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Mamãe Lindalva de Sá Gonçalves: cinco filhos e muitas histórias

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Foto: arquivo familiar

Nesse dia tão especial, essa foi a melhor foto que consegui resgatar da minha querida mamãe Lindalva de Sá Gonçalves. Na ocasião, a ‘lindinha’, como minha saudosa irmã Anny, a chamava, estava ao lado do seu esposo, e meu herói, papai Detinho (Manoel Gonçalves Sobrinho), que diga-se de passagem ainda hoje toma umas e outras, com 83 anos. Ainda na foto estão minha irmã Geanny, e seus filhos Lucas e Isabela.

Boas lembranças da minha heroina

Ainda me lembro de acompanhar mamãe nas viagens que ela fazia de Floresta para Juazeiro do Norte, de ônibus. A gente ficava na casa de tio Janduí (In Memorian) e tia Maria da Paz. Minha heroina fazia o curso superior de professora no Crato-CE. Era início da década de 1970, eu com 4 ou 5 anos, ia mensalmente com ela sem nem mesmo saber porquê estava ali. Mamãe só levava eu kkkkkk, e eu gostava, me sentia o queridinho. Hoje, 50 anos depois, eu sei que mamãe só estava lutando para nos dar um futuro melhor.

Então, nesse dia tão especial, que infelizmente não tenho o privilégio de te-la ao meu lado, poderia contar dezenas, talvez centenas de passagens das nossas vidas, que serviriam para testemunhar como a Senhora foi uma guerreira, e que mesmo com todas as limitações e dificuldades da época, fez o melhor que pôde por seus filhos.

Mas vou contar uma: O ano era 1982, o local, Avenida Souza Filho, em Petrolina. O mês dezembro, e como sempre acontecia na época de Natal, Dona Lindalva juntava os cinco filhos, e sem cerimônia, desfilava com aquela ‘penca’ de filhos de loja em loja para presentea-los, e sempre de forma igual, sem privilegiar ninguém. Só Deus sabe como ela conseguia essa proeza com o salário que recebia como professora.

Vou contar outra: O ano era 1972, eu com apenas 4 anos, chorava para acompanhar papai Detinho nas pescarias que ele costumava ir com os amigos. Pois bem, depois de muita teima, mamãe deixou eu ir. O resultado foi que eu quase ia morrendo afogado no Riacho do Navio, afluente do Rio São Francisco que passa em Floresta. Felizmente pra papai, mamãe nunca ficou sabendo disso.

Vou contar a última por hoje: Quando completei 17 anos, mamãe lecionava na Escola Eduardo Coelho, na Avenida Monsenhor ângelo Sampaio, em Petrolina. Na época, o diretor da unidade educacional era o professor Simão Amorim Durando, pai do atual prefeito da cidade, Simão Durando Filho. Pois bem, ao saber que eu tinha passado na Faculdade de Agronomia de Araripina, ela se desesperou por que eu também tinha sido selecionado para servir o 72º BI Motorizado na mesma época. O Exército Brasileiro, a NASA e a CIA, que expliquem porque vim parar em Araripina rsrrsrs.

Só pra complementar, quero agradecer ao amigo Hélio da PRR Veículos, que em 2014, quando minha querida mãe partiu para os braços de Deus, não se negou a emprestar de forma gratuita um carro para eu, e meu tio Emídio Gonçalves, irmos para o sepultamento em Petrolina.

Mensagem final para mamãe:

O amor por seus filhos e a perseverança de uma mãe supera qualquer dificuldade. Obrigado por tudo meu amor!!! Te amo mamãe Lindalva!!!! No tempo de Deus nos encontraremos novamente. Dos seus filhos Anny (in memorian), Rejane, Roberto, Geanny e Giovanny.

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