores que coordenam e fazem o monitoramento dessa política.
“Alguns desses temas chamados de transversais estão diretamente relacionados às legislações específicas, enquanto outros são sugeridos em diretrizes curriculares, ou mesmo demandados pela própria comunidade educativa. Isso está expressamente assegurado no currículo. Citamos alguns desses temas, como a abordagem das questões de gênero, diversidade sexual, respeito as diferenças, tolerância religiosa e enfrentamento ao racismo”, disse.
Peixoto sugeriu às escolas que sejam desenvolvidas ações formativas junto aos professores, às famílias e à comunidade local. Isso pode ser feito, segundo ele, com parcerias com organizações sociais e governamentais, “considerando que a temática da violência não deve ser de interesse apenas da educação, mas de toda a sociedade”.
O presidente americano, Donald Trump, falou nesta sexta-feira (11) sobre o tarifaço de 50% imposto a produtos brasileiros, voltou a defender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e afirmou que deve conversar com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “talvez em algum momento, mas não agora”.
“Ele está tratando o presidente Bolsonaro de forma muito injusta. Eu o conheço bem, já negociei com ele e ele é um bom negociador. Posso te falar que ele é um homem muito honesto e ama o povo brasileiro”, afirmou o republicano a jornalistas, antes de embarcar para uma visita ao Texas.
A declaração vem depois que Lula subiu o tom sobre a tarifação dos EUA, afirmando que “se ele [Trump] cobrar 50[%] de nós, vamos cobrar 50[%] deles”.
“Se o que o Trump fez no Capitólio ele tivesse feito aqui no Brasil, ele estaria sendo processado como o Bolsonaro e arriscado a ser preso”, disse Lula, em referência a 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio em protesto contra o resultado das eleições americanas, que consideravam fraudadas.
O petista ainda completou que a relação entre os dois países segue amistosa há 201 anos, garantindo que o Brasil é uma nação pacífica, que “não entra em conflito com outros países”.
Trump volta a defender Bolsonaro
Na declaração dada nesta sexta, Trump voltou a defender Bolsonaro, como já vinha fazendo durante a semana.Na primeira ocasião, na segunda-feira (7), o republicano afirmou que o ex-presidente brasileiro sofre uma “caça as bruxas” por parte do Estado e reiterou sua inocência.
“Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, completando que acompanharia a situação de “muito perto”. “O único julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil”, dizia a primeira defesa pública por parte do republicano.
Ele também comparou a “perseguição política” que o ex-presidente vem sofrendo, com a que ele alega ter sofrido antes das eleições americanas ano passado.
“O Brasil está fazendo uma coisa terrível no tratamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eu tenho assistido, assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de ir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano!”, afirmou Trump, na última segunda-feira.
O presidente americano também havia definido Bolsonaro como um “líder forte”, que no cargo “amava seu país” e era um “negociador muito duro”.
“Sua eleição foi muito apertada e agora, ele está liderando nas pesquisas. Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político — algo que eu sei muito sobre! Aconteceu comigo, vezes 10, e agora nosso país é o ‘MAIS QUENTE’ do mundo!”.
Carta
Na carta direcionada a Lula, que instituiu o tarifaço de 50%, Trump iniciou citando sua proximidade com o ex-presidente e voltou a citar a “caça as bruxas”: “Conheci e lidei com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros Líderes de Países. A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”
Fez estrago nas contas a rápida passagem pela Argentina de Lula (PT) e seu numeroso séquito de bajuladores, acostumados com os luxos bancados pelo pagador de impostos. Geralmente chamam atenção gastos elevados em hotéis cinco estrelas e frotas de veículos, como os R$395,7 mil dedicados a carros da comitiva de Lula em Buenos Aires. Mas desta vez nem o ‘cafezinho’ perdoou: R$60,7 mil com água e café.
Impressiona o ritmo de gastos de Lula e cia. em viagens: foram menos de 24h na Argentina, incluindo a visita à ladra Cristina Kirchner.
Cuidado não existe com a grana do pagador de impostos: dados de telefonia móvel custaram R$31,8 mil na viagem de menos de um dia.
O governo enrola para revelar gastanças no Portal da Transparência, mas a hospedagem de parte da comitiva custou R$361,9 mil até agora.
Mesmo no bate e volta, sem nem ter encontro bilateral com o presidente Javier Milei, foram pagos R$2,2 mil em dois painéis de LED.
Um adolescente de 16 anos foi assassinado na noite de quarta-feira (10), em uma quadra poliesportiva no Residencial Vivendas em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil, a vítima, que não teve a identidade divulgada, foi atingida por vários disparos de arma de fogo e morreu no local.
A Polícia Militar foi acionada e isolou a área até a chegada do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Medicina Legal (IML) que realizaram o recolhimento do corpo e adotaram as providências necessárias.
A polícia Civil informou que as investigações seguem até o esclarecimento do fato.
