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MPPE pede esclarecimentos à polícia sobre prisão e transporte de homem que estuprou e matou criança de 2 anos no Sertão de Pernambuco

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Foto: reprodução

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) decidiu acompanhar as investigações do estupro e assassinato do menino Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos, e do linchamento de Antônio Lopes Severo, 42, conhecido como Frajola. Os casos ocorreram no município de Tabira, no Sertão do Estado.

O promotor do município, Rennan Fernandes, realizou uma reunião com o comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar e com o oficial responsável pela operação de captura e transporte de Antônio e da mulher dele, Giselda da Silva Andrade, 30, também suspeita de matar a criança.

Em nota enviada à coluna Segurança, nessa sexta-feira (21), o promotor afirmou que “reitera o compromisso com a legalidade e a ordem pública, garantindo que todas as medidas cabíveis serão adotadas para a completa elucidação dos fatos, observando sempre os princípios do devido processo legal e do respeito aos direitos fundamentais”.

O encontro com representantes da PM, na sede da Promotoria de Tabira, ocorreu na quarta-feira, dia seguinte ao linchamento de Antônio, que foi retirado da viatura da Polícia Civil por populares e espancado até a morte. A mulher também ficou ferida, mas sobreviveu. Ela está em um presídio do Estado.

Na reunião, o promotor cobrou esclarecimentos detalhados sobre as circunstâncias da operação policial, a logística adotada para a transferência dos detidos e as medidas de segurança empregadas para tentar evitar tumultos e ações violentas por parte da população.

INVESTIGAÇÕES

Arthur Ramos Nascimento foi encontrado com sinais de violência por uma vizinha no último domingo (16). Ela fez o socorro da criança e acionou a polícia. O menino estava sob os cuidados de Antônio e Giselda, porque a mãe, que era amiga do casal, precisou viajar a trabalho.

De acordo com a delegada Joedna Soares, o casal já tinha antecedentes criminais e havia sido preso anteriormente por homicídio e tráfico de drogas. A mãe da criança não está sendo investigada.

A Polícia Civil conduz dois inquéritos: um pela morte do menino e outro para identificar os autores do linchamento do suspeito.

Já a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social apura se houve falhas dos policiais envolvidos na operação que prendeu o casal de suspeitos. Não há prazo para conclusão do procedimento.

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