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Governo Lula ladeira abaixo

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

Só o presidente Lula não assimilou ainda, nem tampouco abriu os olhos, quanto à baixa aceitação do seu Governo. Não é de agora que os mais variados institutos de opinião trazem levantamentos apontando que a gestão é pífia, para não chamar de medíocre, termo mais adequado.

Mais uma prova disso foi dada no fim de semana pelo Ipec, o ex-Ibope. Segundo se constatou, a baixa popularidade é puxada, principalmente, pelas áreas da segurança pública e da saúde, que têm avaliação ruim ou péssima para 42% de entrevistados, além da inflação e o combate ao desemprego. Os dados mostram que, dentre oito áreas da gestão petista, apenas a educação obtém mais avaliações positivas do que negativas.

Os novos resultados aferidos pelo Ipec se somam a uma maré ruim para o governo Lula em termos de aprovação popular. A pesquisa de março feita pelo instituto mostrou que, pela primeira vez desde a posse do petista, a parcela dos brasileiros que aprovam a atual gestão (33%) equivale estatisticamente à dos que o reprovam (32%). A segurança pública sofreu uma crise de imagem decorrente da fuga de dois presos (só recapturados após 51 dias) da Penitenciária Federal de Mossoró.

A avaliação de 42% entre ruim ou péssima se repete para a atuação do governo na saúde, área comandada pela ministra Nísia Trindade — que enfrenta uma epidemia de dengue e é hoje o principal alvo do Centrão na Esplanada. O melhor resultado foi a educação, que tem resultados considerados “bons” ou “ótimos” por 38% da população, contra 31% que os avaliam como “ruins” ou “péssimos”.

São 28% os que classificam os esforços do Executivo federal nesse aspecto como “regulares”. A área comandada pelo ministro Camilo Santana tem a seu favor o programa Pé-de-Meia, que dá incentivo financeiro a alunos matriculados no ensino médio e já se posta como uma das principais marcas do terceiro mandato de Lula na Presidência.

O programa beneficia a população de baixa renda, justamente o grupo que melhor avalia a gestão da educação: entre quem vive com até um salário-mínimo por mês, 50% aprovam os rumos do país na área, enquanto 25% reprovam.

Já a abordagem do governo frente ao aumento dos preços é “ruim” ou “péssima” para 46% dos entrevistados, o dobro do percentual dos que a consideram “boa” ou “ótima” (23%). Outros 28% disseram avaliar o desempenho do Executivo federal como “regular”.

O vilão da inflação – A despeito de a inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses (de 3,93% até março) estar abaixo do teto da meta, a percepção de que serviços e produtos estão mais caros permeia todos os estratos da população. Dentre os mais ricos, que ganham acima de cinco salários-mínimos por mês, 59% acham que o governo vai mal no controle da inflação. A taxa é menor entre os mais pobres (37%), mas mesmo nesse grupo a insatisfação também supera o percentual dos que veem um “bom” ou “ótimo” desempenho do governo.

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