O motorista que causou o acidente que levou a morte de um motociclista, se apresentou na Delegacia da Polícia Civil de Araripina acompanhado de um advogado no início dessa semana.
Conforme apuração do repórter Carlos Paixão, o motorista foi ouvido pelo delegado encarregado do caso e liberado, por estar fora do período de flagrante.
Não foram repassados detalhes sobre o depoimento do investigado. Ele deve responder por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar. Assista reportagem com Carlos Paixão.
Se você quer ficar sabendo de tudo que está acontecendo nesta sexta-feira (11/07), na Região do Araripe, em Pernambuco, no Brasil e no mundo, é só clicar no player abaixo e assistir o Araripina Urgente.
O programa jornalístico é apresentado pelo radialista e comunicador Roberto Gonçalves de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h, pela Arari FM 90,3, a Rádio Forte do Sertão nordestino. Confira!
Pela primeira vez na história do município, a Prefeitura de Ouricuri vai antecipar a 1ª parcela do 13º salário dos servidores públicos para o mês de julho. A iniciativa da gestão Victor Coelho reforça a valorização que o funcionalismo municipal vem recebendo. A ação vai injetar mais de 4 milhões na economia local.
O calendário definido pela Secretaria de Finanças segue as seguintes datas:
* 14 de julho: Fundo Municipal de Educação – R$ 1.845.000,00
* 15 de julho: Prefeitura Municipal, Assistência Social e FUNPREO – R$ 330.000,00, R$ 43.000,00 e R$ 1.135.000,00
* 16 de julho: Fundo Municipal de Saúde – R$ 730.000,00
“Essa antecipação representa uma importante ajuda para a nossa economia, principalmente neste período do ano. Ela só foi possível graças ao planejamento, à organização e ao respeito com o dinheiro público que temos mantido. Além disso, é uma forma de reconhecer o trabalho e a dedicação das pessoas que atuam diariamente nos serviços públicos,” destacou o prefeito Victor Coelho.
A medida beneficia servidores ativos e aposentados das áreas de educação, saúde, assistência social e administração. O pagamento antecipado mostra o compromisso da gestão com os servidores que trabalham todos os dias e ainda ajuda a movimentar o comércio local num momento importante.
Evilásio Mateus, prefeito de Araripina, iniciou nesta quarta-feira (10) o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores públicos municipais. A ação representa um alívio no orçamento de muitas famílias e coloca mais dinheiro em circulação na cidade, fortalecendo o comércio local e contribuindo para o crescimento da economia araripinense.
“Essa é uma forma de reconhecer o trabalho de quem faz a máquina pública funcionar todos os dias. Com planejamento e responsabilidade, conseguimos antecipar essa parcela para dar mais tranquilidade aos servidores e ao mesmo tempo movimentar a economia da nossa cidade”, afirmou o prefeito Evilásio Mateus.
O pagamento contempla servidores da ativa, aposentados e pensionistas vinculados ao município, garantindo que os recursos circulem dentro de Araripina, especialmente no setor de comércio e serviços, que já começa a se preparar para o segundo semestre do ano.
A antecipação da primeira metade do 13º é parte de um conjunto de ações voltadas para o desenvolvimento econômico e social de Araripina. Com gestão eficiente, Evilásio tem priorizado iniciativas que impactam diretamente a vida das pessoas e contribuem para o crescimento do município.
Nesta quinta-feira (10), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Dr. Bruno Veloso, participou do programa Araripina Urgente e chamou atenção para os impactos que a recente taxação imposta pelos Estados Unidos pode trazer à economia brasileira — especialmente à indústria do estado.
Segundo o presidente, a nova política americana, que ele classifica como uma “retaliação política disfarçada de medida econômica”, pode atingir setores importantes da indústria pernambucana, como o sucroalcooleiro, o polo automotivo e a exportação de frutas. Produtos com alto valor agregado, como minérios, automóveis e derivados da cana-de-açúcar, estão na linha de frente das possíveis perdas.
“Quando você reduz exportações, automaticamente reduz produção e empregos. Isso desencadeia um efeito dominó”, alertou Dr. Bruno. Ele explicou ainda que a primeira onda de taxações teve justificativa econômica — o ex-presidente Donald Trump queria equilibrar a balança comercial americana. Mas a atual, segundo ele, “é puramente política”, com acusações sobre o estado da democracia brasileira motivando a retaliação.
A medida dos EUA, que já aplicou uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, preocupa ainda mais porque afeta um tipo de exportação diferente daquela feita para países asiáticos ou do Leste Europeu. “O que vai para os EUA é produto industrializado, de maior valor agregado. É um impacto direto na nossa indústria”, explicou o presidente da FIEPE.
