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Operação já prendeu 15 prefeitos em Santa Catarina; maioria é do MDB e PP

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Foto: reprodução

Com 15 prefeitos presos em um intervalo de cinco meses, a Operação Mensageiro revelou o que é considerado o maior escândalo de corrupção da história de Santa Catarina. A investigação apura a suspeita de fraude em licitação e corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e distribuição de lixo em cidades catarinenses. Além dos chefes do Executivo, secretários municipais, empresários e funcionários públicos também teriam envolvimento no esquema, que tem como pivô a Serrana Engenharia, segundo denúncias do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A quarta fase da operação foi deflagrada nesta quinta-feira (27), em 12 cidades das regiões Sul, Planalto Norte, Alto Vale e Vale do Itapocu. Foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e 65 de busca e apreensão. Mais uma vez, prefeitos foram alvos da ação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial Anticorrupção (Geac) do MP.

Os detidos são os Luiz Carlos Tamanini (MDB), prefeito de Corupá; Adriano Poffo (MDB), prefeito de Ibirama; prefeito Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira; Armindo Sesar Tassi (MDB), prefeito de Massaranduba; Patrick Corrêa (Republicanos), prefeito de Imaruí; Luiz Shimoguri (PSD), prefeito de Três Barras; Alfredo Cezar Dreher (Podemos), prefeito de Bela Vista do Toldo, e Felipe Voigt (MDB), prefeito de Schroeder.

Eles se juntam aos prefeitos Deyvisonn Souza (MDB), de Pescaria Brava; Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva; Vicente Corrêa Costa (PL), prefeito de Capivari de Baixo; Marlon Neuber (PL), prefeito de Itapoá; Joares Ponticelli (PP), prefeito de Tubarão; Antônio Rodrigues (PP), prefeito de Balneário Barra do Sul; e Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, este último cumprindo prisão domiciliar por conta questões de saúde. Além disso, o prefeito Luiz Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim, também é alvo da ação. Porém, como está no Exterior, não chegou a ser preso.

As denúncias do MP mostram o repasse de milhões de reais em propinas, derivadas de contratos licitatórios para a coleta de lixo por meio de um esquema que se infiltrou em praticamente todas as regiões de Santa Catarina.

Com cinco réus, denúncias apontam desvio milionário das prefeituras

Conforme o colunista Ânderson Silva, do NSC Total, a previsão é de que prefeitos e agentes públicos tenham recebido montante de R$ 100 milhões. E as primeiras denúncias que se tornaram públicas mostram de que forma o montante era recebido.

Em Itapoá, por exemplo, de acordo com o Ministério Público, o prefeito Marlon Neuber (PL) teria firmado acordo em 2017 para receber anualmente da Serrana montante de R$ 120 mil. Os encontros aconteciam, principalmente, em um posto de combustíveis em Brusque, e era intermediado pelo cunhado do prefeito, que recebia o dinheiro e depois o repassava para o chefe do Executivo. Já o prefeito Luiz Henrique Saliba, de Papanduva, teria recebido um total de R$ 440 mil durante o período que fez parte do esquema. Entre os lugares escolhidos para o encontro com o mensageiro, estava uma rua próxima à igreja matriz do município.

Neuber e Saliba são réus no processo. Além deles, também já tiveram as denúncias aceitas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Deyvisonn Souza (MDB), de Pescaria Brava; Vicente Corrêa Costa (PL), prefeito de Capivari de Baixo, e Joares Ponticelli (PP), prefeito de Tubarão. Eles respondem por corrupção passiva. Outros dois prefeitos aguardam a análise por parte da Justiça: Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, e Antônio Rodrigues (PP), prefeito de Balneário Barra do Sul.

Depois dessa etapa, de acordo com o Tribunal de Justiça, o processo segue para a fase em que a defesa apresentará provas e indicará testemunhas. Os réus também podem ser ouvidos novamente e outras diligências podem ser requisitadas. Ao fim, o caso é julgado pela 5ª Câmara Criminal do TJ. Ainda não há data definida para a ação. (Fonte: NSC Total)

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