*Por Ronaldo Lacerda
Sabemos que é mais fácil e cômodo dizer Fique em Casa. A frase soa bem. A frase deixa intocado os inocentes em seus leitos de comodismo, sem saber o que está por trás e o que vem pela frente. E o que vem pela frente é terrível se não reagirmos. O que vem pela frente é quebradeira, calote, desemprego, desobediência civil que se inicia pelo não pagamento de impostos. E quando não tem imposto arrecadado, não tem dinheiro para prefeituras nem estados pagarem os serviços essensicias; não tem dinheiro para o aposentado e em seguida não tem dinheiro para os servidores da ativa.
Com lojas locais quebradas, os proprietários de prédios não recebem o aluguel, o prédio deteriora, perde a importância, perde o valor.
Sem empregados no comércio, vem a quebradeira de quem hoje está aberto também, porque faltará cliente com dinheiro no bolso no fim do mês. Aí vem a generalização, a cubanização, todos sem expectativa.
Quem quer isso? Quem planeja isso?
Devemos combater o vírus. Pois o comércio é o maior aliado na guerra contra o vírus. O comércio faz com que as pessoas saiam no sol, lave as mãos, deixem a depressão do isolamento para trás. O comércio borrifa o álcool, obriga e orienta a máscara.
Se comércio e serviço abertos fossem inimigos da população, todos que entraram na fila da Caixa ou no caixa das Americanas estariam contaminados.
A luta é regional. O Araripe é um só. Vamos nos unir antes que os agentes do caos nos assistam falir.
*Empresário e ex-secretário municipal de Araripina