Outro ponto abordado foi o risco de um movimento de reciprocidade por parte do Brasil, o que pode agravar ainda mais a situação. Israel Erlich, superintendente da FIEPE e do Instituto Evaldo Lodi, ponderou que uma retaliação brasileira também afetaria a importação de insumos industriais fundamentais para o funcionamento da cadeia produtiva. “A gente importa muito maquinário, peças e componentes dos EUA. Retaliar também prejudica nossa produtividade”, afirmou.
Eles defenderam o caminho diplomático como a melhor solução. “Neste momento, a palavra de ordem é diplomacia. É preciso diálogo firme, mas cauteloso, para não sacrificar empregos e o desenvolvimento da indústria nacional”, concluiu Dr. Bruno.
A expectativa é que o Itamaraty entre em campo, com habilidade política, para reverter ou ao menos reduzir os impactos da medida americana. Assista entrevista na íntegra:
Em entrevista ao programa Frente a Frente do jornalista Magno Martins, nesta quinta-feira (10), o novo presidente estadual do PT, Carlos Veras, disse que seu maior desafio será unir as correntes do partido em torno de uma candidatura a governador, mas ressaltou que se a governadora abrir palanque para reeleição de Lula, prioridade da legenda, provavelmente essa unidade para governador não seja tão fácil como se imagina em torno de João Campos (PSB), principal aliado de Lula no Estado.
“Quem estiver com Lula, estará conosco”, afirmou. Pense num nó complicado de desatar em nível estadual!
O governo Lula teme que a sobretaxa de 50% aplicada por Donald Trump sobre todos os produtos brasileiros vendidos aos EUA leve a um novo salto da inflação no Brasil.
Os índices de preços, ainda que fora da meta, vinham caindo há quatro meses, influenciados também pela queda consistente do dólar no mesmo período.
De março a abril, a moeda norte-americana caiu de R$ 5,68 para cerca de R$ 5,40.
Na quinta (10), dia seguinte ao anúncio de Trump, todos esses ganhos foram perdidos diante do receio de uma escalada e de uma disputa prolongada entre os dois países: o dólar deu um salto, e chegou a ultrapassar o valor de R$ 5,62.
O temor do governo é o de que a crise com Trump dure muitos meses, o que pressionaria ainda mais a moeda norte-americana.
A queda prolongada do real desestimularia investidores de curto prazo, alterando o fluxo de dinheiro para o Brasil. Com menos dólares, o preço pode subir ainda mais. O Investimento Direto Estrangeiro também pode cair.
O aumento de preços ainda é uma das maiores preocupações de Lula, com impactos diretos em sua popularidade.
A lista inclui legumes, hortaliças e verduras, frutas, carnes, aves, ovos, panificados, bebidas, energia elétrica residencial, roupas, produtos farmacêuticos, serviços médicos e dentários, planos de saúde e produtos de higiene pessoal.
Já o impacto do tarifaço de Trump na balança comercial brasileira é considerado um risco, mas limitado: as exportações do Brasil para os EUA correspondem a 12% de tudo o que o país vende para o exterior.
A Câmara dos Deputados se debruça sobre um Projeto de Lei que promete mudar a forma como o Brasil enfrenta um dos crimes mais devastadores e normalizados da atualidade: o furto, roubo e a receptação de celulares e outros dispositivos móveis. Apresentado pelo deputado federal Coronel Meira (PL), o PL 3325/2025 propõe que esses crimes sejam enquadrados como hediondos e recebam punições severas e proporcionais aos danos reais que causam.
Para Meira, é inaceitável que o crime organizado continue explorando a legislação ultrapassada, que ainda trata o furto de um celular como um simples crime contra o patrimônio. “Não é como o roubo de um aparelho na vitrine de uma loja. O furto ou roubo de um aparelho usado por alguém não deve ser tratado como a subtração de um bem físico. É a invasão da intimidade, da dignidade e da segurança de cada brasileiro. Cada celular roubado abre caminho para fraudes, extorsões e até operações internacionais de crime cibernético”, alerta o parlamentar.
Somente em 2023, o Brasil registrou 937.294 casos de furto e roubo de celulares, quase dois por minuto, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Porém, o problema não é apenas o número. Hoje, celulares não são meros bens materiais. São cofres digitais, que guardam a vida inteira de seus donos: dados bancários, documentos, informações biométricas, memórias pessoais, relações familiares e profissionais, registros íntimos e até o acesso a serviços essenciais.
O PL proposto pelo deputado propõe pena de até 12 anos para receptação de celulares, tipificação como crime hediondo para roubo e furto de dispositivos móveis, aumento de pena em casos de restrição remota ou extorsão via aplicativos de celular. Além de endurecer as penas, o texto quer provocar um debate urgente sobre o papel do Estado na proteção da privacidade e da segurança digital dos cidadãos.
O deputado ainda alerta: “O crime organizado já entendeu que o celular é uma mina de ouro. Chegou a hora de o Estado agir com a mesma gravidade. Não há mais espaço para leniência”. O PL já desperta atenção nos bastidores do Congresso e deverá ser um dos temas mais debatidos no campo da segurança pública nos próximos meses.
