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Fique em casa, a economia a gente vê depois: Taxa de desocupação em PE bate recorde e chega a 21,6% no 2º semestre

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Foto: reprodução

Por Diário de PE

Com um índice de 21,6%, Pernambuco atingiu no segundo trimestre deste ano sua maior taxa de desocupação desde 2012. O dado, revelado nesta terça-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coloca, pela segunda vez consecutiva, o estado em 1º lugar no ranking que mede a desocupação no Brasil. O resultado é ligeiramente superior ao obtido no primeiro trimestre do ano, quando a taxa de desocupação ficou em 21,3%.

Em comparação com o mesmo período de 2020, o número de pessoas que não conseguem encontrar trabalho no estado subiu cerca de 66%, saltando de 533 para 885 mil. Outro indicador em alta é o de desalentados, aqueles que apesar de estarem em idade para trabalhar, desistiram de procurar alguma ocupação. De abril até junho deste ano, esse indicador registrou uma variação de 20,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2021.

A gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, explica que o aumento no número de desalentados tem relação com a frustração vivenciada no momento de procurar emprego. “No ano passado, quando estávamos no auge da pandemia, as pessoas tinham medo da contaminação e não estavam dispostas a trabalhar. Passado um ano, não temos mais essa configuração. Nesse momento, elas desistiram depois de procurar e não encontrar trabalho. Esse cenário ainda é influenciado por conta do fechamento de alguns setores”, afirmou.

Em Pernambuco, a taxa de informalidade, que ficou em 51,4% no segundo trimestre deste ano, superou a média nacional, 40,6%. O dado leva em consideração o número de empregados domésticos e trabalhadores do setor privado sem carteira de trabalho assinada, empregadores ou trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e de trabalhadores familiares auxiliares.

“Essa taxa tende a crescer na mesma direção da taxa de desocupação. Quando temos o aumento dela, as pessoas percebem que precisam se virar para conseguir alguma renda, mesmo que de forma informal. Por isso, o quantitativo de pessoas que passam a realizar serviços informais ou prestar serviços pontuais aumenta”, comentou Fernanda.

Um indicador que endossa a fala da especialista é o número de trabalhadores por conta própria no estado. Atualmente, eles representam uma massa de 1.091.000 de pessoas, o que equivale a 33,9% do total de ocupados em Pernambuco. Em comparação com o primeiro trimestre de 2020, esse foi o segmento que mais cresceu, 27,4%.

BRASIL

No país, a taxa de desocupação recuou para 14,1% no segundo trimestre deste ano, uma redução de 0,6 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre. Apesar da diminuição, o Brasil ainda conta com 14,4 milhões de pessoas que não conseguem encontrar trabalho.

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