O jovem empresário Rayce Teles, que vinha se autoproclamando um renovador da comunicação radiofônica em Pernambuco, acaba de perder o controle da Liberdade FM de Caruaru (94.7). A emissora retorna agora ao comando do tradicional Grupo Lacerda, proprietário da frequência.
Nos bastidores da Capital do Forró, comenta-se que Rayce não teria honrado compromissos financeiros assumidos com os Lacerda, com o mercado publicitário, fornecedores e até com funcionários, o que teria motivado a retomada da gestão.
No Recife, o empresário também perdeu a Biz FM (93.9) e a 102 FM, acumulando baixas em sua breve e turbulenta passagem pelo setor, segundo fontes, pelos mesmos motivos que levaram à perda da emissora de Caruaru.
“Não se trata apenas de um papel, esse documento representa um direito que sempre foi nosso. Foram 41 anos esperando por esse momento, e hoje sentimos que fomos vistos”. Com essas palavras, a professora Alzineide Pimentel, de Garanhuns, Agreste Meridional, agradeceu ao receber das mãos da governadora Raquel Lyra, nesta quinta-feira (10), o título de propriedade da sua casa por meio do Programa Morar Bem Pernambuco – Regularização Fundiária. Durante a solenidade, que contou com a presença da vice-governadora Priscila Krause, foram contempladas 575 famílias dos bairros Heliópolis (Cohab I) e Santa Rosa (Cohab II) do município.
“Estamos aqui para afirmar que o Estado de Pernambuco reconhece e respeita o direito de cada família ter sua casa de forma digna, com escritura em mãos. Esse título representa o suor, o trabalho e o sonho de quem construiu sua história com esforço e muito sacrifício. Já são mais de 10 mil títulos entregues em todo o Estado, porque entendemos que moradia é um direito, e política pública séria precisa garantir isso. É com trabalho e compromisso que estamos mudando a vida dos pernambucanos”, ressaltou Raquel Lyra.
O Morar Bem Pernambuco – Regularização Fundiária teve início em setembro de 2023 e envolveu vistorias técnicas, levantamento socioeconômico e análise documental. Em Heliópolis, foram 298 cadastros realizados, com 191 famílias aptas à entrega. Em Santa Rosa, foram 557 cadastros, dos quais 384 estão sendo beneficiados nesta etapa.
“Esse dia representa o trabalho e o compromisso das equipes do Governo do Estado, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, que buscaram essas famílias para realizar esse sonho antigo de ter sua propriedade regularizada. Garanhuns hoje está grata por mais essa importante entrega que é feita hoje”, destacou a vice-governadora Priscila Krause.
A Perpart, empresa do Governo do Estado, é responsável pela execução do programa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). O processo é gratuito para os beneficiários, viabilizado por um convênio com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que permite registrar os imóveis em cartório sem custos para famílias de baixa renda.
Presente no evento, o deputado federal Fernando Rodolfo falou da importância da iniciativa. “Este é mais um sonho que o Governo realiza para os pernambucanos. Vemos essas pessoas que esperaram por mais de 40 anos por essa segurança fundiária. Mas hoje acabou esse medo e foi entregue o título de propriedade para quem tanto precisa”. O estadual Isaías Regis corroborou. “Eu vejo de perto a necessidade da população da Cohab I e II por regularizar essas propriedades, uma luta antiga dessa população e que foi entregue pelo Estado”, disse.
O trabalho envolveu etapas de vistoria, cadastro socioeconômico e conferência documental, promovendo cidadania e valorização do território, como explica a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes. “Essas são as 575 moradias que iniciamos em setembro de 2024 e estamos entregando agora, mas o trabalho continua na Perpart. Nossa meta é chegar em 2026 com 50 mil títulos de propriedade entregues. Esse é o nosso compromisso com a habitação, no eixo da regularização fundiária, garantindo o documento de propriedade para quem já vive nessas casas, mas ainda não tinha a titularidade”, disse.
O presidente do Consórcio Público para o Desenvolvimento da Região Agreste Meridional de Pernambuco (Codean) e prefeito de Saloá, Júnior de Rivaldo, destacou os benefícios que a iniciativa garante à população. “Essa política pública chega para concretizar um sonho de mais de 500 famílias. O gesto representa mais dignidade para a população. Hoje represento a Codeam e fico muito feliz de ver iniciativas como essa saindo do papel e beneficiando nossa população”, pontuou.
SAÚDE – Ainda pela manhã, a governadora Raquel Lyra visitou o Instituto Brasil de Saúde Policlínica, Oftalmo PE, também em Garanhuns. O espaço oferta serviços especializados em oftalmologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade é contratualizada pelo Governo de Pernambuco para ampliação da assistência oftalmológica ambulatorial especializada e realização de transplante de córnea no interior do Estado. Entre maio de 2024 e abril de 2025, foram realizados 29.145 procedimentos, entre diagnósticos, ultrassonografias e tratamentos de doenças do aparelho da visão.
Estiveram presentes os deputados estaduais Dannilo Godoy e Débora Almeida, os secretários estaduais André Teixeira (Mobilidade e Infraestrutura), Carlos Braga (Assistência Social, Combate à Fome e Política sobre Drogas), Cícero Moraes (Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca), Hercílio Mamede (Casa Militar) e Zilda Cavalcanti (Saúde). Os presidentes da Adagro, Moshe Dayan Fernandes, e da Cehab, Paulo Lira, e os prefeitos Zé Elias (Calçado), Wilson Lima (São João), Henrique Gois (Paranatama) e Rivanda (Jupi) também acompanharam a agenda.
Um estudo recente publicado na revista Educação & Sociedade, baseado em entrevistas com 357 universitários de uma instituição brasileira, revelou que 39,8% dos alunos se dizem relutantes ou muito relutantes em expressar opiniões políticas em sala de aula.
O avanço da militância política em universidades no país tem imposto obstáculos concretos para alunos que não obedecem a cartilhas ideológicas. Em vez de liberdade para aprender, muitos enfrentam censura, hostilidade e até risco físico ao defender ideias fora do consenso dominante.
Em maio de 2025, por exemplo, um grupo de estudantes em São Paulo sofreu agressão física enquanto coletava assinaturas para um projeto de lei que visava combater o uso de drogas nas universidades. Em 2023, no Rio de Janeiro, alunos que organizavam um debate sobre economia de mercado foram impedidos de falar após protestos de outros estudantes.
O ambiente acadêmico, que deveria estimular o pensamento crítico, acaba se tornando inóspito para quem deseja apenas se aprofundar nos estudos. Diante disso, alunos tendem a sucumbir à espiral do silêncio pelo medo de serem rotulados como ofensivos ou sofrerem retaliações dos colegas.
O presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), Bruno Veloso, cumpriu agenda nos dias 9 e 10 de julho na região do Araripe, onde a FIEPE possui unidade regional, o IEL, além de escolas do SESI e SENAI. Ele participou de reuniões, entrevistas e visitou indústrias em Trindade e Araripina.
Na quarta-feira (9), Veloso esteve na reunião do Conselho Regional da FIEPE, com empresários da indústria local, ouvindo demandas como infraestrutura para escoamento da produção, qualificação profissional, dificuldades em retenção de colaboradores e a alta carga tributária. A reunião foi conduzida pelos diretores regionais Fábio Monteiro e Renata Araújo.
Em seguida, a comitiva visitou a indústria SM Gesso, em Trindade, pioneira na utilização de gás natural como matriz energética. Ao lado do diretor administrativo Sebastião Pontes e do superintendente do IEL/FIEPE, Israel Erlich, Bruno destacou a importância de acelerar a distribuição do gás para outras indústrias, substituindo o uso da lenha. “Já comprovamos a viabilidade técnica e econômica. Agora, precisamos ampliar o acesso e facilitar o financiamento para a conversão”, afirmou.
Na quinta-feira (10), Veloso concedeu entrevistas às rádios Arari FM e Grande Serra FM, em Araripina, e visitou a fábrica de sorvetes QBombom, referência no mercado nordestino. “É gratificante ver a força da QBombom, que agora vai expandir com uma nova planta industrial, gerando mais empregos e desenvolvimento”, ressaltou.
A agenda se encerra com o VI Seminário de Gestão do Araripe, às 18h, na Faculdade de Medicina de Araripina, com palestras de Cíntia Chagas e Aléssia Saluara. O evento é realizado pelo IEL/PE e SEBRAE-PE, com apoio de diversas instituições e empresas locais. Assista entrevista na Arari FM, na íntegra.
As casas de apostas esportivas nunca foram tão populares no Brasil como são hoje. Agora que há uma regulamentação vigente no país, boa parte dos brasileiros perdeu o medo de depositar e apostar.
Essa demanda cria um ambiente bastante competitivo entre as empresas do ramo. Cada site de apostas tenta lançar recursos melhores que conquistem os apostadores brasileiros e tornem o processo de apostas mais rápido. A seguir, são destacados alguns desses recursos.
Depois de ativar a aposta com um clique, basta definir o valor fixo da aposta e navegar pelas opções do site. Cada seleção será registrada automaticamente, sem necessidade de novas confirmações. Isso economiza tempo e evita perder boas cotações em mercados que mudam rapidamente.
É uma ferramenta prática para quem já tem familiaridade com o site e busca agilidade, especialmente em momentos com alta variação de odds. Mas atenção: ao finalizar, lembre-se de desativar a função para não acabar apostando sem querer.
Apostas aumentadas (Combos)
As apostas aumentadas são combinações de várias apostas (mercados) em uma única aposta. As diferentes apostas que fazem parte deste combo são selecionadas pela própria plataforma. Dessa forma, em vez de selecionar manualmente várias apostas, o usuário só precisa selecionar um combo e estará apostando em vários mercados de uma vez só.
A grande vantagem disso é que as odds são bem maiores do que as dos mercados simples. Por isso o nome “aumentadas”: as odds são maiores do que o normal.
Destaques
Para quem busca fazer apostas rápidas, contar com uma plataforma prática e intuitiva faz toda a diferença. Nesse sentido, a página inicial tem um papel fundamental. Ela é o primeiro contato do jogador com o site e, quando bem organizada, já exibe highlights úteis, que agilizam bastante a navegação.
A primeira coisa que aparece na maioria dos sites de apostas esportivas é uma seleção com as principais partidas de futebol disponíveis. Isso não é por acaso. O Brasil é o país do futebol. Não há outro esporte mais acompanhado por brasileiros do que o futebol.
A presença desses destaques pode parecer um pequeno detalhe, mas a verdade é que isso facilita muito a vida dos apostadores. Não é necessário gastar tempo procurando pelos principais eventos de futebol.
As partidas e odds ficam disponíveis para o apostador assim que ele abre o website. É claro, isso reduz bastante o tempo para a realização de uma aposta.
Saque automático
O saque automático permite definir um valor de lucro ou perda, e a aposta é encerrada automaticamente quando esse valor for atingido. É ideal para quem não consegue acompanhar o jogo ao vivo ou quer garantir ganhos em mercados voláteis. Dá pra ativar no boletim de apostas e ajustar ou cancelar a qualquer momento. Algumas casas também oferecem saque automático parcial, encerrando só parte da aposta.
Pagamento antecipado
Este é um recurso bastante interessante e, de certa forma, também pode ser considerado uma promoção. Funciona assim: a sua aposta é retirada automaticamente antes do evento esportivo ser concluído.
Essa função é bem parecida com o saque automático, mas opera de maneira um pouco diferente. Aqui, a aposta é considerada vencedora e paga integralmente antes do término do jogo, se certos acontecimentos ocorrerem — independentemente do resultado final.
Por exemplo, em uma partida de futebol, a sua aposta é considerada vencedora se a equipe na qual você apostar abrir uma vantagem de 2 gols.
Note que os cenários que tornam uma aposta elegível para a retirada automática podem variar bastante de uma plataforma para outra.
Algum desses recursos não está disponível na sua plataforma?
Os recursos que apresentamos aqui não estão disponíveis em todas as plataformas de apostas. As funções, como apostas aumentadas em formato de combinações prontas ou os destaques bem organizados na página inicial, são exemplos de ferramentas que costumam ser encontradas com mais facilidade.
Por outro lado, o saque automático é mais raro. É comum encontrar plataformas que não oferecem esse recurso. Por isso, é importante analisar bem as plataformas antes de se comprometer com depósitos grandes. Confira quais são os recursos disponíveis e avalie se são suficientes para atender às suas necessidades.
O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, levou gerações para construir uma reputação de neutralidade baseada nos princípios da resolução pacífica de conflitos, da não intervenção em assuntos internos de outros países e no multilateralismo. Mas isso mudou durante os governos do PT com a criação de facções na pasta e polêmicos alinhamentos ideológicos internacionais, que vieram à tona durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo analistas, os danos à imagem internacional do Brasil serão difíceis de reparar.
O Brasil era em geral classificado por analistas internacionais como um “país pêndulo”. Ou seja, não tinha alinhamento diplomático automático com nenhuma nação e aderia a políticas e acordos que fossem mais favoráveis no momento.
“Historicamente, o Brasil buscava manter uma postura de neutralidade pragmática e de equilíbrio entre as grandes potências, evitando tomar lados em disputas geopolíticas que envolvessem interesses diretos de blocos como Estados Unidos, China ou Rússia. Essa abordagem era fundamental para garantir ao país uma posição de interlocutor respeitado e confiável em fóruns multilaterais e em negociações internacionais”, afirma o doutor em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP) Luiz Augusto Módolo.
Apesar de não possuir capacidades militares nem uma economia grande o suficiente para influir na geopolítica, o país sempre se destacou pelo chamado soft power: a habilidade de exercer influência internacional sem coerção, por meio de cultura e de uma política externa de neutralidade.
No século XX, o Brasil participou da mediação da guerra do Chaco, entre Paraguai e Bolívia, da questão Letícia, entre Peru e Colômbia, e do conflito de terras entre Peru e Equador. Nesses casos, o país usou sua importância na América do Sul para enviar diplomatas mediadores.
Em 2004, já sob o governo do Partido dos Trabalhadores, o Brasil foi escolhido para liderar militarmente a missão de paz da ONU no Haiti por ser visto como confiável e neutro para conduzir uma operação militar próximo da fronteira americana. Em 2013, o país foi o escolhido para liderar a missão de pacificação da República Democrática do Congo por sua neutralidade ter sido reconhecida por nações africanas que estavam em conflito.
A missão de paz da ONU no Haiti foi o primeiro passo de uma política externa de Lula que passou a ser orientada para tornar o Brasil mais relevante no cenário internacional. Um dos objetivos era conseguir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. Além de Lula, um grande protagonista desse esforço era seu então chanceler Celso Amorim, um diplomata de carreira que abraçou a ideologia lulista.
Relatórios secretos redigidos por diplomatas americanos vazados em 2010 pelo Wikileaks constataram que Amorim “estava farto do comércio internacional”, objetivo que norteou a diplomacia em governos anteriores, e decidiu apoiar pautas políticas internacionais.
Segundo diplomatas que pediram para não ter os nomes revelados, duas facções se formaram entre os diplomatas do Itamaraty: uma formada pelos servidores que haviam ocupado embaixadas no governo de Fernando Henrique Cardoso e outra de nomes que se fortaleceram na administração petista.
Amorim e seus aliados passaram a adotar uma política de antagonismo a Israel e apoio ao aiatolá Ali Khamenei, do Irã. Segundo documentos diplomáticos vazados pelo Wikileaks, o Brasil passou a dificultar iniciativas americanas no Oriente Médio.
Entre essas manobras estavam ações diplomáticas na ONU para impedir a inclusão do nome do Irã em resoluções do Conselho de Segurança contra a proliferação nuclear e pressão para impedir a emissão de mandados de busca internacionais contra iranianos suspeitos de envolvimento no atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelita de Buenos Aires, que causou dezenas de mortes, em 1994, na Argentina.
Essa ação culminou com uma tentativa de Lula de mediar, em parceria com a Turquia, um acordo nuclear com o Irã em 2010. O governo do presidente americano Barack Obama entendeu que tal negociação não impediria o Irã de continuar a desenvolver a tecnologia da bomba nuclear e usou sua força geopolítica para impedir a conclusão das negociações, mas depois firmou um acordo não muito diferente com Teerã – que acabou sendo cancelado pelo presidente Donald Trump em seu primeiro mandato.
Brasil ganhou de Israel apelido de “anão diplomático” no governo Dilma
Sob o pretexto de apoiar a solução de dois Estados para o conflito histórico entre palestinos e israelenses, o governo do PT foi aos poucos aumentando as críticas a Israel e evitando mencionar a violência cometida por terroristas na Faixa de Gaza. Em 2014, no governo Dilma Rousseff, o Brasil convocou para consultas seu embaixador em Tel Aviv como forma de protesto contra uma operação israelense na Faixa de Gaza após um ataque a seus soldados.
Foi nesse episódio que o Brasil ganhou o apelido depreciativo de “anão diplomático”, que sempre é relembrado quando o Itamaraty ou Lula cometem erros na política externa. O termo foi cunhado pelo porta-voz da chancelaria israelense Yigal Palmor, que afirmou na ocasião: “Essa [convocação] é uma demonstração lamentável de porque o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático”.
Na época, em parte por apoio do Partido Democrata no governo dos EUA e a uma conjuntura econômica muito favorável de aumento das exportações para a China, o Brasil era visto como um país em ascensão.
Na América do Sul, o PT intensificava sua participação no Foro de São Paulo, desde a criação do grupo na década de 1990 por Lula, pelo ditador cubano Fidel Castro (1926-2016) e outros líderes de esquerda. O Foro de São Paulo é uma reunião de partidos de esquerda que se auxiliam mutuamente e foi importante para o apoio à consolidação da ditadura de Hugo Chávez na Venezuela. Lula apoiava abertamente as eleições que o líder autoritário promovia, sempre vencia e cuja transparência era contestada internacionalmente.
Lula radicaliza em ideologia na política externa em terceiro mandato
O apoio à Venezuela marcou a consolidação do abandono da neutralidade da política externa brasileira no terceiro mandato de Lula. Uma de suas primeiras ações em 2023 foi receber no Brasil Nicolás Maduro e afirmar que a ditadura na Venezuela era apenas uma “narrativa”.
O governo brasileiro tentou se colocar como mediador no final de 2023 frente à ameaça de Maduro de invadir a vizinha Guiana para anexar a região de Essequibo, rica em petróleo. Mesmo tentando evitar críticas diretas ao ditador, Lula falhou no papel de conciliação e acabou sofrendo ataques diplomáticos de Maduro.
O presidente brasileiro também vinha se posicionando a favor do ditador Vladimir Putin e relativizando a invasão militar russa na Ucrânia em 2022. Ele chegou a visitar Moscou para participar do Dia da Vitória na Segunda Guerra, em 9 de maio, ao lado de ditadores e líderes autocráticos e ignorou as comemorações das democracias ocidentais, celebradas em 8 de maio.
Segundo o cientista político e analista de risco político Rócio Barreto, a decisão de Lula de criticar a Otan (aliança militar ocidental) e alegar que a Ucrânia foi corresponsável pelo conflito ao ter sido invadida “contrariou a maioria das democracias ocidentais”.
Desde os ataques terroristas do Hamas a Israel em 2023, Lula também adotou um tom contundente em relação a Israel e ameno ao falar de grupos terroristas palestinos e libaneses. O mesmo padrão foi adotado nos bombardeios entre Irã e Israel neste ano.
De acordo com Barreto, a diplomacia de Lula foi mais conciliatória nos dois primeiros mandatos. Mas o presidente “partiu para o confronto” diplomático em seu terceiro mandato.
O episódio mais recente, que ajudou a deflagrar a taxação de 50% nas exportações estabelecida nesta quarta-feira (9) por Donald Trump, foi a presidência brasileira da cúpula dos Brics (bloco diplomático originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O Brasil vinha liderando os esforços do grupo para criar um sistema de pagamentos entre os países-membros, com o objetivo de substituir o dólar americano como moeda de comércio internacional. Esse sistema interessa à Rússia, como forma de evadir sanções internacionais, e à China, que deseja enfraquecer o dólar para abrir espaço para sua moeda, o yuan.
Na Declaração do Rio de Janeiro, o documento final da cúpula, a intenção de criar alternativas de pagamento em paralelo ao dólar foi formalizada, assim como críticas indiretas à política de Donald Trump de aumentar tarifas comerciais unilateralmente. O americano usa as tarifas como forma de pressionar países rivais e aliados para melhorar as relações de comércio com os Estados Unidos. No dia da divulgação do documento, Trump iniciou a atual onda de críticas públicas a Lula.
Para o cientista político Elton Gomes, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), o atual governo promove um “alinhamento deliberado com o bloco sino-russo” e repete no plano internacional a mesma lógica de polarização usada na política doméstica.
“Existem algumas linhas diretivas que são basilares na diplomacia brasileira: neutralidade, multilateralismo, relações com múltiplos parceiros e, principalmente, a centralidade do comércio exterior. Porém, nos últimos anos, especialmente no governo atual, houve um distanciamento profundo dessas tradições”, afirma.
Segundo Módolo, o Brasil tem assumindo posições que são percebidas como hostis por potências tradicionais, como tem feito agora os Estados Unidos. O país passou a ser visto, segundo ele, como um “aliado de regimes que desafiam a hegemonia do dólar”, governado por um presidente “inimigo de Israel”, em um país que pratica “desaforos contra empresas americanas, especialmente de tecnologia”, além de atacar valores caros aos EUA, como a liberdade de expressão.
“O preço dessa nova postura recairá sobre o cidadão comum, que sentirá os impactos econômicos de possíveis sanções ou barreiras comerciais sem compreender as razões diplomáticas por trás disso”, diz.
A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre os negócios com o Brasil representa uma séria ameaça para os produtores do Vale do São Francisco, uma das principais regiões exportadoras da fruta no país. Segundo Jailson Lira, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do Vale do São Francisco, a medida pode inviabilizar o crescente volume de exportações para o mercado norte-americano, que atualmente absorve 30% da produção de frutas da região.
A preocupação é ainda maior porque o período de pico das exportações de uva para os EUA se inicia em asetembro, com embarques diretos a partir de outubro. “Se essa tarifa de 50% não for reduzida até setembro, podemos perder um mercado crucial”, alerta Lira. Ele estima que a região pode deixar de exportar 22 milhões e meio de toneladas de uva, um golpe significativo para a economia local.
O mercado americano já representa metade do volume exportado para a Europa. Enquanto cerca de 3 mil contêineres de uva são enviados para o continente europeu, mil e quinhentos se destinam aos Estados Unidos. A competitividade brasileira é ainda mais desafiadora com a entrada de outros players no mercado, como o Peru, que, de acordo com Lira, “está produzindo e vai entrar melhor, não temos como competir” com o custo-benefício de sua produção diante da nova tarifa.
A indefinição sobre a manutenção ou revisão das tarifas imposta pelo governo Trump, continua a gerar apreensão entre os produtores brasileiros, que buscam alternativas para minimizar os impactos e manter a expansão do mercado de uva do Vale do São Francisco. No caso da manga esse volume pode ser duas vezes maior. Estão em risco, as empresas, a economia e os empregos.
A Prefeitura de Santa Cruz, no Sertão do Araripe, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, está com as inscrições para a 12ª Conferência Municipal de Assistência Social.
O evento acontece nesta sexta-feira (11) e a programação está prevista para começar a partir das 8 horas seguindo até as aproximadamente 17 horas na Casa do Romeiro.
Com o tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção e Resistência”, a conferência tem como objetivo debater os avanços, desafios e perspectivas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), fortalecendo a participação social na construção e fiscalização das políticas públicas da área.